Aparato do Entretenimento: Quero saber: Você conhece os escritores e adaptadores das novelas mexicanas da Televisa?
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Quero saber: Você conhece os escritores e adaptadores das novelas mexicanas da Televisa?

Paola Bracho e seus amores em foto promocional da novela 'La Usurpadora' novela baseada na original de Inés Rodena que ganhou versão para a TV pelas mãos de Carlos Romero. Créditos: Televisa S.A

O México é um dos berços da teledramaturgia latina e um dos países que mais produzem novelas em todo mundo, e parte deste cenário é fatídico por causa da grande participação da Televisa, principal emissora do país.

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Considerada uma "fábrica de sonhos" - a Televisa - hoje atua em vários de seus canais na construção de folhetins e séries, sendo a principal janela, o Las Estrellas.


Edith González e Eduardo Palomo em cena da novela 'Corazón Salvaje' de Caridad Bravo Adams adaptada por María Zarattini. Créditos: Televisa S.A

Diferentemente do Brasil onde os autores de novela ganham foco máximo da mídia, no México os melodramas são alinhados pela figura do produtor executivo, que carrega a função de gerir todo elenco, direção, roteiro, entre outros aspectos. Mas e as histórias? São eles que escrevem. Em alguns casos sim, eles contribuem, mas de forma geral são escritores e/ou adaptadores que sentam e reescrever histórias para o formato da televisão, adequando ao horário, estilo do produtor, elenco e principalmente para o ano em que a trama se passa. 

Obviamente, desta maneira, alguns produtores de novela quase sempre apostam na mesma equipe de roteiristas - traçando assim; uma espécie de 'DNA' entre produtor e adaptador. Agora me responda, você conhece os escritores e adaptadores das novelas mexicanas? Sim, que ótimo. Não? Então siga nesta matéria que agora você irá conhecer alguns.


Silvia Navarro e Cristián de la Fuente em foto promocional da novela 'Amor Bravío'. Créditos: Televisa S.A

Martha Carrillo

Escritora e atriz, Martha é hoje a 'adaptadora oficial' do produtor Carlos Moreno na Televisa. Carrillo começou sua carreira de roteirista em 1972 na 'Plaza Sésamo', mas seu currículo ganhou forma no mundo das novelas em 1995 quando ganhou a oportunidade de adaptar 'Alondra' da produtora Carla Estrada, na ocasião trabalhou ao lado do amigo Roberto Hernández, produtor e escritor, com quem anos mais tarde desenvolveu o clássico 'Tres Mujeres' protagonizado por Karyme Lozano, Erika Buenfil e Norma Herrera. Considerado o melhor trabalho da trajetória do falecido Roberto Hernández, 'Tres Mujeres' também marcou o encontro de Martha com Cristina García que juntas desenvolvem hoje a inédita 'Fuego Ardiente' do produtor Carlos Moreno com estreia para o dia 08 de fevereiro de 2021 no Las Estrellas. Desta parceria longínqua Martha e Cristina ainda adaptaram 'Mi destino eres tú' para Carla Estrada em 2000, contudo em 2003 nasceu uma amizade que perdura até hoje entre Carrilo, García e Moreno. Nasceram dessa proximidade 'Bajo la misma piel', 'En nombre del amor', 'Cuando me enamoro', 'Amor Bravío', 'Quiero Amarte', 'A que no me dejas', 'Mujeres de negro' e 'Y mañana será otro día mejor'. 

Silvia Navarro e Carlos Ferro em foto promocional da novela 'Caer en Tentación'. Créditos: Televisa S.A

Leonardo Bechini

Desta lista, Bechini é um dos que menos trabalhou na Televisa, mas isso não significa que ele tenha uma carreira curta como escritor e/ou adaptador de novelas. Leonardo é ator, produtor, diretor e roteirista e entre sua trajetória na TV ele foi responsável pelas telenovelas argentinas 'El Signo', 'Los otros y nosotros', 'El árbol azul', 'Flavia, corazón de tiza', 'Poliladron', 'Verdad consecuencia', 'Primicias', '22, el loco', '099 Central', entre outras. Seu nome é rapidamente associado a produções de thrillers policiais, razão que o levou a Telemundo - na emissora estadunidense - assinou o roteiro de 'Ladrón de Corazones'. Sua experiência na Televisa se iniciou em 2016 quando Bechini integrou a equipe da produtora Giselle González, desta colaboração nasceu 'La Canditada', 'Caer en Tentación' e a recém finalizada 'Imperio de Mentiras'.


