Aparato do Entretenimento: Ranço instalado: Os personagens mais chatos das novelas mexicanas
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Search

Ranço instalado: Os personagens mais chatos das novelas mexicanas

Lizzet (María Soler), Paola (Gabriela Spanic) e Carlitos (Sergio Miguel) em cena da novela "La Usurpadora" - Créditos: Televisa S.A

As novelas mexicanas tem a fama de serem muito dramáticas e exageradas, o que em algumas situações podem até condizer com a verdade. Porém, no atual cenário de telenovelas que a Televisa produz, essa vertente tem caído por terra. 


Siga o nosso perfil no Instagram 
@aparato_entretenimento


Com tramas mais densas, deixando o "rosa" de lado e apostando em situações mais críveis, os folhetins da emissora de San Ángel, tem deixado o exagero de lado, as caras e bocas, as cenas pitorescas... Contudo, o histórico na mente do público ainda permanece no drama master e aos noveleiros de plantão resta aceitar. 

  
Grande parte desta lembrança se vale dos personagens chatos e maçantes de suas tramas, que em diversas situações colocam a paciência do telespectador no nível mais severo possível. 

Na coluna de hoje, relembro personagens extremamente insuportáveis das novelas mexicanas.  


Ingrid Martz, Karla Álvarez e Jacqueline Bracamontes em foto promocional de "Heridas de Amor" - Créditos: Televisa S.A

Karla Álvarez tinha uma proeminente carreira como atriz e nos seus grandes papéis, muitos foram vilãs. Acontece que neste meio, uma garota mesquinha, egoísta e mimada surgiu, Florencia,  sucesso da novela "Heridas de Amor" de Roberto Hernández exibido pela Televisa em 2006. 

Florencia reunia todos os predicados para irritar o telespectador: crises de choros, reações exageradas, irritabilidade, inconsequência. Era a típica indesejável.


Foto promociomal da personagem Katia de "Sortilégio" - Créditos: Televisa S.A

Manuela Imaz, é uma ótima atriz e isso é incontestável, mas sua Katia em "Sortilégio" era sofrível. Dissimulada, contestadora e arrogante, tinha todos os adjetivos para enlouquecer os que estavam a sua volta. 

Sortilégio está longe de ser uma novela ruim, mas que Katia causava certa repulsa, causava.


Pôster promocional da novela "La Madrastra" - Créditos: Televisa S.A

Estrella San Román era a patricinha mimada de "La Madrastra", uma jovem mulher criada a leite e mel e que vivia para causar problemas a família. Nada estava do seu agrado, fechada em seu mundo, não respeitava praticamente ninguém a sua volta e vivia para jogar na cara dos parentes o desprezo que tinha por fazer parte da família. Ana Layevska, defendeu a personagem com unhas e dentes, e com tanto vigor que até hoje, Estrella é uma das personagens mais irritantes das novelas mexicanas.       
 
Cena da abertura de "Teresa" exibida pelo SBT - Créditos: Televisa/SBT

Inveja tem nome: Aída Cáceres. Se por um lado Angelique Boyer se destacava como a vilã protagonista na preferência do público, Margarita Magaña, era odiada. Em Teresa, produção de José Alberto Castro para a Televisa em 2010, Aída era meticulosa, uma alma impetulante e que tentava a todo custo diminuir Teresa. A origem humilde da protagonista e os cortejos que a mesma alcança entre os homens, era um dos principais motivos que causavam ranço na invejosa. E como resposta, Aída gerava uma horda de reações extremamente desnecessárias na vã tentativa de colocar Teresa "em seu devido lugar". Acabou ficando chata e repetitiva.  


Grettell Valdez em cena da novela "Lo que la vida me robó" - Créditos: Televisa

Se o seu amor não é correspondido, mesmo assim você persiste e como resposta surge uma paixão verdadeira para provar que deste fubá nunca terá angu, é melhor cair fora, não? Afinal de contas, ninguém quer ser taxado de idiota. Pois bem, este discernimento faltou a Maria Zamúdio, personagem de Grettell Valdez em "Lo que la vida me robó". Alimentando por anos uma paixão inexistente por Alessandro (Sebastián Rulli), Maria atrapalhou a vida de Montserrat (Angelique Boyer) de todas as formas possíveis. Lágrimas, desespero, cabelos eriçados e muito ódio, foram os ingredientes usados por Grettell para defender sua personagem, papel digno e que contribuiu para a repulsa do público. A típica degenerada que tenta derrubar o amor que nunca teve. 


