Aparato do Entretenimento: CRÍTICA: Leila - Totalitarismo travestido de pureza
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CRÍTICA: Leila - Totalitarismo travestido de pureza


Pôster promocional de Leila - Créditos: Netflix 

Olá #Amoras. Vamos para mais um papo sobre séries da Netflix? A crítica de hoje é sobre o seriado hindie Leila. #SóVem.

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Dirigida por Deepa Mehta, Shanker Raman e Pawan Kumar, Leila é baseada no romance homônimo de Prayaag Akbar de 2017 e é uma produção original da Netflix.


A série relata a história de Shalini (Huma Qureshi), que foi levada até um centro de recuperação para mulheres, por ser considerada impura, após ter seu marido assassinado dentro de sua própria casa na frente de sua filha Leila.

Cena da minissérie "Leila" - Créditos: Netflix 

Em um regime totalitário em que as pessoas são classificadas de acordo com seu grau de pureza, água e limpeza são luxos apenas para poucos e as mulheres que pecaram e que vivem nesse centro, são doutrinadas e drogadas diariamente para apagarem seus pecados da mente.


Se realizam suas tarefas e se comportam, podem ser escolhidas para realizar um teste que as levarão de volta para casa ou se falharem para um centro de trabalho forçado.

Cena da minissérie indiana "Leila" - Créditos: Netflix

Shalini é uma das mais esforçadas e controladas, pois só quer poder ter sua filha novamente, criança que vive em reclusão com os avós. Mas isso muda quando ela descobre que os filhos mestiços estão sendo retirados de suas famílias, levando Shalini a falhar no teste. Levada ao campo de trabalho, começa sua luta para reencontrar Leila, e em sua nova condição examina seu comportamento preconceituoso e racista de outrora.

Cena da série 'Leila" - Créditos: Netflix 

Em linhas gerais, podemos dizer que a série retrata a luta diária que a figura da mulher enfrenta para conseguir respeito e igualdade em um universo machista e com leis severas que punem exclusivamente por ser mulher. 

Em especial na Índia, onde mulheres tem muitas regras e tradições culturais para respeitarem. A exibição de "Leila" é uma quebra e tanto de tabu, um projeto forte e intenso.
   
Logomarca da minissérie "Leila" - Créditos: Netflix

Talvez você não saiba, mas na Índia as mulheres ainda são vistas como mercadorias e que trarão gastos as famílias com os dotes, sem contar que não herdam propriedades. Por isso, a maioria prefere ter filhos homens, e pasmem os filhos ficam com o pai em caso de divórcio.


As produções indianas merecem respeito e destaque, não apenas por sua riqueza de detalhes, como também pelos enredos e "Leila" é uma dessas produções magníficas.


Espero que tenham gostado. Aproveite e visite outras críticas escritas aqui no Aparato. 


Agora sim, até a próxima. Beijos. 
Escrito por Daniele Moura 
Revisão: Hiago Júnior 



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