Eva Cedeño e José Ron em cena da novela 'Te Doy la Vida'. Créditos: Televisa S.A

Edwin Valencia

Alguns escritores e adaptadores acabam ficando quase que 'exclusivos' para determinado produtor e como os casos citados acima, Edwin Valencia é um deles, sua carreira na Televisa praticamente toda foi ao lado de Lucero Suárez. Associado a tramas rosas e mais urbanas, Valencia deu vida o texto das novelas 'Querida Enemiga', 'Zacatillo, un lugar en tu corazón', 'Amorcito Corazón', 'De que te quiero, te quiero', 'La vecina', 'Enamorándome de Ramón' e 'Te doy la vida'. Um detalhe importante desta sociedade é que em todos os melodramas Lucero Suárez também assinou o roteiro das produções, que ainda contou com a participação de Luis Reynoso, outro amigo de longa data da dupla. Longe de Suárez, Edwin esteve nas equipes de roteiro de 'Cita a ciegas' e 'Y mañana será otro día mejor'.

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Helena Rojo e Adela Noriega em foto promocional da novela 'El Privilegio de Amar'. Créditos: Televisa S.A

Liliana Abud

Talvez você conheça o rosto da atriz Liliana Abud por causa das novelas 'Tú o nadie', 'Gabriel y Gabriela', 'Colorina' ou 'Rosa salvaje', mas poucos sabem que Abud possui uma carreira sólida como escritora e adaptadora de textos para as telenovelas mexicanas, inclusive ela desponta como uma das autoras que mais teve folhetins exibidos no Brasil. Neste cenário Liliana deu os primeiros passos em 1986 na produção de Eugenio Cobo 'Cicatrices del alma' que trazia Norma Herrera e Germán Robles como o casal protagonista. Eis que, de lá pra cá, assumiu a liderança em vários projetos em uma situação até pouco convencional - Liliana encabeçou a equipe de roteiristas de vários produtores até se firmar com Salvador Mejía com quem fez sua última novela em 2017. Abud também foi a responsável pela criação do melodrama 'Amor en Silencio' trama produzida por Carla Estrada em 1988 que chocou o público ao matar seus protagonistas em plena cerimônia de casamento. Desta ligação com Estrada vieram ainda 'Los Parientes Pobres', 'María Isabel' e 'El privilegio de amar' - que somadas as experiências de Liliana trouxeram outras duas grandes sociedades com os produtores Carlos Sotomayor (El vuelo del águila e La antorcha encendida) e Ernesto Alonso (Yo compro esa mujer, Atrapada, Desencuentro, La Otra, Amarte es mi pecado e Barrera de amor). Embora sua experiência com as novelas envolvam vários produtores, Abud criou uma espécie de sinergia com Salvador Mejía com quem teve o primeiro traquejo em 1999 ao adaptar o texto de 'Rosalinda' - deste ensaio vieram posteriormente 'Abrázame muy fuerte', 'Entre el amor y el odio', 'Mariana de la noche', 'La madrastra', 'La esposa virgen', 'Mundo de Fieras', 'Fuego en la sangre', 'Corazón salvaje 2009', 'Triunfo del amor', 'La Tempestad' e a última 'En tierras salvajes'. Vale destacar que 'Tres veces Ana' e 'Que te perdone Dios' da produtora Angelli Nesma Medina foram adaptadas por outros escritores baseando-se nas versões de Liliana.

