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ANÁLISE: Por trás de MANIC, 3° álbum de estúdio da Halsey


Pessoal, melancólico, rancoroso, honesto e versátil. Conheça a terceira face de Halsey como a própria se auto descreve através do seu aguardado terceiro álbum de estúdio "Manic".


Fonte: Capitol Records/Universal Music

O objetivo principal desta análise é desvendar todas as curiosidades por trás de cada música do álbum e apreciar esse trabalho tão esperado que está chamando atenção de principais revistas de músicas do mundo. "Manic" vem sendo desenvolvido desde 2018 e passou por diversos ajustes até chegar em um resultado satisfatório e que fizesse sentido para Halsey. 

O primeiro single do álbum "Without Me" foi lançado em 4 de Outubro de 2018. A música foi tão bem sucedida comercialmente que chegoua posição 1 na principal parada de músicas dos EUA (Billboard Hot 100) sendo assim, a primeira música solo de Halsey a atingir tal feito.



Em maio de 2019, Halsey lançou a inédita "Nightmare", que meses depois foi dita por ela que não faria parte do álbum pois não tinha conexão com as demais músicas do álbum, que estava trilhando uma sonoridade diferente.





Em setembro de 2019, Halsey lançou "Graveyard" como segundo single do projeto. 



Ainda em setembro no seu aniversário (29), era lançado a música "clementine" com single promocional e em comemoração ao seu aniversário.



No dia 6 de dezembro "finally // beautiful stranger" era lançada como single promocional do álbum acompanhada também de um vídeo.



No mesmo dia também era lançada "SUGA's Interlude" uma parceria com o 'SUGA', integrante da boyband sul coreana 'BTS'.



No dia 10 de janeiro de 2020, uma semana antes do lançamento do álbum, era lançada "you should be sad" terceiro single do projeto que já veio também acompanhado de um vídeo cheio de referências a divas como 'Shania Twain', 'Carrie Underwood', 'Lady Gaga' e 'Christina Aguilera'.



Capa do álbum "Manic" - Fonte: Capitol Records/Universal Music

Halsey descreve o álbum como: "um mundo de fantasia menos distópico", "um vislumbre sobre sua terceira face", a qual ela nunca mostra a ninguém, descrita como a mais desinibida, explicita e carnal. As outras duas são: 'Halsey', a qual ela transmite ao mundo e 'Ashley', a qual ela mostra apenas para os amigos mais próximos.No dia do lançamento do álbum (17/01) Halsey declarou através do Twitter: "Passei a vida toda lutando para aceitar essa parte de mim e fiz arte com isso. Eu me sinto feliz. Obrigado."


O álbum possui influências de estilos como R&B, Rock, Country, pop rock, hip-hop e rock alternativo. Halsey recomenda que o álbum seja escutado na ordem para ter um entendimento melhor sobre o conteúdo ao qual ela aborda.


1. "Ashley"

Em nota a Apple Music Halsey declarou:

"Começar o álbum com o meu nome verdadeiro é um ponto de entrada confortável para as pessoas, é como dizer: 'Ei, ainda estou aqui, mas vou te levar numa viagem diferente agora mesmo'. Muito deste álbum foi escrito à medida que eu me tornei mais consciente da minha mortalidade. Às vezes estou no topo do mundo e nunca me senti melhor na minha vida. Em outros dias, penso: "Se continuar a fazer isto, vou morrer. Esta canção é uma introdução e um aviso, diz: 'Aqui está este álbum que tive de me abrir para fazer, e continuarei a me abrir para fazer uma turnê, promover e explicar, mas não sei quantos mais destes terão'."


2. "clementine"


Halsey descreve a segunda faixa do álbum pelo storyline do Spotify como: 


"um momento de ápice para o Manic. Foi quando eu realmente vi o meu eu interior e a minha criança interior a se tornar um som, assim como a letra da música. Você pode ouvir duas vozes. Uma é Halsey, calma e serena cantando. A outra é a Ashley, gritando impulsivamente no fundo." 

 

3. "Graveyard"

Pela Billboard, Halsey comentou sobre a canção dizendo que: 

"A música é sobre estar apaixonado por alguém que está em um lugar ruim e amá-lo tanto que você não percebe que está indo para aquele lugar ruim com ele... É também aprender a se preocupar com você o suficiente para não seguir ele lá". 

