Azela Robinson durante a peça teatral 'Entre Mujeres' - Créditos: Reprodução/Instagram @azelarobinson
Uma das atrizes mexicanas mais conhecidas no Brasil, Azela Robinson é uma intérprete eclética. Em seu currículo telenovelas de sucesso, ao lado de produtores de renome. Em terras brasileiras, Azela já teve algumas de suas obras apresentadas, tais como 'Sortilegio', 'La Otra' e 'El Manantial'.
‘Cañaveral de Pasiones’ foi a sua primeira novela exibida no Brasil, na obra você interpretou Dinorah Faberman, uma personagem de extrema importância para o desenvolvimento do projeto. Produzida por Humberto Zurita e Christian Bach, ‘Cañaveral de Pasiones’ foi um grande sucesso no México e no Brasil a telenovela ganhou até remake. O que você guarda de lembranças boas da novela?
De Cañaveral de Pasiones, tenho muitas lembranças: o povo de Jalapa e Coatepec em Veracruz, as primeiras chamadas com o cheiro do café regional. De Christian Bach, que foi quem lutou com os principais executivos para me dar a personagem, uma total desconhecida. Também o trauma dela com a minha testa enorme... disse que parecia Isabel 1. Todos os meus maravilhosos companheiros. Lembro-me especialmente do dia da morte de Dinorah; a pequena bomba que regava o sangue através de uma mangueira presa aos meus pulsos quebrou, e meu filho de 10 anos acabou debaixo da cama do hospital de Dinorah, soprando o tubo para fluir o sangue lentamente durante o longo movimento da câmera. Recordo-me disso com ternura e amor infinito. Ele agora é um cineasta visual e diretor.
Se existe uma novela mexicana com grande apelo no Brasil essa novela é ‘La Usurpadora’. Reprisada sete vezes (até o momento) o drama das gêmeas Paola e Paulina ganhou o coração dos brasileiros, principalmente pela presença da personagem Paola Bracho. Na trama você interpreta Elvira, uma das comparsas da vilã da novela. Você sabia da repercussão positiva da novela no Brasil? Já escutou a sua personagem dublada em português?
Eu não queria fazer 'La Usurpadora'; Depois de 'Cañaveral de Pasiones' achei que merecia um personagem melhor, mas o compromisso com a empresa me forçou... Nunca pensei que se tornaria o fenômeno que se tornou. Eu tive sorte... essa corrida é muito baseada na sorte... e não, eu não me ouvi em português porque eu não gosto nem de me ver em espanhol. Se o público gosta, estou feliz.
Em 2019 você aceitou o convite para interpretar Gelica no remake do clássico ‘Cuna de Lobos’ para o projeto Fábrica de Sueños. Na série, você contracenou principalmente com a atriz Paz Vega, responsável por reviver Catalina Creel. Como era o clima nos bastidores? Vocês mantêm contato até hoje?
Paz Vega é uma pessoa bela em todos os aspectos; ela é humilde e dedicada no set. Você nunca vai vê-la no posicionamento de uma diva porque ela sabe quem ela é. Fora do trabalho, ela é, amorosa e engraçada. A atmosfera sempre foi fraternal e quente. Foi uma delícia trabalhar com Giselle nesta produção. Eles são como minha família.
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E por falar em ‘Cuna de Lobos’ a série está disponível no catálogo da Amazon Prime Video no Brasil, e muitas pessoas elogiaram sua atuação. Na obra produzida por Giselle González sua personagem mantinha uma paixão secreta por Catalina Creel, e em certo momento do seriado ficou evidente o envolvimento das personagens. Como foi gravar cenas amorosas com outra mulher? Quais ensinamentos Gelica deixou para o telespectador?
Gélica é patética, não há nada que aprender com uma personagem assim. Beijar uma mulher é como beijar um homem; quando você está atuando, está no que é o seu ritmo, a câmera, a luz, uma pintura que está pintando para o espectador, projetando uma verdade total de suas ações.
Em 2002, na obra de Ernesto Alonso, La Otra você interpretou Mireya Ocampo. A telenovela foi exibida no Brasil e muitos fãs aguardam até hoje uma reprise. Conta pra gente como foi a experiência de estar numa produção de Ernesto Alonso? Caso fizessem um remake ou spin-off aceitaria atuar?
Vilã inesquecível, Azela foi um dos destaques de 'Yo no creo en los hombres' - Créditos: Televisa S.A
Um dos seus melhores personagens ao meu ver é Josefa Bravo da novela 'Yo no creo en los hombres' - uma vilã com embasamento e muita entrega. No Brasil, nas redes sociais, em especial no Twitter, muitos pedem a exibição da telenovela. Conte-nos um pouco como foi interpretar Josefa. O que a personagem te ensinou de bom e de ruim?
Francisca Rivero, outra grande vilã na carreira de Azela - Créditos: Televisa S.A
El Manantial, produzida em 2002 por Carla Estrada você interpretou Francisca e neste papel compartilhou várias cenas com Adela Noriega. Como era a relação de vocês nas gravações? Gostaria de atuar novamente com ela numa novela?