Angelica Vale e Jaime Camil em foto promocional da novela 'La fea más bella'. Créditos: Televisa S.A

Palmira Olguín

Antes de ganhar fama por desenvolver novelas voltadas para o público adulto como o caso da trilogia 'Vencer', Rosy Ocampo alicerçou seu trabalho com as telenovelas infantojuvenis e tudo começou com 'El diario de Daniela' que trazia Daniela Luján como protagonista. O tremendo êxito do folhetim aguçou os olhos da Televisa que acabou encomendando uma leva de novas produções voltadas para esse público cativo. Foi neste start que surgiu a amizade de Ocampo com a adaptadora Palmira Olguín, e a sequência de sucessos que se iniciou com 'El diario de Daniela' ainda teve 'Amigos X siempre' e 'Alegrijes y rebujos'. Quando Rosy decidiu enfim produzir novelas adultas, Palmira seguiu com ela, oportunidade que garantiu a criação de 'La fea más bella' e 'Las tontas no van al cielo'. Dado o término da parceria com Ocampo, Olguín ainda adaptou 'Hijas de la luna' para Nicandro Díaz González e contribui em 'Mi Adorable Maldición' de Ignacio Sada Madero.


Lucero e Fernando Colunga em foto promocional da novela 'Soy Tu Dueña'. Créditos: Televisa S.A

Kary Fajer

Nicandro Díaz González pode se orgulhar de ser um dos produtores executivos com maior vendagem de novelas em todo mundo e talvez por esse prestígio muitas delas desembarcaram no Brasil. Elencado por muitos anos como 'o produtor de novelas rurais' Nicandro conseguiu tal proeza graças a Kary Fajer, roteirista que o acompanhou em muitas de suas produções. O percurso de Fajer nas novelas começou em 1987 com 'La Indomable' das produtoras Julissa e Mapat L. de Zatarain, contudo somente anos mais tarde Kary teve a oportunidade da sua vida ao adaptar o texto da clássica 'Simplesmente Maria' do produtor Valentin Pimstein que trazia Victoria Ruffo, Jaime Garza e Manuel Saval nos papéis principais. Com o término, Fajer trabalhou com três produtores distintos Eugenio Cobo em 'La última esperanza', Jorge Lozano em 'Bendita Mentira' e Irene Sabino em 'Los hijos de nadie' - quando passou a ter seu currículo quase que exclusivamente associado ao nome de Nicandro Díaz. A experiência frutífera começou com 'Gotita de Amor' que abriu portas para outras duas infantis 'Carita de ángel' e '¡Vivan los niños!'. Com a queda de audiência nas infantis e a busca por novos conteúdos, Nicandro migrou para o público adulto e levou com ele sua grande amiga, juntos criaram 'Contra viento y marea', Destilando amor', 'Mañana es para siempre', Soy Tu Dueña', 'Amores Verdaderos', 'Hasta el fin del mundo', 'El bienamado' e a atual 'La mexicana y el güero'.

Gabriel Soto e Adriana Louvier em foto promocional da novela 'Yo no creo en los hombres'. Créditos: Televisa S.A

Aída Guajardo

Aída teve uma trajetória bastante elogiada na Televisa, na emissora começou em uma infantil de enorme sucesso 'Amy, la niña de la mochila azul' de 2004 dos produtores Rubén e Santiago Galindo, e naquele mesmo ano integrou a equipe de pesquisa e investigação de José Alberto Castro para a telenovela 'Rubí' melodrama protagonizado por Bárbara Mori; desta amizade dois anos depois nasceu 'Código Postal' que viria a ser até o momento a única novela de Guajardo com El Guero. Aida ainda trabalhou com Rosy Ocampo na esquecível 'Amor sin maquillaje' e na emblemática 'Las tontas no van al cielo' e em 'Amar sin límites' da produtora Angelli Nesma. O ano era 2008 e Aída passou a fazer parte da equipe dos produtores Roberto Gómez Fernández e Giselle González, dessa junção vieram 'Alma de Hierro', 'Para volver a amar' e 'Cachito de Cielo' - após o fechamento do ciclo e separação dos produtores, Guajardo seguiu com Giselle González em sua primeira telenovela inédita 'Yo no creo en los hombres'. Seu último trabalho na Televisa foi em 2017 na biosérie 'Hoy voy a cambiar' baseada na história de vida da cantora Lupita D'Alessio, produção de Santiago Galindo e Rubén Galindo Jr. encabeçada por Mariana Torres e Ferdinando Valencia.

