Crédito da foto: Imagem de S. Hermann & F. Richter por Pixabay |
Vivemos enclausurados. Presos em sentimentos, a momentos, a lugares, às pessoas. De toda maneira, aos tempos – passado, presente, futuro. Até mesmo no pretérito mais que perfeito, sentimos a angústia do apego. Afinal, o que é a perfeição? Ela também pode estressar.
Quanto maior a caixa, menor o envolvimento. Com andares cada vez mais altos, as paredes sustentam um coletivo ilusório. É complexa a vida em comunidade quando as individualidades acreditam que cada ética é a verdade pura e única. Os elevadores causam constrangimento. Não saber o que falar, de quem parte a cordialidade do cumprimento, de respirar algo que também é do outro. Quando colocaram o espelho no elevador será que o inventor sentia a necessidade de estar junto ou de ficar sozinho? Ou foi estratégico para demonstrar e provocar comportamentos? De certa maneira, a experiência de ficar consigo... Numa caixa.
Tranquilamente, pelo amor ou pela dor, é preciso buscar a liberdade, mesmo que nossa caminhada seja estar em caixas, porque escolhemos não morar em árvores. Necessário cuidar do ambiente externo, mas antes remexer lá nos segredos mais escondidos, na caixa de Pandora. Proteger-se. Conectar-se com o interior em busca de aprendizado. Perceber que o coração também mora numa cápsula. Acariciá-lo, transformando sentimentos que ele bombeia, aqueles mais silenciosos, contudo, também naqueles que provocam emoções. Deixar que o tempo se encarregue, porém, sempre é bom dar sorte ao destino.
Paz e Luz.
Juliano Azevedo
Jornalista, Professor, Escritor, Terapeuta Transpessoal
E-mail: julianoazevedo@gmail.com
Instagram: @julianoazevedo
Paz e Luz.
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Artigo publicado originalmente no site "Blog do Juliano"
Jornalista, Professor, Escritor, Terapeuta Transpessoal
E-mail: julianoazevedo@gmail.com
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