Aparato do Entretenimento: ENTREVISTA | Giselle González: "Não é verdade os rumores de que vou produzir o remake de Te voy a enseñar a querer"
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ENTREVISTA | Giselle González: "Não é verdade os rumores de que vou produzir o remake de Te voy a enseñar a querer"

Créditos: JOSÉ LUIS BENEYTO

Após concluir sua última novela na Televisa 'Imperio de Mentiras', Giselle González segue em preparação e estudo de textos para uma nova produção, provavelmente para o prime time do Las Estrellas em 2022.

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Em entrevista ao jornalista Moisés González da revista People en Español, Giselle falou sobre o novo projeto e aproveitou a oportunidade para referenciar seu desejo de produzir algo com enfoque na luta diária das mulheres na sociedade. Confira a entrevista na íntegra.


O que uma história precisa ter para que Giselle queira produzi-la?

Tem que ser uma história onde eu mostre algo que possa transformar uma realidade. Acho que temos muitas coisas que dentro de nossas histórias dão esperança para que você consiga realizar as coisas que se propôs a fazer. E também são histórias, por outro lado, que divertem. Há histórias em que procuro um pano de fundo e há outras em que o que vejo nas palavras simplesmente me pega; mas sempre procuro que sejam reais.


Em uma empresa um tanto conservadora como a Televisa, quanta liberdade você tem como produtor ao escolher os enredos e os personagens de suas novelas?

De repente é uma luta e eu acho que é uma luta que carreguei durante os romances. Cada projeto se torna uma batalha de tentar dizer as coisas de maneira diferente. Felizmente, acho que o público está recebendo cada vez mais, mas custa porque há uma linha a seguir. Na hora que você produz para uma empresa, ela tem certas diretrizes, então embora você tenha que seguir as diretrizes e o que ela busca encontrar com o conteúdo, aquela empresa também luta todos os dias para mostrar que as pessoas também querem ver outro tipo conteúdo e é isso que venho fazendo há tantos anos.
 



O que você acha que as pessoas querem ver hoje?

Acho que as pessoas querem ver uma realidade para saber como consertar suas coisas. As pessoas querem refletir sobre o que veem, querem se sentir próximas disso. Contanto que você forneça às pessoas situações e personagens com os quais elas se identifiquem, acho que as pessoas estarão lá. 


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Tem algum assunto que você gostaria de captar em uma novela e ainda não conseguiu?

Com certeza gostaria de captar o que acontece hoje com tudo isso que está acontecendo com as mulheres, com tantos feminicídios, com tantas humilhações, com tanto descuido, com questões de poder que continuam nos prendendo. Acho que já são histórias muito fortes que para a plataforma em que me encontro hoje ainda não é a hora. [Mas] eu gostaria mesmo de mostrar casos do que acontece com as mulheres, do que custa todos os dias ser mulher porque, embora várias batalhas tenham sido vencidas, ainda estamos na começo. Falta muita coisa, começando pela casa, na própria casa a mulher não é respeitada, a mulher ela mesma não respeita outra mulher, então infelizmente a luta continua e eu gostaria de participar dessa luta contribuindo com algo dentro do conteúdo.
 


Você gostaria de produzir esse tipo de história em outras plataformas?

Acho que é uma grande oportunidade agora que há tantas janelas que se abrem, é uma oportunidade de procurá-las. Estamos nessa busca e esperamos que seja alcançada em breve.


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Você diria adeus às novelas?

Eu gosto do que faço. Gosto do que fazemos com as novelas. Eu não deprecio ou desprezo a novela de forma alguma. Ao contrário. Eu sempre disse isso, assim como existem bons filmes e existem filmes ruins, existem novelas boas e existem novelas ruins, então é um trabalho do qual me orgulho muito. Acho que atingimos uma população muito grande e o desafio é fazer as coisas de forma diferente.



Como você vê o futuro das novelas hoje?

O melodrama é um gênero que existe há muitos, muitos anos, antes mesmo de a televisão existir. O melodrama tem sido procurado no romance escrito, tem sido procurado nas novelas de rádio... E é algo que está muito, muito ligado à nossa cultura. É algo que sinto que, não só no país, mas em todo o mundo, as pessoas gostam. As pessoas procuram por isso e é um gênero que vai ficar, vai durar. Não acredito em absoluto que o gênero do melodrama vá desaparecer; de forma alguma, e a novela como tal também.

Tem sido difícil se tornar um produtor no mundo dominado por homens?

Sim, foi difícil. Tem sido um caminho diferente para querer dizer coisas diferentes, para contar tópicos realistas, para sair repentinamente do estereótipo. Sinto que não é só nesta área, em muitas áreas, infelizmente, as mulheres têm mais dificuldades. E não é só a luta contra o conservadorismo, é também a luta contra as mulheres, porque infelizmente não entendemos bem que temos que estar unidas. Existem muitas mulheres que também tentam colocar o pé em você. Temos que ajudar uns aos outros porque se vocês estão passando por essas situações temos que iluminar o caminho, tirar para nós as pedras que estão no caminho e infelizmente muitas vezes isso não acontece.


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De qual novela você mais se orgulha e que melhor reflete sua assinatura?

Uma das minhas favoritas ainda é 'Para volver amar' porque foi onde tive mais liberdade. Tive a oportunidade de refletir a história de cinco mulheres, do que aconteceu com essas mulheres, e foi algo muito positivo porque não só funcionou bem na tela [mas] tivemos a sorte de ter o apoio de várias instituições feministas que elas nos aproximou do povo. Ouvir como através dessa história elas tiveram um certo empoderamento foi algo muito gratificante porque finalmente essa história mostrou os problemas dessas mulheres, mas também marcou uma possibilidade de mudança.

Nas redes sociais correu o boato de que você produzirá uma nova versão da novela colombiana Te voy a enseñar a querer, é verdade?

Não, não é verdade, não sei de onde veio. Não sei o conteúdo desta novela. A verdade é que já estou curiosa porque já ouvi muito, até vou ver do que se trata, para não perder a oportunidade de fazer aí uma boa história. Estamos apenas trabalhando, vendo histórias que podem nos interessar.

As informações são da People en Español.

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