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Relembrando Sucessos: Amanhã é Para Sempre, um melodrama cativante em mais uma grande produção de Nicandro Díaz


Silvia Navarro e Fernando Colunga em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

O ano era 2008 e o produtor Nicandro Díaz vinha do grande sucesso 'Destilando Amor' e encarava novamente um novela do horário nobre. Nessa nova produção ele decidiu usar como base a história de um folhetim colombiano de 2007 intitulado 'Pura Sangre' que havia sido um grande sucesso em seu país. 

O produtor foi bastante ambicioso na construção de seu projeto ao escalar um grande elenco, ao mesmo tempo que acertou em cheio nesse quesito. Foi nesse contexto que surgiu um dos melhores folhetins da Televisa naquele período, que marcaria a carreira do produtor e que por fim seria responsável pelo debut de uma grande estrela na emissora: 'Amanhã é Para Sempre'.


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Lucero caracterizada como Bárbara Greco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Fernanda e Eduardo cresceram juntos, unidos por um amor inocente. Ela é a filha caçula do fazendeiro Gonçalo Elizalde, dono de uma grande companhia leiteira. Já Eduardo é filho de Soledade, a governanta da família Elizalde. Gonçalo vive feliz com sua esposa Montserrat e seus cinco filhos, mas ele não suspeita que um inimigo implacável ronda seus negócios.

Artêmio Bravo sente um ódio intenso e amargo de Gonçalo. Sua única meta é destruir a família Elizalde. Para isso, contará com a ajuda de Bárbara Greco, uma jovem sem escrúpulos que chega à empresa de Gonçalo. Sua inteligência causa boa impressão no empresário, que a contrata como sua assistente pessoal. Pouco a pouco, e com muita astúcia, Bárbara obtêm total confiança de seu chefe.


As primeiras vítimas de Bárbara são Eduardo e Fernanda. Ela os vê se beijando inocentemente. Bárbara convence Montserrat de que Eduardo pode ser um perigo para a menina e o garoto é enviado para um internato na cidade. As cartas que o casal envia um para o outro chegam às mãos de Soledade, que decide não as entregar ao destino final. Isso faz com que Fernanda se sinta esquecida por Eduardo.


Artêmio quer fazer com que Bárbara seja a esposa de Gonçalo, e isso significa que Montserrat deve morrer. Bárbara asfixia Montserrat com uma almofada e faz com que Liliana, a filha mais velha da mulher, seja culpada pela morte da mãe. Gritando por sua inocência, a adolescente acaba sendo internada em uma clínica psiquiátrica. Posteriormente, Gonçalo se casa com Bárbara e a nomeia membro da junta diretiva da empresa.


Soledade é a única que sabe até onde pode chegar a maldade de Bárbara, mas tem que se calar. Vive um inferno durante anos, sentindo saudades de seu filho e um eterno medo de que Bárbara o mate.


Os anos passam e Eduardo, depois de ter se formado nos Estados Unidos, volta à fazenda e encontra sua mãe muito doente. Ela fala sobre o suplício que tem vivido nas mãos de Bárbara e ele promete fazer justiça.


Com o nome de Franco Santoro, ele consegue entrar na empresa com a intenção de fazer com que os responsáveis por suas desgraças pagarem por isso. Fernanda sente uma forte e inexplicável atração por ele. Surge novamente aquele grande amor que nunca morreu.

Silvia Navarro caracterizada como Fernanda em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Desde o princípio a produção da novela chamou a atenção da imprensa, principalmente quando Lucero começou a ser cotada para interpretar a vilã do folhetim. Essa seria a segunda vilã interpretada pela atriz e cantora, já que ela havia realizado um papel antagônico na carreira, a icônica Maria Paula de 'Laços de Amor' de 1995. 

Lucero por sinal esteve muito bem no papel de Bárbara, no início da trama nota-se que ela teve um pouco de dificuldade para achar o tom da personagem, mas sendo uma grande atriz rapidinho encontrou o fio condutor da personagem para marcar sua carreira com ela.

Para viver a protagonista Fernanda, o produtor Nicandro Díaz trouxe da TV Azteca a bela Silvia Navarro para viver a personagem, Silvia fazia aqui o seu debut na Televisa após trabalhar por mais de uma década com exclusividade para a emissora concorrente.

Quando Lucero foi escalada para viver a vilã era nítido que a Televisa não queria todos os holofotes para Silvia, já que ela vinha da rival direta da emissora, dizem as más línguas que Lucero teria exigido o primeiro crédito na abertura, algo desmentido por ela mais tarde.

De qualquer forma Silvia teve um desempenho excelente na pele de Fernanda, a personagem era bem cativante e o telespectador torcia de fato para que ela  enfim encontrasse a felicidade.

Fernando Colunga de um modo geral se saiu bem na pele de Eduardo, um homem que teve a vida destruída por culpa de Bárbara e que jurava se vingar. O ator teve um exagero aqui, outro ali, mas o roteiro e a direção de cena ajudaram bastante no seu desempenho.

