Primeiras Impressões | Amor Dividido: Aberta para discutir temas importantes, novela que marca o retorno de Angelli Nesma a Televisa pode se revelar como um grande acerto

Terminei oficialmente a primeira semana de Amor Dividido e me surpreendi: gostei. Os personagens parecem interessantes assim como suas abordagens. A busca incessante pelo "sonho americano" não caiu no estereótipo de algumas outras novelas e séries. O ponto alto da semana de estreia sem dúvidas foi Debra exercendo sua escolha em realizar o aborto, uma temática atual e de difícil aceitação, mas que na trama foi imposta como uma decisão da mulher. Sobre a protagonista Abril, não posso negar, a princípio ela não me agradou tanto, senti a personagem apagada pelos demais em cena e isso é raro na primeira semana de uma novela da produtora Angelli Nesma, porém a Eva Cedeño segue maravilhosa no papel. Sua química com Andrés Palacios é ótima, aliás me surpreendeu o Bruno, seu personagem é interessante - estou sentindo que irei odiar e amar ao mesmo tempo. Falando em odiar já declaro que Fabrício, Alejo e Minerva já têm meu ódio. O trio de vilões tem tudo para entregar. Outra coisa positiva na novela é a representatividade, amei o casal gay Gabriel e Jorge, eles têm química e história, a única coisa que faltou foi um beijo. Ainda em relação a representatividade vale honrarias a abordagem da personagem Sonia, que apesar de ser cadeirante não foi retratada como alguém indefesa ou amargurada como já aconteceu em outras novelas. Para finalizar essa semana, creio que ‘Amor Dividido’ foi uma das melhores estreias do horário das seis desde ‘Te Dou A Vida’, Angeli Nesma tem um diamante em suas mãos e se continua a cuidar como foi nesses cinco primeiros capítulos, teremos um novelão.