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A Usurpadora: Cinco motivos para você assistir o remake da novela em formato de série pelo SBT

Sandra Echeverría e Andrés Palacios em arte promocional da série 'La Usurpadora'. Créditos: Televisa S.A

Pegando muitos de surpresa, o SBT anunciou a exibição da série 'A Usurpadora' e tudo com chamadas bem extravagantes onde o seguinte texto é gritado aos quatro ventos: "Nos 40 anos do SBT, a nova versão de um clássico".


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'La Usurpadora' não é um produto inédito no Brasil, a revisitação da obra de Inés Rodena segue disponível no catálogo do Prime Video, desta forma, o seriado ganhará a janela da TV aberta, chegando a mais pessoas. 

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Primeiro projeto do 'Fábrica de Sueños' da Televisa, 'A Usurpadora' teve a missão de remodelar o clássico da novelista cubana, agora em 2019 através da condução de uma adaptação moderna, condensada em formato de série. Os 25 capítulos são repletos de ação, romance, suspense e muito drama - se desvencilhando do remake - velho conhecido do SBT estrelado por Gabriela Spanic. 


Exatamente, embora muitos associem a originalidade da novela a versão de Paola e Paulina na mansão dos Bracho, ela não é a primeira. Baseada na obra de Inés Rodena, citada acima, o remake protagonizado por Gaby Spanic e Fernando Colunga reprisado várias vezes pelo SBT é a segunda versão do mesmo texto no México. A original venezuelana datada em 1971, ganhou sua primeira remasterização no México dez anos depois, em 1981, sob o título de 'El hogar que yo robé' com as gêmeas vividas por Angélica María, conhecida no Brasil por dar vida a mãe da personagem Letícia Padilha Sólis em 'A Feia Mais Bela'. Após o melodrama de 1998, a mesma obra ganhou mais versões pelo mundo, desaguando em 2019, onde por fim ganhou outra oportunidade na Televisa.

A série destoa completamente da novela de 1998, em palavras simples, apenas o esqueleto principal da troca das irmãs é reaproveitado. Todo o resto, é sim, diferente. Alguns personagens importantes do folhetim, por exemplo, não fazem sequer alguma analogia na série, enquanto outros são criados do zero para alimentar a engrenagem do roteiro, que é bem destoante da novela.


Para te ajudar, separei cinco (5) motivos para você acompanhar a série pelo SBT.

Paola em cena do primeiro episódio de 'A Usurpadora'. Créditos: Televisa S.A

Dublagem

'A Usurpadora' está disponível para os assinantes do Prime Video, anunciada como produção de selo original, a série possui apenas áudio em espanhol e legendas em português. O que, querendo ou não, acaba atrapalhando uma experiência mais plural, além de estar recluso somente aos assinantes da plataforma. A dublagem do SBT, livre e na TV aberta aumenta e muito o olhar do público com a obra, seja pela facilidade com o idioma, ou ainda pela proximidade com as vozes escolhidas para dar vida aos personagens da nova versão.

Andrés Palacios, Sandra Echeverría e sua dublê em foto promocional da novela 'A Usurpadora'. Créditos: Televisa S.A

Dubiedade e uma Paola vilã

Embora muitos elogiem a Paola Bracho interpretada por Gabriela Spanic, de fato a vilã não existe. Calma. Ela é presente, marcante, a alma da novela, mas maldades mesmo, ela não faz. A sua arma é a sedução, a falsidade e o tom ácido que alegra o seu telespectador. É uma vilã que marca pelo seu deboche. Na versão de 2019, Sandra Echeverría conduz uma Paola repleta de erros, uma vilã de verdade. Ela é má. Deseja a morte da irmã a todo custo e tenta matá-la em várias oportunidades. Sua dubiedade é o reflexo de um passado sombrio, marcado pelo desespero do abandono e a busca por aceitação.

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Sandra Echeverría e Arap Bethke em foto promocional da série 'A Usurpadora'. Créditos: Televisa S.A

Paulina boba? Nem tanto.

Diferentemente da novela, neste refrito Paulina não é uma mulher que beira a perfeição, muito pelo contrário. Seus erros refletem e muito nas suas tomadas de decisões, muitas delas equivocadas. A humanização da personagem trazem Paulina para outro patamar, onde de santa, não sobra nem mesmo o seu olhar de piedade.

Sandra Echeverría e Macarena Oz em foto promocional da série 'A Usurpadora'. Créditos: Televisa S.A

Carlinhos e Lisette. Os filhos de Carlos Daniel aparecem?

Ambos personagens dão as caras no seriado, porém sob um olhar nada semelhante. Bem mais velhos, seus dramas já não fazem jus ao enredo da novela de 1998, agora as problemáticas são outras. As crianças preocupadas com abraços, carrinhos de brinquedo e fantasias da Mulher-Maravilha dão espaço para assuntos de cunho social como o alcoolismo e a bulimia.

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Sandra Echeverría, Andrés Palacios e Arap Bethke em foto promocional da série 'A Usurpadora'. Créditos: Televisa S.A

Carlos Daniel continua um homem submisso?

Andrés Palacios e seu Carlos Bernal assim como quase praticamente tudo na série, trazem camadas mais frívolas e traiçoeiras ao personagem protagônico. O que é apresentado ao público é um Presidente do México imerso em seus próprios preconceitos, erros e vícios. Um político que vive num jogo interno de aparências, onde sua esposa é o estopim para as mais diversas discussões. Um casamento deteriorado e entregue ao caos, assim como a sua condução como presidenciável.

Cena da série 'A Usurpadora'. Créditos: Televisa S.A

Bônus

Destaque para a atuação de Sandra Echeverría como as gêmeas Paola e Paulina, que assim como Gabriela Spanic soube acomodar os diferentes simbolismos e sentimentos de cada personagem, entregando distintas mulheres, com camadas e concepções de vida ecléticas.

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