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Thalía como Marimar. Créditos: Televisa S.A

Carlos Romero

Falar sobre a história das novelas mexicanas e não citar Carlos Romero é um pecado sem perdão, um dos principais autores de telenovelas da Televisa, Romero conseguiu uma proeza bem peculiar, adaptar e readaptar suas próprias tramas, outro destaque no seu currículo é a presença de vários textos da novelista Inés Rodena reescritas em versões para TV por suas mãos. No Brasil, Carlos Romero é bastante conhecido, ou melhor, suas novelas (versões) são conhecidas. O escritor venezuelano é o responsável por dar vida e voz a personagens de mais de 50 produções, entre adaptações, originais e readaptações de outros escritores baseadas nas suas versões anteriores. O melodrama 'Barbara' de 1971 que trazia Edmundo Arias, Amalia Pérez Díaz e Julio Capote nos papéis principais foi o pontapé inicial na sua trajetória como roteirista, o que desencadeou o advento de 'Sacrificio de mujer', 'La doña', 'Raquel' e 'Iliana' - em virtude do sucesso, Carlos viveu nos anos seguintes seus dois primeiros hits da carreira: 'Tres Mujeres' em 1978 e 'Los ricos también lloran' de 1979, o êxito da última foi tamanho que o produtor Valentin Pimstein 'abraçou com toda força' Carlos em suas próximas produções 'Verónica', 'Ambición', 'Colorina', 'El hogar que yo robé', 'Vanessa', 'Bianca Vidal', 'Chispita', 'Amalia Batista', 'La Fiera', 'Principessa', 'Los años felices', 'Guadalupe' - entre outras; em uma parceria que ainda agregou os clássicos 'Monte Calvario', 'Rosa Salvaje', 'Simplesmente María' e 'Carrusel de las Américas'. O afeto de Pimstein com Romero permaneceu vivo quando o produtor resolveu reviver clássicos e lançar uma nova 'Verónica Castro' para o mundo das novelas, Carlos foi o responsável por adaptar a famosa 'trilogia das Marias' que relevou Thalía para os holofotes dos melodramas. 'María Mercedes', 'Marimar' e 'María la del barrio'. Desde momento em diante, Carlos passou a adotar uma 'escrita livre' - passando a ser convidado por outros produtores para adaptar suas novelas, por exemplo, fazem parte do seu currículo 'La Usurpadora', 'Luz Clarita', 'La Intrusa', 'Cuidado con el ángel' e 'Corazón indomable'. 

Barbara Mori, Sebastián Rulli e Eduardo Santamarina em foto promocional da novela 'Rubí'. Créditos: Televisa S.A

Ximena Suárez

O nome dela pode soar estranho a princípio, mas é muito provável que você já tenha assistido alguma novela adaptada por Ximena. Com um currículo bem peculiar, Suárez diferente de tantos outros escritores formou uma carreira baseada na adaptação de novelas para vários produtores, porém, foi com José Alberto Castro que ela ganhou maior repercussão. Em 1995, Alpha Acosta, Arturo Peniche e Cecilia Bolocco estrelavam 'Morelia' produção de María Elena Crousillat baseada na original de Delia Fiallo, Ximena assinava ali sua primeira grande telenovela na TV - e no mesmo ano um revês, José Rendon a convida para escrever 'La Paloma' telenovela protagonizada por Gerardo Hemmer e Maite Embil - que infelizmente sofreu uma perca em seu elenco, o ator que dava vida ao protagonista Rafael foi encontrado morto em circunstâncias até hoje inconclusivas, sendo a única novela encerrada sem conclusão na Televisa. Apesar do choque Ximena assinou ainda em 1995 'Caminos Cruzados' telenovela de Herval Rossano protagonizada por Mariana Levy e no ano seguinte 'Morir dos veces' também do produtor executivo José Rendon. Uma pausa na carreira e três anos depois um novo saldo de novelas: 'María Emilia: Querida' e 'Pobre diabla' na América Producciones do Peru e 'El noveno mandamiento' em seu retorno a Televisa. Mas nada se compara ao ano de 2004 onde Ximena viveria o seu primeiro grande sucesso da carreira ao lado do produtor José Alberto Castro - Rubí - trama da novelista Yolanda Vargas Dulché que ganhou uma nova versão na TV com Barbara Mori como uma femme fatale - na sequência 'Código Postal' também do El Guero, 'Amar sin límites' de Angelli Nesma e 'Alma de hierro' de Roberto Gómez Fernández e Giselle González. O retorno com José Alberto em 2010 e 2014 garantiu ainda os sucessos 'Teresa' e 'La que no podía amar'. Ximena esteve presente também na equipe das novelas 'Amores Verdaderos', 'La Malquerida', 'Lo imperdonable', 'Pasión y Poder', 'El bienamado' e 'La jefa del campeón'.


