Aparato do Entretenimento: CRÍTICA: Elisa y Marcela - Quando o amor vence o preconceito
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Search

CRÍTICA: Elisa y Marcela - Quando o amor vence o preconceito


Olá #Amoras... Hoje vamos falar sobre um filme espanhol [ma-ra-vi-lho-so], produzido pela Netflix e inspirado em acontecimentos reais. Então #SóVem. 


Pôster promocional de "Elisa y Marcela" - Créditos: Netflix

Siga o nosso perfil no Instagram 
@aparato_entretenimento


O evento se passa em 1901, na Espanha. Duas jovens se conhecem no colégio e se tornam amigas. Sem perceber, essa amizade acaba se tornando algo maior e ambas se veem completamente apaixonadas. Ao perceber o que estava acontecendo, o pai de Marcela decide colocá-la em um internato para afastar as jovens. 

Só que ambas seguem se comunicando por cartas, com juras de amor, durante três anos. Quando finalmente se encontram, Elisa e Marcela (Natalia de Molina e Greta Fernandéz) se entregam a esse amor avassalador, e encontram a felicidade juntas. 


Cena do filme "Elisa y Marcela" - Créditos: Netflix


Mas a felicidade e tranquilidade dura pouco. Os vizinhos acabam percebendo a afinidade das jovens e começam os ataques físicos e morais contra esse amor. 

Não vendo saída para que possam ser felizes e viver em paz, Elisa decide ir embora e retorna tempos depois como Mario.

Mario procura uma igreja e consegue que um padre realize seu casamento com Marcela, mesmo sem os documentos necessários. Para dar veracidade ao casamento, Marcela engravida, mas não se menciona o pai. 


Cena do filme "Elisa y Marcela" - Créditos: Netflix


Mas logo a farsa é descoberta e elas se veem obrigadas a saírem da Espanha, com risco de serem presas por blasfêmia, falsidade ideológica e imoralidade, podendo ficar até 20 anos na prisão, apenas única e exclusivamente, por amar. Conseguem se refugiar em Portugal, mas acabam descobertas e presas.


Cena do filme: "Elisa y Marcela" - Créditos: Netflix 


Em meio a preconceitos, muito ódio, falsa moral e machismo, Elisa e Marcela foram o primeiro casal homoafetivo a ter sua união oficializada em uma igreja, união essa que jamais foi anulada.

Sofreram perseguições tanto da sociedade, como do governo, foram agredidas, espancadas e presas. Tudo por amor. Elas só queriam amar livremente e não faziam mal a ninguém.


Cena do filme: "Elisa y Marcela" - Créditos: Netflix





As reflexões que ficam sobre essa história são: 

Será que depois de 118 anos aproximadamente, nós ainda não tratamos as pessoas que querem simplesmente amar e ser amadas da mesma forma que Marcela e Elisa foram tratadas em 1900? Será que seria diferente se elas decidissem viver suas vidas juntas e felizes, hoje?

Como estamos tratando nossos casais LGBTQIAS? Com amor e respeito ou com pedras e desprezo, como em 1900?

Como casais gays se sentem quando saem nas ruas de mãos dadas? Será que as Marcelas e Elisas de hoje, se sentem seguras por amar alguém do mesmo sexo?

Queria acreditar que as respostas para essas perguntas são satisfatórias e a relação ao respeito às escolhas alheias também. Que estamos vivendo em uma sociedade em que cada um, cuida da sua própria vida, mas infelizmente a realidade não é bem assim.

Ainda temos muitos casos de violência contra lgbtqias, simplesmente por serem, quem são. Qual o motivo de tanto ódio? Não sei ao certo. Penso que as pessoas que agridem outras, simplesmente por serem quem são, tem muito mais a esconder do que apenas ódio, na verdade acredito que elas odeiam a si mesmas, por serem quem são e descontam suas frustrações em quem lá no fundo, admiram por ter coragem de serem autênticos e verdadeiros.
  

Bom é isso. Espero que a mensagem de "Elisa e Marcela" também te encante.


----- || ----- || -----

Deixe seu comentário no site, ou caso queira, procure-me nas redes sociais. Estou sempre por lá.

Aproveita e leia minha última crítica: What/If da Netflix.


----- || ----- || ----- 

Crítica escrita por Daniele Moura
Revisão: Hiago Júnior


Siga-nos no Twitter: @dannydemoura e @Hiago__Junior 



Aparato do Entretenimento

Criado em 2014, o "Aparato do Entretenimento" traz ao seu leitor uma gama versátil de conteúdo. Conta com colunistas especializados em áreas de atuação diferentes, que visam desta forma atender a você querido(a) leitor(a). Além da sua visita, esperamos ser seus amigos e como seremos pode nós dar aquela dica para melhorar, um puxão de orelha, elogiar. Acima de tudo queremos sua participação.


0 thoughts on “CRÍTICA: Elisa y Marcela - Quando o amor vence o preconceito