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CRÍTICA: Nostálgica e emocionante, live 'Ser o Parecer' mostrou que o RBD é uma marca atemporal

Christian Chávez, Christopher Uckermann, Anahí e Maite Perroni durante sessão de fotos promocionais da live 'Ser o Parecer'. Créditos: People en Español

A geração RBDmaníaca recebeu um presente neste último sábado, 26 de dezembro, a live ‘Ser o Parecer’ que reuniu quatro dos seis integrantes do icônico grupo musical mexicano. Rodeada de muita especulação e notícias, o espetáculo musical chamou atenção da imprensa e dos fãs desde o seu anúncio, de lá pra cá, a expectativa só aumentou, afinal de contas todos esperaram mais de 12 anos para uma nova reunião da banda nos palcos. A equipe do Aparato acompanhou a live (aos prantos) e traz agora suas considerações. Y digo R, tu dices BD entonces siga conozco.

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Para facilitar a compreensão e leitura da nossa crítica, a dividimos em partes, para dar enfoque à musicalidade, interpretação, entrega, produção, direção, entre outros.

  
Pôster promocional da live 'Ser o Parecer'. Créditos: Universal Music

Entrega e preparação

Quem acompanha a carreira dos ex-RBD desde o término da banda, sabe muito bem dos caminhos que cada integrante seguiu após o fatídico adiós. Enquanto alguns deixaram de vez o ramo da fonografia, como o caso de Alfonso Herrera, outros buscaram novos ares e seguiram com duas ou mais ocupações. Após o anúncio da ‘Ser o Parecer’ esse universo de banda precisou ser reorganizado e para isso o reencontro de almas necessitou acontecer. Espera, como assim? Fácil. Como tudo na vida, foi preciso muito esforço, dedicação e estudo - estudo este - que foi construído ao longo da trajetória de todos eles no pós-banda. O que foi entregue ao público como resultado final é a consequência de muito suor, tenacidade e devoção ao cenário musical e artístico. A colunista Graziely Sofia destacou: 

“A live como um todo funcionou como um grande presente para os fãs. Nostálgica e emocionante, o retorno denota uma nova roupagem do grupo que soube reinventar-se e mostrar contemporaneidade. Obviamente Dulce e Alfonso fizeram muita falta, mas é algo que nós, como espectadores, entendemos”.

Christopher Uckermann em ensaio para a revista 'NOIR'. Créditos: NOIR Magazine

Evolução musical

"Artisticamente nenhum dos quatro artistas demonstraram pouca evolução musical, ao contrário, cada um à sua maneira conseguiu compor uma história interessante durante a live. A construção alicerçada de cada um funciona de forma notável, tanto que foi possível observar a presença do passado através da celebração do novo, a nostalgia é presente, assim como o brinde para o futuro. Um novo RBD nasceu ali. Harmônico e feliz”.

Destacou Graziely Sofia.
 

A consagração ‘Ser o Parecer’ também serviu para evidenciar o desempenho de um integrante em especial, Christopher von Uckermann. O ator e cantor mexicano apresentou uma desenvoltura nunca antes vista, seu crescimento vocal e técnicas musicais fizeram de sua apresentação ao piano, por exemplo, um dos pontos altos do show. Logicamente, todos os cantores tiveram boas interpretações, mas a gritante vivacidade e mudança de Uckermann saltaram aos olhos. 

“Era outro Christopher”.

Enfatizou Lorena Paixão, colunista do site. 

“Mostrou que evoluiu como cantor ao apresentar um controle da técnica vocal onde não emite som nasal. Além disso, ao tocar piano conseguiu casar-se muito bem com a interpretação da canção”.

Concluiu Graziely Sofia. 


Anahí durante sessão de fotos para a revista 'NOIR'. Créditos: NOIR Magazine

Desempenho nos palcos

Para criar esse parâmetro é preciso recordar que todos estavam longe dos palcos, seja por decisão própria ou por conta da pandemia de Covid-19, e apesar deste padrão o quociente final da obra mostrou-se equilibrado. Camila Júlia, colunista do site, destacou o remate de Anahí: 

“Mesmo longe dos palcos, entregou um trabalho excelente que recordou aquele feeling do áureo 2006, sua construção foi natural e limpa. Uma viagem nostálgica”. 