Angelique Boyer e Michel Brown, os protagonistas de 'Amar a Muerte'. Créditos: Televisa S.A

Leonardo Padrón

Antes de começar a falar sobre Leonardo Padrón (momento merchan) indico a você uma entrevista que realizamos com ele (link AQUI). Venezuelano, Padrón é um 'estreante' na Televisa - diferente dos outros desta lista é um dos que menos novelas fez para a emissora mexicana. Porém seu passado no cenário dos melodramas latinos é bem interessante. Começando em 1990 na RCTV com 'Gardenia', uma pausa e cinco anos após veio 'Amores de fin de siglo' também na RCTV. Dois anos depois novos ares, emissora nova e um clássico 'Contra viento y marea' da Venevisión, cenário que abriu portas para sua estreia nos Estados Unidos através da Telemundo com 'Aguamarina' parceria da Fonovideo com a emissora estadunidense. Considerado um autor com foco na escrita para a luta das mulheres, Leonardo voltou a Venevisión para criar 'El país de las mujeres', 'Amantes de Luna Llena', 'Cosita rica', 'El amor las vuelve locas', 'Ciudad bendita', 'La vida entera' e a melhor delas 'La mujer perfecta' de 2010. Ainda faz parte do seu currículo 'eixo Venezuela' - Eva Luna - novela protagonizada por Guy Ecker, Blanca Soto, Julián Gil e Susana Dosamantes fruto da parceria Univision e Venevisión. Na Televisa Leonardo Padrón estreou em 2018 e num projeto que visava para dar vida a remasterização da polêmica novela do colombiano Julio Jiménez. 'Amar a Muerte' foi um grande sucesso, principalmente na internet, sendo inclusive a última telenovela da Televisa a ganhar maior volume de vendagens mundo afora. Com uma versão bastante elogiada, Padrón conseguiu manter a essência da troca de almas e agregar núcleos inéditos, como o casal #Juliantina. Seguindo contratado da W Studios e do produtor Carlos Bardasano, Leonardo encarou a missão de revisitar o clássico 'Rubí' para o projeto 'Fábrica de Sueños' e trouxe uma protagonista fria, calculista e com humor ácido vivido pela amada e criticada Camila Sodi, série que rendeu a maior audiência do Las Estrellas nos últimos cinco anos. Em 2021, o escritor retorna ao prime time, agora com 'Si nos Dejan' adaptação do clássico colombiano 'Señora Isabel'.

Jacqueline Bracamontes e William Levy em foto promocional da novela 'Sortilegio'. Créditos: Televisa S.A

María Zarattini

Falecida em 2019, María Zarattini criou uma história linda nas novelas. Uma escritora ávida e com enredos cheios de reviravoltas, Zarattini elevou seu nome nos melodramas e passou a ser associada quase sempre a produtora Carla Estrada. Ao lado de Ernesto Alonso, María deu seus primeiros passos nos roteiros das novelas em 1963 com 'Destino' quando a Televisa ainda respondia ao título de Telesistema Mexicano, seguindo com Ernesto Alonso em 1974 criaram 'Ana del aire' quando passou a fazer parte da equipe de roteiristas de outros produtores. 'Lágrimas negras', 'Al rojo vivo', 'Al final del arco iris, 'Bodas de odio' e 'De pura sangre' são exemplos dessa mudança. Com a chegada do ano de 1995, Zarattini criou a polêmica e sensual 'Tú o nadie' estrelada por Lucía Méndez e Andrés García que em 2009 ganhou um remake 'Sortilegio' com a chancela de Carla Estrada. O extenso currículo da autora ainda inclui 'Balada por un amor', outra versão de 'Destino' e 'Triángulo' até a chegada do clássico irretocável 'Corazón Salvaje' de 1993 que trouxe um dos maiores pares românticos das novelas Mónica e Juan del Diablo, vividos por Edith González e Eduardo Palomo. A amizade com Carla Estrada rendeu ainda a trilogia de época 'Amor Real', 'Alborada' e 'Pasión' - elogiada pela crítica e audiência.

