Aparato do Entretenimento: #AndaComigo: Sou "seriemaníaco" e você?
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#AndaComigo: Sou "seriemaníaco" e você?

Elenco de "Barrados no Baile"
Recomendo, pois faz bem

Sou viciado em livros, algo que não é novidade para quem normalmente me lê. Afinal, esse assunto é recorrente nas minhas crônicas e uma atitude que pratico, semanalmente, quando surge uma livraria ou um sebo no meu caminho. Evito, mas o papel exerce um poder incontrolável sobre mim. O cheiro, as histórias, o que ele me provoca. Porém, tenho outro vício e gostaria de falar dele nas próximas linhas. Antes que essa informação cause espanto, faço um alerta: é saudável. Só me dá alegrias, conhecimento, prazer e lazer.


Desde criança assisto a séries de televisão. Nos anos 1990, não havia muitas opções na TV aberta e o jeito era se contentar com o cardápio oferecido. Nem sabia que o vício já corria na veia na infância e só me dei conta disso recentemente, depois que me perguntaram quantas produções eu acompanhava na atualidade. Fui contabilizando, anotando, vasculhando. Fiquei assustado com o número 23 e, a partir desse dado surreal, rememorei momentos que estavam guardados na cachola. O passado voltou em um flashback.


Comecei essa dependência pelos seriados japoneses exibidos na extinta TV Manchete – Jaspion e Changeman. Saía da escola como se fosse um tiro para chegar a tempo de ver o início do episódio em casa. Ficava com medo, mas não perdia nenhuma exibição de Arquivo X, mesmo quando apareciam seres sobrenaturais que não faziam parte do meu repertório informativo. A trilha sonora de suspense era a minha predileta. Paralelamente, aos domingos, ou aos sábados, era sagrado ver Barrados no Baile. Eu estava crescendo como os protagonistas da série juvenil. Contudo, sem a parte do dinheiro ostentado em Beverly Hills. Na escola, brincávamos de quem era quem, incorporando o comportamento da moçada americana.


Para quem viu o primeiro ano de Malhação na TV Globo, fica difícil esconder a idade ao dizer que antigamente a série Melrose Place era imperdível no mesmo horário da novela adolescente. Havia também a sensualidade de Baywatch – SOS Malibu, as habilidades inacreditáveis de MacGyver, a tensão policial de Magnum e seu bigode, as confusões de Punky, a levada da breca, a mitologia de Xena, a Princesa Guerreira, os casos do Plantão Médico. E tantas outras que nem me lembro mais.


Os tempos são outros. No entanto, eu ainda sou fascinado por esse gênero televisivo. Vejo de tudo, do fantástico mundo da imaginação dos roteiristas até os casos baseados em fatos reais. Todavia, não mudei muito ao escolher as temáticas, pois sigo optando por séries policiais em que haja a resolução de crimes; os dilemas médicos nos hospitais; a fantasia dos super-heróis; os personagens históricos ou mitológicos; a presença de extraterrestres, vampiros, lobisomens, bruxas, zumbis, dentre outros seres estranhos. Lembre-se: no momento, são 23. E se aparecer algo que me chame atenção, vicio novamente e acrescento mais uma na lista.


Faz bem! Dizem pelos dicionários de termos criados pelo povo que eu sou um “seriemaníaco”, uma obsessão contagiante que você transmite quando recomenda uma história em busca de seguidores que possam comentar contigo o desenrolar dos acontecimentos desse ou daquele episódio que ficou marcante. E depois vai indicando outras séries, outros enredos, novas temáticas. É um vício bom e proveitoso, principalmente, quando a literatura conhecida se transforma em um produto da televisão. A junção dos vícios é a melhor que possa existir. 


Juliano Azevedo

Jornalista, Chefe de Redação da TV Alterosa/SBT Minas, Mestrando em Estudos Culturais Contemporâneos pela Universidade FUMEC, Professor de Redação Publicitária na Faculdade INAP, Escritor e Palestrante.

Twitter: @julianoazevedo
E-mail: julianoazevedo@gmail.com || juliano@aparatodoentretenimento.com.br
Instagram: @julianoazevedo



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