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Relembrando Sucessos: Coração Selvagem, uma bela história de amor em uma novela de época que fez história


Eduardo Palomo e Edith González em cena da novela - Créditos: Televisa S.A

O ano era 1993 e o produtor José Rendón teve a ideia de produzir uma nova versão de 'Coração Selvagem', uma história original de Caridad Bravo Adams que já havia ganhado duas versões. O projeto naquele período embora considerado ambicioso, não agradou muito a crítica que torceu o nariz para a produção assim que anunciada.



Mas quando a novela entrou no ar o que vimos foi uma produção impecável e que conquistou tanto o público como os críticos, não é exagero dizer que essa foi uma das produções mais bem realizadas pela Televisa e que mesmo quase trinta anos depois de sua produção ainda é muito recordada pelo público: 'Coração Selvagem'.


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Elenco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A
  
A novela acompanha a história de João do Diabo. João é um pirata, que muitos consideram como um “bandido”, que mesmo descobrindo cedo que é filho bastardo de um homem importante da cidade, nunca procurou a sua família. Quando adulto, conhece e se apaixona pela sensual Aimeé, filha mais velha dos Altamira. Aimeé se aproveita da paixão de Juan e o ilude dizendo que irão se casar, mas acontece que isso não é possível pelo fato de que ela deseja se casar com alguém da sociedade e que tenha fortuna. Aimeé encontra isso com André que mesmo sendo o prometido de Mônica, irmã de Aimeé, não pensa duas vezes em firmar compromisso com ela.

Quando João descobre que foi enganado pela irmã mais velha dos Altamira, decide contar a verdadeira face de Aimeé para a sociedade, no entanto, Mônica que é uma mulher devota e de bom coração, descobre as intenções de Juan e tentando evitar uma tragédia o convence a não contar o envolvimento que ele teve com a sua irmã. Para tanto, João a pede em casamento e Mônica mesmo gostando de André aceita o pedido. O que nenhum dos dois imaginava é que dessa união inesperada surgiria um amor, amor que conseguiria passar por muitos empecilhos para chegar ao tão felizes para sempre.

Edith Gonzaléz caracterizada como Mônica em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A


'Coração Selvagem' é um caso de uma boa história alinhada a uma boa produção. José Rendón acertou em cheio em todos os quesitos da novela, o folhetim tinha uma história delicada e o produtor soube transmitir toda essa delicadeza na cenografia, no figurino, na trilha sonora e na escalação do elenco. Muito do sucesso da novela ainda deve-se a adaptação quase que perfeita de María Zarattini, que sabe como ninguém adaptar uma história de época, desenvolvendo muito bem o principal ingrediente de um folhetim do tipo: uma grande história de amor.



Zarattini desde o princípio sabia que isso era chave do sucesso para a novela e quando tudo isso foi alinhado a um elenco perfeito, era impossível não fazer sucesso.

Edith González e Eduardo Palomo em cena da novela - Créditos: Televisa S.A


O elenco foi outro ponto alto da novela, a começar por Eduardo Palomo na pele de João do Diabo. Palomo soube incorporar perfeitamente o personagem e isso alinhado a seu figuro, penteado, a voz marcante, o olhar intenso e a sensualidade tornaram João, um dos heróis de novelas mais marcantes de todos os tempos e queridos até hoje.




Edith González interpretou a protagonista Mônica e teve o papel de sua vida nessa novela, Edith sabia transmitir de uma forma incrível toda a delicadeza da personagem, era impossível você não gostar da personagem, que só com um sorriso seu, já conseguia transmitir um misto de sentimentos ao telespectador.



A química de Edith e Palomo merece um comentário a parte. Esse foi um dos mais belos pares já formados dentro de uma produção, a química que os dois tinham transbordava em cena e isso alinhavado ao roteiro que também explorava um lado mais sensual, tornaram Mônica e João um dos mais marcantes (se não o mais marcante) da teledramaturgia mexicana.



Ana Colchero deu vida Aimeé e se saiu muito bem na pele da irmã invejosa e duas caras de Mônica, Aimeé era uma daquelas vilãs que conseguiam movimentar todos os núcleos da história e muito lamenta-se sua saída precoce da trama por volta do capítulo 110, sendo esse uns dos poucos erros da produção. Sua química em cena com Palomo também era visceral e seria legal ter visto os dois protagonizarem uma novela posteriormente. Lamenta-se o que aconteceu com a carreira de Ana após sua saída da Televisa para a TV Azteca em 1996.

Vale dizer que 'Corazón Salvaje' era um desejo do produtor e que o papel principal foi pensado para Érika Buenfil, primeiramente a atriz foi cotada para viver Mônica e Edith González para viver Aimeé, posteriormente ela foi cotada para interpretar Aimeé, mas teve receio de viver uma vilã, mais tarde ela mesmo disse ter se arrependido da decisão.

Edith González, Ariel López Padilla e Ana Colchero em foto promocional do folhetim - Créditos: Televisa S.A


Ariel López Padilla foi outro que teve o papel de maior destaque de sua carreira nesse folhetim, sabendo compor o arrogante André de uma forma muito correta. Claudia Islas brilhou na pele da malvada Sofia, uma mulher realmente detestável e que chamou muito destaque.




Yolanda Ventura também se saiu super bem na pele da impetuosa Açucena, uma eterna apaixonada por João. Enrique Lizalde que foi João do Diabo na versão anterior da obra também esteve competente como sempre na pele de Noel. A novela ainda marcou o debut de César Évora no México interpretando o papel de Marcelo, antes de ser escalado para esse papel ele ainda chegou a fazer testes para o papel de João.



O elenco da novela foi tão bom que não teve nenhum ator que mereça ser citado como um destaque negativo.



A abertura do folhetim foi outro ponto muito marcante, a mesma tinha duração de mais de dois minutos e primeiramente teve como música um instrumental lindo e posteriormente uma belíssima música interpretada por Manuel Mijares, só de assistir a abertura a gente fica 'viajando' ao recordar a novela na nossa mente.

Edith González, Ariel López Padilla e Ana Colchero em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A


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Foi exibida no Brasil em duas ocasiões, primeiramente pela CNT entre 17 de fevereiro até 30 de maio de 1997 em 75 capítulos.


Também foi exibida pelo SBT entre 04 de dezembro de 2000 até 12 de março de 2001, às 17h, substituindo 'A Usurpadora' e sendo substituída por 'Amigos para Sempre'.


A novela infelizmente nunca ganhou uma reprise no canal, acabou sendo esquecida no meio das mil e uma reprises das 'Marias' e de 'A Usurpadora'. Uma pena, não?


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Vale dizer que a novela possui duas dublagens, ambas realizadas pela extinta Herbert Richers no Rio de Janeiro, sendo uma para sua exibição na CNT e outra para sua exibição no SBT.


Nos Premios TVyNovelas de 1994 'Corazón Salvaje' recebeu 10 indicações, saindo da premiação com sete estatuetas - incluindo melhor novela, ator, atriz e atriz revelação - para Eduardo Palomo, Edith González e Ana Colchero, respectivamente.


Ana Colchero e Edith González em foto promocional do folhetim - Créditos: Televisa S.A


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No geral, 'Coração Selvagem' foi uma novela muito marcante e que soube conquistar o público em todos os sentidos, seja no elenco muito bem escalado, na história muito bem adaptada ou na trilha sonora marcante, todos esses atributos tornam a novela muito lembrada, mesmo 27 anos depois de sua produção. Enfim, um clássico inquestionável.




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