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María Rubio como Catalina Creel em foto promocional da novela 'Cuna de Lobos'. Créditos: Televisa S.A

Carlos Olmos

Infelizmente já falecido, o ator e dramaturgo Carlos Olmos foi responsável por grandes telenovelas na Televisa. Bem-conceituado, Olmos iniciou sua carreira no melodrama 'Acompáñame' de 1977 e não parou mais; assinou na sequência 'Ardiente secreto', 'Julia', 'El amor llego mas tarde', 'El árabe', 'Caminemos' e 'Otra vuelta de tuerca' praticamente todas ao lado da produtora cinematográfica Irene Sabino, mas foi em 1984 que Olmos conheceu o produtor Carlos Téllez no folhetim 'La pasión de Isabela' trama protagonizada por Ana Martín e Héctor Bonilla - e desde então sua carreira passou a ser ligada a melodramas de suspense. O maior marco das novelas mexicanas nasceu dois anos após com o lançamento de 'Cuna de Lobos' em 1986, fruto da parceria de Olmos e Téllez, a telenovela ficou imortalizada por ter a vilã mais célebre dentre todas, Catalina Creel vivida por María Rubio ficou marcada como a personagem do tapa-olho que matava seus inimigos de forma cruel e ainda assim mantinha sua classe. Anos mais tarde vieram o clássico de terror 'El extraño Retorno de Diana Salazar' e a emblemática 'En carne propia' que trazia o maquiavélico Octavio Muriel. Carlos Olmos ainda fez parte das equipes de 'Sin pecado concebido' de José Alberto Castro, 'La sombra del otro' da produtora Julissa, 'El rincón de los prodigios' de Guillermo Diazayas e 'Tal como somos' de Juan Osorio e Julissa.

Erika Buenfil e Arturo Peniche em foto promocional da novela 'Amor en Silencio'. Créditos: Televisa S.A

Eric Vonn

Parceiro de Liliana Abud em algumas telenovelas, o escritor guatemalteco Eric Vonn possui uma carreira bem valorizada na Televisa. Sua primeira oportunidade na emissora foi justamente ao lado de Liliana em 1986 no folhetim 'Cicatrices del alma' que trazia Norma Herrera e Germán Robles como protagonistas, mas o grande sucesso do escritor foi em 1988 e novamente numa obra com Abud, 'Amor en Silencio' produção de Carla Estrada que chocou o público com o desfecho dos personagens Marisela e Fernando, mortos em plena cerimônia de casamento. 'Mi segunda madre' e 'Días sin Luna' de Juan Osorio vieram na sequência, além de uma nova conjunção com Carla Estrada na trama 'Amor de nadie'. Outro sucesso incontestável de Vonn é o folhetim de suspense 'La chacala' de 1997 protagonizado por Christian Bach que trazia um enredo recheado de bruxaria, assassinatos e muito terror. Eric também possui passagens na Telemundo, na emissora foi responsável pelo texto das novelas 'Pecados Ajenos', 'Amores de Mercado' e 'Tierra de Pasiones' essa última estrelada por Gabriela Spanic. Na TV Azteca, rival da Televisa Vonn também fez carreira, são exemplos da sua trilha por lá: 'Vivir a destiempo', 'Cielo Rojo' e 'Un Día Cualquiera'.

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São através dos escritores que as novelas ganham vida e formato, os diálogos dos personagens, a personalidade, o modo de agir... Nascem destes profissionais falas imortalizadas na cultura latino-americana, são à partir deles e de tantos outros que a cultura novelesca permanece até hoje com a chama acessa.

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