 

4. "You should be sad"

A quarta faixa do disco se destaca por conter influências country e rock em sua sonoridade. Um fã através do twitter perguntou a Halsey sobre as inspirações que levaram a fazer uma música country, ela respondeu dizendo que: 

"As músicas mais mesquinhas e comoventes são do país. Eu escrevi YSBS no chão da minha sala de estar no meu violão. Muito tempo em Nashville também"



Sobre o conteúdo lírico, a música fala sobre frustrações com um relacionamento que se acabou. Muitos fãs ficaram questionando a Halsey se a música era sobre seu ex-companheiro G-Eazy e a mesma apenas comentou no Twitter:

"Eu sei que isso pode ser uma surpresa para algumas pessoas, mas você não escreve a música no dia anterior ao lançamento. Os tópicos são relevantes para a hora em que a música foi escrita. É visceral quando isso acontece. A parte da escrita ajuda a desaparecer"



5. "Forever ... (is a long time)"

Sobre a quinta faixa do disco, Halsey comentou através de seu Twitter que: 

"é chamada assim porque mostra a jornada de se apaixonar e depois sabotá-la com sua própria paranoia e insegurança. É por isso que a música modula de Maior para Menor"



Halsey também comentou através do Twitter que o piano tocado na música é o piano da sua sala de estar.




Para a Apple Music, Halsey comentou: 

"Todo álbum meu tem o que chamamos de trio: três músicas no meio que servem como uma transição e devem ser ouvidas na sequência. No Manic, é 'Forever ... (is a long time)'. "Dominic's Interlude" e "I HATE EVERYBODY." Nesta música, eu estou me apaixonando. O instrumental é importante, todos esses belos tons cintilantes e pássaros cantando, tudo é doce, é Cinderela. E então eu começo a entender na minha própria cabeça. O piano entra e é esse trem de pensamento que modula de maior para menor para mostrar meu humor passando de otimista para ansioso. E agora estou sabotando esse relacionamento e me sentindo paranoica, isso é e então [o cantor e compositor] Dominic Fike, no "Dominic's Interlude" me diz que é melhor eu dizer ao meu homem que ele tem más notícias.”

6. "Dominic's Interlude" - parceria com o 'Dominic Fike'

A sexta faixa do disco, parceria com o cantor e compositor Dominic Fike gerou uma controvérsia quando teve seu título divulgado pois muitos pensavam que o Dominic citado no título era o ex de Halsey, Dominic Harrison, integrante da banda YUNGBLUD. Ela encerrou toda a controvérsia através de seu Instagram quando publicou um vídeo escrevendo a lista de músicas do álbum e marcando Dominic Fike no mesmo. 


A música faz parte da sequência de três músicas que Halsey costuma colocar em seus álbuns. Nesta canção, ela é alertada sobre ter que avisar ao companheiro que más notícias estão por vir, pois a mesma irá sabotar o relacionamento de alguma forma.



7. "I HATE EVERYBODY"

Em nota a Apple Music, Halsey comentou sobre a canção dizendo: 

“Em algum momento, eu tomei conta da situação e fiquei tipo, 'Aqui está o que não vamos fazer é fazer toda a minha música sobre quem eu estou namorando. Este álbum é sobre mim. Eu deveria importar o suficiente por conta própria. Eu não deveria ser desejável, porque uma estrela do rock que você acha legal acha que eu sou desejável. Não é mais isso, e nunca deveria ter sido. Mas quando você é jovem, às vezes suas inseguranças são as melhores, e 'Eu odeio todo mundo' é sobre isso. Está pensando: 'Bem, eles respeitam a opinião dele, então, se ele gosta de mim, eles também.' Uau. Errado. Não não não. Isso deve ser sobre mim.



8. "3am"

A oitava faixa do disco fala sobre o desejo constante de ter contato com alguém virtualmente para conversar pela madrugada, Halsey revelou através do Twitter como a ideia sobre a música surgiu:


"sim! Depois de uma noite em que cheguei em casa e estava ligando para todos em meus contatos, eu estava morrendo de vontade de conversar com ALGUÉM, literalmente, para não ter que me sentar com meus próprios pensamentos. Eu percebi “hmm isso é ... ruim” e escrevi uma música sobre isso!"