Gigio Hideki também comentou sobre o brilho da cantora: 

"Anahí cantando Sálvame é um espetáculo dentro do próprio show do RBD”. 

O comportamento da portadora da estrelinha na testa também foi elogiado por Graziely Sofia. 

“Anahí é performer e sua presença por si só já é um show à parte. Na ocasião, ela brincou com a voz, divertiu-se e mostrou uma técnica equilibrada com o uso de high-notes e melismas nunca antes alcançados”.
 


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Outra performance muito semelhante foi a de Maite Perroni, sucesso das plataformas de streaming e das capas de revista, Perroni deu conta do recado e melhor, conseguiu impor sua voz. 

“Empezar desde Cero’ ao estilo baladinha harmonizada com os amigos de banda foi uma decisão que perpetuou a voz de Maite”.

Concluiu Graziely Sofia. 

“Perroni compôs uma versão contagiante e diferente da canção e seja sozinha ou em grupo conseguiu mostrar sua versatilidade e singularidade como artista”.

Finalizou Neiva Cristina.

“Christian Chávez era o mais livre dentre todos, preparado e confortável durante toda a live. E talvez essa conjuntura seja por conta do artista que ele se tornou: independente e sagaz. Chávez continua perfeito, e até melhor, pois se soltou, mostrou o artista que é sem medo de críticas e com enfoque na felicidade mútua”.

Declarou Graziely Sofia e Camila Júlia.


Christian Chávez em foto para a revista NOIR. Créditos: NOIR Magazine

Erros e acertos

Toda produção, seja ela qual for, não está livre de erros. Condição que acertou em cheio a live ‘Ser o Parecer’ a começar pelo uso até que excessivo do recurso tecnológico chroma key

“A produção poderia ter usado menos essa técnica, não ficou ruim ao ponto de não conseguir acompanhar, porém chamativo demais. Talvez uma dosagem mais equilibrada poderia ter gerado um resultado melhor e colocado o quarteto em maior evidência. Em contrapartida a banda se comportou de forma sensacional. Bacana e com nova roupagem, ajudou até no balanço que a abundância de efeitos especiais causou”.

Destacou Camila Júlia. 

No passado o RBD sempre apostou no uso da ferramenta chroma key, portanto nada mais do que esperado sua reutilização, o pecado ficou mesmo para a presença marcante da engenharia durante a exibição da live. Diferentemente da colunista Camila, Gigio Hideki apresentou uma visão completamente diferente: 

"O show foi nostálgico e todos tiveram a chance de entregar tudo o que estavam esperando. As músicas foram interessantes, assim como o modo de apresentação com direito a mudanças nos arranjos que incluíram até orquestra. O momento solo de cada um foi bastante positivo, fator que foi ainda mais efetivo com a presença dos efeitos especiais".

Se o uso da tecnologia atrapalhou um pouco a experiência final, a musicalidade da produção apresentou um brilho intenso e marcante. 

“A mão da edição ficou evidente, gravaram bases e essas bases foram usadas no material, bem como usaram edição de imagens e vídeos, tendo como resultado a existência de mini cortes durante a live. Logicamente essa condição atrapalhou um pouco a experiência de quem é fã, mas no torpor do momento, com a emoção à flor da pele, gritando as músicas, chorando, esses detalhes ficaram em segundo plano, porém sua existência não pode ser negada. O cenário poderia ser mais simples, o que traria uma sensação melhor ao espectador. Os arranjos novos mostraram efetividade, mostrando mais uma vez que a produção musical não foi o problema do projeto “Ser o Parecer”.

Arrematou Graziely Sofia.

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Modernizou o figurino. Créditos: Reprodução Instagram: @anahi

Figurino

O RBD sempre teve um figurino muito peculiar e esse guarda roupa chamou atenção do mercado publicitário e consequentemente dos fãs. Tornou-se uma sensação no mundo todo. Durante a live essa lembrança foi revisitada, mas de uma maneira totalmente nova. 

“A mudança no figurino foi bem positiva, pois não voltou ao passado e trouxe um respiro moderno. E o que falar da roupa das paquitas? Anahí e Maite numa vibe Xuxa! Dei um grito de felicidade. Não sabia se era paquita ou RBD?” 

Avaliou Gigio Hideki. 

Essa perspectiva aos moldes do RBD 2020 foi bastante elogiada nas redes sociais, seja pela associação com outros ícones do cenário da moda ou pelo lançamento de novas tendências. 