Fernando Colunga caracterizado como Eduardo em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Dentre os coadjuvantes muitos foram os destaques, a começar por Dominika Paleta na pele de Liliana Elizalde. Dominika que estava afastada da Televisa desde 2001 quando  integrou o elenco de 'La Intrusa' voltou a rede em um papel totalmente diferente do que esteve acostumada e simplesmente deu um show na pele de Liliana, uma jovem que tinha a vida destruída ao ir parar num sanatório acusada de ter matado sua mãe. 

A personagem foi muito bem desenvolvida no roteiro e não é exagero dizer que não foram poucas as vezes que Dominika conseguiu chamar toda a atenção para si com a personagem. Liliana era muito cativante e muitos foram os dias que ela dominou completamente alguns capítulos da trama. Uma heroína a parte.

Dominika Paleta caracterizada como Liliana em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Carlos de la Mota também foi uma grata surpresa na pele de Santiago, irmão de Fernanda que se envolvia com Aurora, uma jovem que tentava descobrir sua verdadeira origem. Esse papel foi muito bem defendido pela jovem Ariadne Díaz que pegou seu passaporte para viver mocinhas com ele. Vale dizer que a química entre os dois em cena foi tão boa que o casal passou da ficção para a vida real.

O grande ator Rogelio Guerra regressava as novelas após oito anos sem aparecer em nenhuma produção, sua última novela havia sido 'Golpe Bajo' da TV Azteca em 2000, já na Televisa voltou depois de treze anos após aparecer em 'Maria José' de 1995. 

Na trama ele viveu um papel duplo, o de Gonçalo Elizalde e o de Artêmio Bravo, sendo esse segundo um dos vilões da trama. O ator se saiu muito bem nos personagens, sabendo diferenciar os dois de uma maneira muito satisfatória. Um ator que dispensa apresentações.

Rogelio Guerra e Lucero em cena do folhetim - Créditos: Televisa S.A

Marisol Del Olmo foi também outra grata surpresa no papel de Érica, melhor amiga de Fernanda e que sofria na mãos do irmão dela, que posteriormente se apaixonava por Franco sem saber sua verdadeira identidade. Marisol engravidou durante o folhetim e teve que deixar a produção antes do último capítulo, ainda cogitou-se colocar Mariana Seoane em seu lugar, mas essa ideia foi deixada de lado. 

Alejandro Ruíz, Aleida Núñez e Dacia Arcaráz também estiveram se sobressaíram na pele de Jacinto, Gardênia e Margarida respectivamente.

A grande atriz María Rojo brilhou, infelizmente que por pouco tempo na pele de Soledade, a mãe de Eduardo, uma mulher que sabia alguns segredos e que se via obrigada a se separar do filho.

María Rojo e Fernando colunga em cena do folhetim - Créditos: Televisa S.A

De negativo destaco Roberto Palazuelos numa apresentação super caricata e estereotipada na pele do super irritante Camilo Elizaldo que não parou de gritar a novela inteira.

Sergio Sendel é um excelente ator, mas Adriano esteva perdido no meio de muitos destaques e esse personagem estava abaixo de sua capacidade como ator. Nicandro foi bem ingrato com Sergio ao escalá-lo pra um papel tão sem graça, tendo em vista que ele vinha do grande vilão Aáron de 'Destilando Amor' também produzida por Nicandro.

Fabián Robles também passou super em branco na pele de Vladimir, um dos personagens mais sem graça da trama.

Marisol Del Olmo caracterizada como Érika em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Parte do sucesso da novela ainda se deu a ótima adaptação de Kary Fajer que soube fazer uma ótima releitura da história original e a Salvador Garcini que soube conduzir a direção de cena de uma maneira muito satisfatória.

E por fim a produção de Nicandro Diáz que soube escolher um bom elenco, uma grande história, excelentes cenários, um figurino adequado e uma boa trilha sonora, o tema de abertura interpretado por Alejandro Fernández era excelente e super agradável de escutar.

Carlos de la Mota em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Foi exibida no Brasil em duas ocasiões, primeiramente pela CNT entre 7 de setembro de 2009 até 23 de abril de 2010 sendo substituída por 'Paixão'.

Foi exibida pelo SBT com nova dublagem e edição entre 19 de fevereiro até 03 de agosto de 2018, substituindo 'Um Caminho para o Destino' e sendo substituída pela terceira reprise da brasileira de 'Carrossel'. Mesmo sendo um sucesso, nosso querido patrão cismou com a reprise da novelinha citada e mesmo com uma boa audiência, 'Amanhã é Para Sempre' viu seus 171 capítulos serem reduzidos a 120. Lamentável.

Nos Premios TVyNovelas de 2010 'Manaña es para siempre' recebeu sete indicações, vencendo apenas uma categoria, com Luis Gimeno levando a estatueta de melhor primeiro ator. Na época da premiação, uma boa parcela do público se queixou bastante pelas não indicações de Silvia Navarro e Dominika Paleta nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente.

Fernando Colunga e Silvia Navarro em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

No geral, 'Amanhã é Para sempre' foi uma excelente novela que soube usar uma história clássica bem acentuada no ano de sua exibição. O sucesso da novela ainda se deve a produção de Nicandro Díaz, ao ótimo roteiro de Kary Fajer e principalmente ao grande elenco que foi escalado, repleto de atores talentosos. Enfim, uma novela que disse a que veio. 





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