Aparato do Entretenimento: CRÍTICA: Com boa direção e fotografia, "Z4" é uma grata surpresa da parceria entre SBT e Disney
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CRÍTICA: Com boa direção e fotografia, "Z4" é uma grata surpresa da parceria entre SBT e Disney

Pôster promocional de "Z4" - Crédito: Victor Silva

O público teen invadiu o SBT, isso mesmo, após o lançamento de “As Aventuras de Poliana”, o canal da Anhanguera estreou o mais novo fruto desse segmento. Criação da parceria da emissora com a Disney Channel Brasil, Formata e Sony Music, o seriado “Z4” trouxe consigo uma pegada jovial, regrada a boa música e fotografia impecável.

Venha conferir conosco quais foram os pontos positivos e negativos da trama.
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Roteiro 

Não sei se você leitor já teve a oportunidade de acompanhar séries da Disney, se sim, irá notar uma semelhança muito grande entre o texto de “Z4” com o de outros produtos da casa, como “Juacas”, por exemplo. Porém, é necessário salientar a interferência de Leonor Corrêa na supervisão, sua entrada na assinatura do roteiro trazem ao folhetim uma adequação mais do que notável ao público do SBT, público este, que está acostumado com temáticas leves, intromissões certeiras e responsáveis, ganchos que são comuns em novelas do SBT, algo facilmente observável como em “As Aventuras de Poliana”, Cúmplices de um Resgate” e “Chiquititas”, por exemplo. Leonor Corrêa, responsável pela adaptação de “Carinha de Anjo” no Brasil, recentemente encerrada pelo SBT, denota empenho no roteiro. Para outras idades, talvez o tema e proposta não agrade a princípio, porém é válido. Compreensível e completamente esperado. “Z4” não tem o nicho de seriado com situações problemas e mensagem de superação no fim de episódio, ao contrário, a proposta é totalmente diferente: diversão para toda a família. E talvez essa seja uma faca de dois gumes. Lembrando que parte significativa no - arrematar público - é de responsabilidade da equipe de roteiro, que a julgar pelo episódio de estreia foi muito bem, obrigado. 

Fotografia 

Se algo realmente se destacou durante os quase 30 minutos de arte, foi a fotografia. É bem Disney, por assim dizer. É forte, imponente, alegre e impactante. Aguça os olhos e dá um gosto de quero mais. Os filtros de tratamento de imagem não são perceptíveis, o que traz naturalidade ao takes, razão que fazem deste o ponto alto de “Z4”. Imagem impecável.

Musicalidade 

A música da série está a cargo do experiente Umberto Tavares que costuma colocar em suas produções uma base sonora marcante, vibrante e forte combinada de uma letra pegajosa e curta. A banda conta com quatro timbres musicais distintos o que torna a vocalização mais diversa. 
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Abertura e Encerramento 

Um dos pontos que deixaram a desejar em “Z4” foi a abertura. Longe de ser ruim, mas também não é ótima. É mediana. Tudo bem que abusa do colorido, efeitos especiais e cenas da série, porém o excesso da soma destes elementos fazem da abertura algo massante e que não é bem “digerido”. Todavia, nem tudo é negativo: a adequação da canção e o refrão chiclete, despontam como algo positivo na abertura. Por outro lado, o encerramento do seriado nada mais é do que o “reflexo no espelho” de outras produções do SBT. Notável. Cabível e perfeitamente aceitável. 

O conjunto da obra no fim, trata-se de uma fusão estética entre SBT e Disney, em suas produções a empresa do Mickey utiliza-se de imagens aleatórias destacando o elenco e evidenciando o ponto chave da narrativa. "Z4" não foge a regra é claramente visível que a série se trata de uma trama onde o foco é o processo de criação de uma sensação musical. O SBT imprime sua identidade visual ao creditar os atores na abertura algo que não é recorrente na Disney Latam, exceto por suas novelas "Violetta" e "Sou Luna".

Atuação

A série se inicia com uma cena de Gabriel Santana, que visivelmente teve uma crescente evolução cênica apesar da semelhança com o seu "Mosca" de "Chiquititas", Paulo tem o mesmo tom, mas com uma abordagem diferente de temperamento algo que o ator tem dado conta de forma primorosa. 

Apollo Costa, revelado em "Gaby Estrella" do Gloob segue em uma linha de progresso em sua técnica de interpretação, o ator conseguiu encontrar o ponto perfeito na condução de seu personagem Enzo, um menino cheio de sonhos, mas reprimido pela autoridade dos pais. Em suas cenas pode-se notar a fragilidade e introspectividade do Enzo misturada a sua paixão pela música pop. 

Matheus Lustosa mostra-se seguro com total domínio de texto, mesmo que em algumas cenas notasse uma insegurança cênica. Rafa é um garoto tímido, cheio de sonhos e um romântico apaixonado pela nobre arte da escrita. Matheus está entregue ao personagem, coloca em seu desempenho total energia, vibração e força. Realmente está vivendo um sonho, assim como seu personagem. 

Rezende ainda está aquém dos seus companheiros de cena, mas se observa que o YouTuber está dando tudo de si. Lucca parece uma personalização dele mesmo. A superficialidade do personagem o torna ainda mais caricato apesar do total domínio dos movimentos de uma celebridade da web, Pedro ainda se mostra engessado. É inexpressivo em cena. 

Werner Schunemann volta a comédia depois de um bom tempo e ainda mantém a mesma leveza de interpretação como se houvesse seguido no gênero. Tem o contraponto do Zé sob controle e joga com o personagem de maneira espetacular. Zé Toledo é um tiozão dos anos 80 com uma certa modernidade o que torna o personagem cativante, assim como seu intérprete. 

O pouco do que se viu da cantora e atriz Manu Gavassi é o suficiente para destacá-la como uma grata surpresa. A estrela está impecável na pele da professora de dança Pâmela Toledo, é evidente a forma confortável que Gavassi tem conduzido a personagem.
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Direção 

Márcio Trigo fez jus ao seu histórico de sucessos, e assim como em “Sítio do Picapau Amarelo” assume uma postura surrealista mesclada ao factual. Vantagem de dirigir um produto Disney é esse, ganhar proporções que em outras abordagens para TV, deixaram o produto “fora do comum”. Trigo fez justamente isso, juntou a esquete “mundo fantasia Disney e trouxe ao ambiente do cotidiano. Acerto imediato. Isso munido ao bom entrosamento do elenco, equipe de produção e roteiro trazem um desfecho positivo e significante a “Z4”.



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Entre erros e acertos, "Z4" mostra ser um seriado com vida e público. Produto da parceria entre Disney e SBT, que se seguir os moldes, tem tudo para persistir por muitos anos. 


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Essa crítica foi escrita por Hiago Júnior e Graziely Sofia



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