Ele irá encontrar vários desafios ao bater de frente com essa família que é liderada por César, um homem asqueroso e corrupto, metido com vários negócios ilegais, além ser o responsável a ter induzido Alex a se declarar culpado pela morte da irmã.
Ele sem dúvidas é o maior obstáculo do nosso protagonista ao longo dos dez episódios da trama. Por outro lado Elisa Lazcano, filha de César, é a única que não tinha conhecimento de nada por ser ainda criança quando tudo aconteceu e a única disposta a ajudar Alex, ao passo que deseja descobrir tudo sobre seus parentes.
A série pode ser vista facilmente como uma teia de aranha, aqui as aparências enganam e todos os personagens são interligados, há momentos em que o telespectador pensa, esse personagem é o assassino, em um mesmo episódio o mesmo já pode mudar de opinião devido a outro evento envolvendo outro personagem. Nessa produção você caro espectador tem que abrir os olhos para todos, já que no desenrolar dos capítulos a personalidade de Sara vai sendo revelada cada vez mais e mostra que todos tinham motivos para matá-la.
Elenco juvenil em cena da série - Créditos: Netflix |
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Apesar de apresentar um roteiro consistente e que consegue se sustentar ao longo dos dez episódios, a produção peca em alguns capítulos pelas muitas junções de cenas apressadas e de ações forçadas que não acrescentam muito ao enredo. Os takes de tiroteio, as cenas de sexos (que são bem presentes por sinal), e mudanças repentinas um tanto sem nexo fazem com que alguns episódios se percam nisso e pouco acrescentam a história de um modo geral.
A direção de cena a cargo de David Ruiz e Bernardo de la Rosa é delicada em alguns momentos e 'desesperada' em outros, muitos desse fatores inconsistentes devem a esse fator. A 'mão pesada' de ambos em algumas ocasiões fizeram com alguns episódios sofressem com os efeitos citados anteriormente.
Todos os atores estão bem, apesar de ter faltado um pouco mais de emoção em suas tramas, nesse caso Carolina Miranda aproveitou todos os sentimentos de sua Elisa e lacrou com uma personagem destemida e que não tem medo de nada. Nosso Alex Gúzman vivido por Manolo Cardona também esteve bem, apesar da expressão facial bem repetitiva, acredito que a direção de cena deu uma pesada na mão nesse caso.
Falando em expressão facial, aproveito esse tópico para destacar o bom trabalho de Claudia Ramírez como Mariana, ela consegue facilmente atuar apenas com o olhar e passar várias emoções através dele, ficou faltando que sua personagem tivesse sido um pouco melhor elaborada no roteiro para que a mesma pudesse brilhar mais. Nesse núcleo Héctor Giménez chama a atenção como Elroy um jovem submisso de Mariana, repleto de traumas do passado.
Ginés García Millán como o asqueroso César Lascano também esta ótimo com um personagem corrupto, homofóbico e imoral que é capaz de passar por cima até mesmo da própria família para conseguir o que quer, ele realmente cumpre bem o seu papel ao causar uma raiva profundo no público.
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Alejandro Nones e Eugenio Siller vivem Rodolfo e José Maria Lazcano respectivamente, um reprimido por uma culpa do passado e o outro um jovem gay que sofre preconceito dos pais.
Aqui Eugenio tem um performance segura e bem construída, ao mesmo passo que Polo Morín que vive a versão mais jovem do personagem, se sai muito bem também, os dois atores tiveram uma sintonia forte na composição de José María e ambos complementam o personagem nas duas fases de uma maneira bem gratificante, esse encontro dos dois atores foi algo que realmente deu gosto de ver em cena.
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