Halsey também revelou pelo Twitter aos fãs que a bateria tocada na música a mesma havia sido executada pelo aclamado Chad Smith, baterista e integrante de longa data do Red Hot Chili Peppers.





O final da música conta com uma nota em áudio do John Mayer parabenizando Halsey pela faixa seguinte no disco "Without Me" estar sendo tocada na rádio, ele diz que "a música está prestes a se tornar um grande sucesso". Halsey brincou no Twitter dizendo que ele previu o sucesso da música antes da mesma ter fé em si mesma!


9. "Without Me"

A nona faixa do disco possui um carinho maior por parte dos Brasileiros pois a canção foi gravada enquanto Halsey passava com a sua última turnê "Hopeless Fountain Kingdom" pelo Brasil.

Halsey disse que a música é a coisa mais 'crua' que ela já fez por ser tão pessoal sobre seu relacionamento. Pelo Twitter ela disse sobre a música: 

"Eu chorei o tempo todo enquanto gravava. Mas agora me sinto orgulhosa. E empoderada."



10. "Finally // beautiful stranger"

Sobre a décima faixa do disco, Halsey revelou via Apple Music:

“Eu estava tipo, 'eu preciso de uma música de casamento. Preciso de uma primeira música de dança'. Escrevi em casa na minha sala às duas da manhã quando estava namorando Dom [YUNGBLUD]. Eu estava pensando na noite em que nos conhecemos - eu tinha contado a história tantas vezes e toda vez que ficava mais romântica - e percebi que nunca havia escrito uma música de amor antes, nenhuma sem uma frase de efeito. E é apenas uma música muito legal e doce. No começo, eu era tipo, hein ... Não era louco o suficiente. Mas enviei para alguns amigos, que disseram que era a melhor música que eu já escrevi. Eu fiquei tipo, ‘O que? Somos apenas eu e um violão'. "E eles diziam: 'Sim, esse é o ponto'."



11. "Alanis' Interlude" - com participação da 'Alanis Morissette'

Parceria dos sonhos para a própria Halsey, a décima primeira faixa do disco conta com os vocais de Alanis Morissette. O interlúdio fala sobre o desejo sobre uma mulher por outra mulher deixando rótulos de lado, pois a mesma está cansada deles. Halsey revelou pela Apple Music:

“Um grande suprema. A maior suprema. Escrevi uma carta para ela e ela estava grávida de nove meses, talvez um pouco menos, e tentei dizer a ela que impacto irrevogável ela teve na minha vida. Eu disse a ela que nunca teria sido corajosa o suficiente para dizer as coisas que disse se ela não as tivesse dito primeiro, e que eu estava gravando um registro sobre todas as partes importantes de mim e não conseguia imaginar fazê-lo sem ela. E ela disse que sim. Os interlúdios representam diferentes relacionamentos na minha vida: Dom representa amor fraternal e Alanis representa empoderamento sexual e profissional.”


Halsey também comentou sobre a canção através do Twitter quando foi questionada como foi gravar com Alanis, ela disse:






12. "killing boys"

Para a Apple Music, Halsey comentou sobre a décima segunda faixa do disco dizendo: 

“É sobre ficar tão enfurecida que você fica tipo, eu vou invadir a casa dele, entrar no quarto dele, sentar ele e ficar tipo 'Escute, filho da p****, você vai conversar com eu agora. Tipo, eu vou usar um capuz preto. Meu amigo vai dirigir. É pseudo-baseado em uma história real de quando eu realmente entrei na casa de alguém procurando respostas sobre algo. Era uma época em que eu era realmente maníaca e pensava: 'Não, minha única opção é ir até lá e causar uma cena'. É o seguinte: "Eu subo até a janela e quebro o copo / mas paro porque não quero Uma Thurman seu besta." É satírico, mas eu sou louca."