Maite Perroni como Malu, uma das suas personagens de maior sucesso das novelas - Créditos: Televisa S.A

Frágil, humilde e "moradora de outra dimensão", essa é Malu, personagem de Maite Perroni em "Cuidado con el ángel" de 2008. Na produção de Nathalie Lartilleux, Maite interpreta uma jovem apaixonada [até aí tudo bem], porém, as ações desencadeadas por esse amor proibido são uma verdadeiro circo de horrores. Perseguições, lágrimas, acidentes de cunho duvidoso e muito, mais muito mau gosto. Malu é irritante. Sofredora ao extremo, irradia dolor y tristeza, fator agravado quando divide cenas com Candelária (Evita Muñoz). É um fato: "Cuidado com el ángel" é um sucesso imensurável na carreira de Maite e para os cofres da Televisa, mas não deixa de ser uma telenovela com uma protagonista chata. Perroni, você merece mais.


Ana Bertha Espín e Ana Brenda Contreras em cena da novela "La que no podía amar" - Créditos: Televisa S.A

Atual cartaz do SBT, Ana Bertha Espín destila veneno como Rosaura em "La que no podía amar". O elo sujo da família, vive em busca de dinheiro e move mundos e fundos para conseguir o que deseja. É passível de falsas atuações, fingimentos, simulações de doenças e dores constantes. O auge? Negociar a sobrinha. Comum, não? Todos os trejeitos de uma boa vilã e de fato é, porém, com ressalvas. Rosaura é extremamente chata. Algo até indefensável, pois suas ações tendem mais para o seu egoísmo do que para uma vilania como a de Cynthia (Susana González), por exemplo. 


Osvaldo Benavides como Nandinho em cena da novela "María la del Barrio" - Créditos: Televisa S.A

O embuste mor, o chefe dos chefes, o rei soberano. Osvaldo Benavides tem um certo tino para fazer personagens irritantes, porém Nandinho da novela "María la del Barrio" supera todos. Literalmente a essência da chatice, Nandinho irritou e continuará irritando o público noveleiro a cada nova exibição de "Maria do Bairro". E motivos não faltam, Nandinho é impetulante, topete erguido, filhinho de papai [não que seja um defeito] e que usava todo esse apanhado para irritar seus pais e avós. Até a proeza de se envolver com a maluca da Soraya Montenegro (Itati Cantoral), o rançoso conseguiu. Sem falar no romance com Alicia (Yuliana Peniche), chega dar calos frios, como diria Chaves. Enfim, só lamentações. Lógico, é um dos personagens da carreira de Oswaldo que o público mais tem lembrança. Por que será, hein? 


Sergio Miguel como Carlitos Bracho em cena da novela "La Usurpadora" - Créditos: Televisa S.A

Esqueça tudo o que você leu acima. Junte todos os chatos dessa coluna, multiplique por dois e você terá Carlinhos Bracho, o grumete de "La Usurpadora". Está para nascer um personagem tão insuportável quanto Carlinhos. Tudo bem que ele é só uma criança, mas suas birras, desentendimentos e tentativas de chamar atenção fizeram do personagem um dos mais repulsivos de todas as novelas mexicanas. Óbvio, é compreensível que as danuras do garoto tinham certa linearidade, a falta de uma mãe presente, o pai ausente e outros fatores. Cair da ribanceira e perder a memória foi o ápice. Tenha misericórdia. Detalhe: a ala infantil de chatos de "A Usurpadora" não se restringia somente a Carlinhos, sua irmã Lizzete era outra que irritava a cada nova cena. Até hoje não sei se ela ganhou a roupa da Mulher Maravilha? O foco até some. 


----- || ----- || -----

Lembrando que os personagens chatos são imprescindíveis para o andamento de toda boa novela, pois são eles que muitas vezes fazem as tramas ganharem forma, seja por suas maldades, seja por seus caprichos ou temperamentos. São o contraponto que deve ser dosado e apresentado ao telespectador em doses homeopáticas.   

Espero que você tenha curtido a coluna e conto o seu comentário. Monte a sua lista de ranço.

----- || ----- || -----

Coluna escrita por Hiago Júnior com a colaboração de Jorge (@JorgeLuisSQ) e Aline (@brecomontes).


Siga-me no Twitter: @Hiago__Junior 



Aparato do Entretenimento

Criado em 2014, o "Aparato do Entretenimento" traz ao seu leitor uma gama versátil de conteúdo. Conta com colunistas especializados em áreas de atuação diferentes, que visam desta forma atender a você querido(a) leitor(a). Além da sua visita, esperamos ser seus amigos e como seremos pode nós dar aquela dica para melhorar, um puxão de orelha, elogiar. Acima de tudo queremos sua participação.


0 thoughts on “Ranço instalado: Os personagens mais chatos das novelas mexicanas