Outra personagem controversa é Helena de 'Sortilegio' e novamente numa produção de Carla Estrada, nesta oportunidade atuou ao lado de Jacqueline Bracamontes. 'Sortilegio' foi exibida no Brasil em duas oportunidades e em ambas teve boa repercussão. Como foi dar voz ao texto escrito por María Zarattini?
Azela como Luchita em 'Como tu no hay dos' produção de Carlos Bardasano - Créditos: Televisa S.A
Somente neste ano você esteve presente no elenco de duas novelas, 'Como tu no hay dos' e uma rápida participação em 'Médicos, línea de vida'. Existe novos projetos em vista?
Créditos: Telemundo/Argos/Netflix
Azela, você, Cynthia Klitbo e Angélica Rivera são muito amigas. Desculpe, mas já imaginei vocês três atuando juntas em uma novela como vilãs. Você aceitaria?
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Muito obrigado Azela pela entrevista, a equipe do Aparato deseja muita sorte nos novos projetos da sua carreira.
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Não pode haver uma segunda parte de 'La Otra'... Não com os mesmos atores [risos]... E não, não aceitaria. Concordei em estar nessa história porque era próxima, muito próxima de Ernesto Alonso... Eu o amava profundamente, era meu pai, meu amigo, às vezes meu filho, mas na maioria das vezes meu advogado! Sempre fui rebelde, e ele me defendia. Nunca encontrei palavras suficientes para expressar tudo o que Ernesto Alonso foi para mim. Um bom homem, sábio e muito, muito humilde. Com ele eu também fiz 'Laberintos de Pasión' com a bela Lety Calderón.
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Um dos seus melhores personagens ao meu ver é Josefa Bravo da novela 'Yo no creo en los hombres' - uma vilã com embasamento e muita entrega. No Brasil, nas redes sociais, em especial no Twitter, muitos pedem a exibição da telenovela. Conte-nos um pouco como foi interpretar Josefa. O que a personagem te ensinou de bom e de ruim?
Josefa veio até mim em horas, eu iria fazer outra personagem menor em 'Yo no creo en los hombres'... mas poucas horas antes de começar o primeiro dia de gravações, a atriz que iria interpretar a personagem mãe de Flavio Medina e Sophie Alexander renunciou. Giselle me ligou para me oferecer Josefa que era originalmente para Rosa Maria Bianchi. A primeira cena que gravei foi quando Josefa atacou fisicamente o namorado da filha dela... Perguntei ao Eric... "O que você quer ver? "Ele me disse, "um gorila", eu disse "OK" e aquela cena deu o tom de Josefa, pois não havia preparação prévia. Josefa não me ensinou nada. Talvez sim; que apesar dos anos eu consigo criar um personagem quase improvisadamente! Não perca seu frescor.
El Manantial, produzida em 2002 por Carla Estrada você interpretou Francisca e neste papel compartilhou várias cenas com Adela Noriega. Como era a relação de vocês nas gravações? Gostaria de atuar novamente com ela numa novela?
El manantial é um dos meus orgulhos... Carla Estrada me disse que foi a primeira vez em que o público ficou furioso com ela pela morte de uma vilã. Eu estava nas mãos de uma das diretoras mais inteligentes... Carla permite que você crie. Adela era como minha filha... Mas sempre acontece comigo! Eu as adoto e me adotam. Adoraria trabalhar com Adela novamente.
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Outra personagem controversa é Helena de 'Sortilegio' e novamente numa produção de Carla Estrada, nesta oportunidade atuou ao lado de Jacqueline Bracamontes. 'Sortilegio' foi exibida no Brasil em duas oportunidades e em ambas teve boa repercussão. Como foi dar voz ao texto escrito por María Zarattini?
Mais uma vez Monica Miguel e Carla Estrada... E por isso o êxito, elas são um dueto brilhante. De Sortilegio gostava de contracenar com Dani Romo com quem também já havia trabalhado em 'El manantial'. Ri muito com Otto Sirgo. E nesta novela conheci Ana Brenda Contreras.
Azela como Luchita em 'Como tu no hay dos' produção de Carlos Bardasano - Créditos: Televisa S.A
Somente neste ano você esteve presente no elenco de duas novelas, 'Como tu no hay dos' e uma rápida participação em 'Médicos, línea de vida'. Existe novos projetos em vista?
Estou prestes a retomar as gravações da segunda temporada de 'Falsa Identidad' para Telemundo e Netflix, como todos nós paramos pelo Covid. Terminando esse projeto, gostaria de ir para o mar... Mas tento não fazer planos, porque você faz isso e Deus ri...
Créditos: Telemundo/Argos/Netflix
Azela, você, Cynthia Klitbo e Angélica Rivera são muito amigas. Desculpe, mas já imaginei vocês três atuando juntas em uma novela como vilãs. Você aceitaria?
Sim, aceitaria.
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Muito obrigado Azela pela entrevista, a equipe do Aparato deseja muita sorte nos novos projetos da sua carreira.
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