 


13. "SUGA's Interlude" - com participação do 'Suga' integrante do BTS

Halsey comentou sobre a parceria no dia do lançamento da música (6/12/2019) através do seu Instagram Stories dizendo:

“Tão inacreditavelmente orgulhosa e feliz com a Interlude de Suga. Essa música foi cuidadosamente elaborada por nós. Todas as opções de produção de todos nós foram intencionais para provocar um sentimento. Eu queria Yoongi porque sou um grande fã de sua música solo e sabia que ele seria a pessoa perfeita para pintar uma imagem lindamente trágica. E estou honrada em ter, no meu álbum, uma música que transcende a linguagem e mostra que a experiência humana é fundamentalmente a mesma universalmente. Especialmente entre os criativos. Para ser ambos abençoados e atormentados.

 

14. "More"

A décima quarta faixa do disco foi uma das mais difíceis a compartilhar com os fãs como Halsey disse no Twitter, ao Spotify Storyline ela deixou uma nota dizendo:

"Essa foi a música mais pessoal a se escrever. Eu escrevi a letra para esta em menos de 5 minutos. É uma música de amor, mas não sobre um parceiro romântico. Para alguém no universo que ainda não existe. Mas que um dia irá..."

E em nota a Apple Music, Halsey disse:

"Eu tenho sido muito aberta sobre minhas lutas com a saúde reprodutiva, sobre querer congelar meus óvulos e ter endometriose e coisas assim. Durante muito tempo, não pensei que ter uma família fosse algo que eu fosse capaz fazer, e é muito, muito importante para mim. Então, um dia, meu ginecologista e obstetra me diz que parece que eu posso, e fiquei comovido. Parecia essa ascensão em um tipo diferente de feminilidade, tudo é diferente. Eu não vou fazer uma turnê até a morte porque não tenho mais nada para fazer e estou compensando demais por não poder ter essa outra coisa que realmente quero. Agora, tenho uma escolha. Lido [o produtor Peder Losnegård] e eu construímos o instrumental desaparecendo no final da música para soar como um ultra-som, como se você estivesse ouvindo sons de dentro de um útero. É uma das músicas mais especiais que já fiz. ”

  

15. "Still Learning"

A décima quinta faixa do disco possui co-composição do Ed Sheeran do qual Halsey já trabalhou anteriormente. A canção fala sobre reconhecer seus próprios defeitos e ser honesta sobre si mesma. Ela diz estar aprendendo a se amar em meio a todos os seus problemas. Diversos fãs foram ao Twitter agradecer Halsey sobre a música e sua mensagem otimista sobre amor próprio e a mesma brincou dizendo: 

"Otimismo em um álbum da Halsey. O mundo está acabando!"






16. "929"

A última faixa do disco "929" é descrita como um fluxo de consciências onde Halsey fala sobre si mesma, fãs e carreira de forma bem vulnerável e honeste. Em nota ao Spotify Storyline:


"Um fluxo de delírio e consciência confessional. Este era quase como um estilo livre no estande. Eu mal escrevi nada. Comecei a espalhar todos os meus pensamentos sobre mim e meus fãs e minha família, e admito tantas falhas e defeitos de uma só vez. É perdoador, no entanto, termina com o reconhecimento de que estou aprendendo e crescendo, minuto a minuto."


Halsey revelou através do twitter que o que ouvimos na música é a primeira gravação da música, ela também revelou que estava sem fôlego e agitada pelo final mas de um jeito bom. Ela também revelou através da rede social que assim como a música "More", essa foi uma das músicas que ela estava com medo de compartilhar com os fãs.







CONSIDERAÇÕES FINAIS

O álbum destaca se por sua sinceridade e a maneira visceral que Halsey encontrou para contar sua história, o disco é delicioso de ouvir e possui coesão e conexão entre as faixas. O terceiro álbum da Halsey mostra um amadurecimento como artista e nos leva a sua consciência por aproximadamente 43 minutos por músicas que não possuem um prazo de validade como outras que costumam ser lançadas. A história de Ashley foi muito bem contada e não há dúvidas de quão os fãs se deliciaram com o álbum no lançamento.

A matéria teve o intuito de trazer todas as informações e torná-lo mais fácil ainda de se entender as mensagens ditas por Halsey. As mesmas foram retiradas do Twitter da Halsey, do site da Apple Music e do Spotify Storyline (o qual narra essas histórias no player enquanto você escuta das músicas no app).

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