“O figurino moderno e glamuroso acentuou o bom gosto dos seus intérpretes e serviu para refletir a característica de cada um, além de recordar a personalidade dos personagens da telenovela”.

Encerrou Graziely Sofia.


Maite Perroni em foto da revista 'NOIR'. Créditos: NOIR Magazine

Músicas

As canções do RBD movimentam milhões de ouvintes nas plataformas digitais desde o seu retorno aos catálogos dos aplicativos de música, no Spotify, por exemplo a banda alcança uma média de 4.333.927 ouvintes mensais. Com vários álbuns em evidência, assim como músicas, várias delas foram utilizadas na live “Ser o Parecer’ - entre elas: ‘No pares’ usada como homenagem para a Dulce e Poncho, ‘Enséñame’ e ‘Sálvame’ foram algumas das celebrações a história do grupo mexicano utilizadas de forma harmônica. Mesmo com tanta emoção, Gigio Hideki destacou que sentiu falta de algumas inserções musicais, como ‘Santa no soy’ e ‘Cariño mío’.

Alfonso Herrera e Dulce María fizeram falta?

Alfonso Herrera segue na divulgação de seu novo filme ‘El baile de los 41’ e Dulce María entre o encerramento da sua participação na série ‘Falsa Identidad’ e o lançamento de novos singles como ‘Lo que ves no es lo que soy’, e assim entre projetos e novos filhos (ambos) uma coisa foi frequente entre os comentários das redes sociais: “Senti falta da Dulce e do Alfonso”. Totalmente compreensível essa falácia, pois os dois fizeram parte da história do RBD, assim como é totalmente compreensível os motivos que os levaram ao afastamento. Porém uma coisa é certa: esperamos que nas próximas reuniões seja para compartilhar música com os fãs ou apenas para um encontro para socializar, tanto Dulce quanto Alfonso sejam figuras confirmadas. Na live, fizeram falta.

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Créditos: Universal Music

Balanço final

Quando a banda se dissolveu em 2009, o imaginário dos tietes se expandiu em busca de respostas sobre o término da banda e de um possível reencontro. Anos se passaram e uma resposta quase única ecoava entre os ex-integrantes: “Seguimos rumos diferentes”, mas eis que 2020 chegou trazendo o anúncio que muitos esperaram: “O RBD vai voltar!”. E numa êxtase mundial o encontro aconteceu no último dia 26 de dezembro, dia que ficará marcado para sempre na história do grupo, dia que abrirá portas para novos conteúdos (ojalá) e dia que mostrou que essa geração RBD nunca morrerá. 

“O quarteto pode ficar feliz, pois todos alcançaram o que planejaram. Acertaram em cheio os corações dos fãs do RBD e abriram os olhos do mercado fonográfico, afinal de contas o RBD ainda é um empreendimento muito rentável”.

Enfatizou Lorena Paixão. 

“Como consumidora do RBD, torço para que o universo se expanda e traga novas músicas, shows e quem sabe até turnês”.

Declarou Graziely Sofia. 

“A live Ser o Parecer foi um encontro de almas que mostrou sobretudo que eles podem muito mais, espero que novos encontros aconteçam, respeitando obviamente a individualidade de todos e trazendo integrantes que desta vez não participaram”.

Finalizou Camila Júlia.

Para concluir a matéria conversamos com Ildemberg, fã da obra do RBD desde a estreia.

Esse show virtual do RBD foi incrível porque as chances sempre foram tão remotas, mas nunca deixamos de acreditar e finalmente aconteceu. E foi maravilhoso! Mesmo com a ausência de 2 integrantes, os 4 membros do tributo estavam em perfeita sintonia. A química deles no palco continua incrível e as vozes se unem perfeitamente. Foi uma noite mágica, de sonho, de ficar anestesiado e a ficha ainda demora a cair. Vimos um RBD renovado e maduro desde as melodias aos figurinos e performances, e foi tudo lindo, uma viagem no tempo e o coração de fã ficou ainda mais aquecido.

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Matéria escrita por Hiago Júnior com as opiniões dos convidados: Camila Júlia (@cj_cabo), Gigio Hideki (@GigioHideki), Graziely Sofia (@GrazyMaslow), Lorena Paixão (@Lorenapaixxao) e Neiva Cristina (@neivacristina4). 

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