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| Jorge Martínez e Lucía Méndez em cena da novela El extraño Retorno de Diana Salazar - Créditos: Televisa S.A |
A TV mexicana de hoje, já não é a mesma dos anos primórdios. A Televisa por exemplo, consagrou-se como uma produtora de telenovelas rosas, onde a mocinha sofre para apenas no final, ficar com o seu "princípe encantado" numa espécie de revival do velho conto da "Gata Borralheira".
Uma fatia de mercado que tornou a Televisa uma das maiores exportadoras de folhetins ao redor do mundo, mas engana-se que a gigante mexicana apostava apenas neste nicho. Na, na, ni, na, não.
Nas décadas de 60, 70 e 80 muitas histórias repletas de mistérios, suspense, dramas policiais e ocultismo foram os ingredientes principais para produções de um México sem medo. Um dos mestres do segmento, Ernesto Alonso, consolidou-se como um dos precursores do gênero na TV mexicana.
Uma fatia de mercado que tornou a Televisa uma das maiores exportadoras de folhetins ao redor do mundo, mas engana-se que a gigante mexicana apostava apenas neste nicho. Na, na, ni, na, não.
Nas décadas de 60, 70 e 80 muitas histórias repletas de mistérios, suspense, dramas policiais e ocultismo foram os ingredientes principais para produções de um México sem medo. Um dos mestres do segmento, Ernesto Alonso, consolidou-se como um dos precursores do gênero na TV mexicana.
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| Alma Muriel em cena da novela El extraño Retorno de Diana Salazar (1988) - Créditos: Televisa S.A |
Cuna de Lobos é considerada até hoje uma das melhores produções da TV mexicana. Maria Rubio como Catalina Creel é a mistificação do mal em forma de gente e muito do sucesso de "Cuna" deve-se a Carlos Olmos, que transformou a novela em um thriller policial instigante.
Um novo êxito seria complicado. Você que pensa. É eis que em 1988, Olmos retorna com o clássico soturno "El extraño Retorno de Diana Salazar". Protagonizado por Lucía Méndez e Jorge Martínez, o folhetim aborda o passado e presente da protagonista Diana, uma jovem mulher condenada no passado pela Santa Inquisição por bruxaria, morta, ela reencarna no presente, como uma bela jovem.
Diana (Lucía Méndez) começa a ser atormentada por pesadelos, vultos e mensagens sobrenaturais. Reações naturais de um passado, onde havia sido bruxa. Com flashbacks a todo momento, Diana Salazar compreende que não apenas ela retornou, mas sim, os envolvidos na sua morte. Inclusive o seu grande amor. Enquanto compreende seus poderes, Diana, clama por justiça.
Por mais que tenha sido um sucesso, "El extraño Retorno de Diana Salazar" nunca ganhou remake e segue até hoje como um dos maiores clássicos de terror da Televisa.
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| Elenco da novela El Maleficio (1983) - Créditos: Televisa S.A |
Lembra no começo desta coluna quando disse que Ernesto Alonso foi um dos grandes produtores de novelas no gênero suspense? Pois bem, saiba que ele não se restringiu apenas ao "atrás das câmeras". Entre os mais variados papéis, um desponta como o mais promissor - El Maleficio - telenovela de 1983, trazia Ernesto como protagonista e produtor no projeto que tornou-se um dos clássicos mais memoráveis da Televisa.
Considerado por muitos o maior vilão masculino de todos os tempos na TV mexicana, Enrique de Martino é a representação do demônio [literalmente]. Perverso, Enrique faz da vida de Beatriz (Jacqueline Andere) e seus filhos Vicky (Erika Buenfil) e Juanito (Armando Araiza) um verdadeiro inferno. Feitiços, possessões, gritos, mortes e muito terror. "El Maleficio" é vanguardista no quesito afugentar os mocinhos. O vilões mandam geral. O medo é o viés que alimenta a novela.
A telenovela fez tanto sucesso que ganhou uma sequência nos cinemas. Intitulada "El maleficio 2: Los enviados del infierno" trazia Ernesto Alonso, Lucía Méndez, Eduardo Yáñez e Manuel Ojeda nos papéis principais.
No Brasil a obra folhetinesca foi exibida pelo SBT em 1984 com o título de "Estranho Poder" e com abertura cantada por Silvio Britto. Passou tão despercebida que quase ninguém sabe que a novela ganhou espaço na TV aberta brasileira.
Embora a imprensa mexicana tenha ventilado alguns anos atrás que uma nova versão iria ser produzida e que nomes como Eduardo Yañez e Fernando Colunga eram os mais cotados para reviver o memorável Enrique de Martino, o fato confirmou-se apenas em 2019, com o projeto Fábrica de Sueños. Sim, haverá uma nova versão, porém em forma de série. A estreia ainda é um mistério, já que apenas três séries do Fábrica de Sueños estão sendo produzidas até o momento. Colunga, segue na lista de favoritos ao posto de protagonista.
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| Ernesto Alonso e Armando Araiza em cena da novela El Maleficio - Créditos: Televisa S.A |
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| Chrstian Bach foi a protagonista de "La Chacala" sucesso da TV Azteca |
Fugindo um pouco da Televisa e mudando para a TV Azteca, é possível recordar de "La Chacala" sucesso de 1997, protagonizado por Christian Bach e Jorge Rivero.
Atriz e produtora de novelas, Christian Bach foi por muitos anos a estrela da TV Azteca, rival da Televisa no México. E em uma das suas idas e vindas, protagonizou a nebulosa "La Chacala".
Com um enredo místico e repleto de mistérios, o folhetim gira em torno de Delia e Javier, um jovem casal a espera de gêmeos. Certa noite, durante uma caçada, Javier acaba cometendo um infortúnio e matando um homem, temeroso, acaba jogando o cadáver morro abaixo. O que ele não esperava é que o morto clamasse por sua mãe, uma bruxa e pedisse vingança. Uma praga é rogada contra o jovem casal: uma das crianças que Delia espera seria o próprio demônio.
Bruxarias, feitiços e muita vilania - La Chacala - é até hoje recordada pelas cenas antológicas.
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| Carlos Bracho em cena da telenovela El Retrato de Dorian Gray - Créditos: Televisa S.A |
Baseada no romance filosófico do escritor e dramaturgo Oscar Wilde, "El Retrato de Dorian Gray" foi produzido pela Televisa em 1969 e trouxe Carlos Bracho, renomado ator mexicano como Lord Henry.
Extremamente vanguardista, a telenovela logo se converteu em sucesso e hoje em clássico. Protagonizado por Enrique Álvarez Félix, tem no elenco nomes como Carmen Montejo e Bianca Sánchez.
A fidelidade com a obra original fazem da telenovela um marco na TV mexicana.
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| Angelique Boyer e Alejandro Nones em cena da novela Amar a muerte (2018) - Créditos: Televisa S.A |
Recentemente foi a vez de "Amar a Muerte" apostar no soturno. Reercarnação e a morte como coadjuvante, a novela mais premiada da história do Premios TVyNovelas não poupou na tecnologia e no roteiro pesado.
Protagonizada por Angelique Boyer, Alejandro Nones e Michel Brown. "Amar a Muerte" ainda apostou em núcleos e temas adjacentes, como a homossexualidade, através do casal vivido pelas atrizes Macarena Achaga e Bárbara López.
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| Macarena Achaga e Bárbara López em cena da novela "Amar a Muerte" - Créditos: Televisa S.A |
Diferente das anteriores - Amar a Muerte - teve mais crívio no cenário policial/dramático e menos no terror [quase nulo]. Porém, retornou com o tema após anos sem lembranças.
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