Aparato do Entretenimento: Livro infantil "Joãozinho e a maça" é fábula singular
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Livro infantil "Joãozinho e a maça" é fábula singular


Maria Cecília Lima faz sua estreia como autora de livros infantis. "Joãozinho e a Maça" é o primeiro volume da série "Histórias minha avó contava", dedicada à literatura voltada para crianças

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Vontade de inspirar pessoas que se amam a criarem laços eternos foi o que motivou Maria Cecília de Lima a abandonar uma sólida carreira como funcionária pública em uma faculdade estadual de São Paulo para se dedicar a escrever livros infantis. O primeiro volume da série "Histórias que minha avó contava", que homenageia a avó da autora, Conceição, é intitulado "Joãozinho e a maça" e relata a saga de um jovem plebeu de bom coração, que passa por grandes apuros, - incluindo arrancar fios de cabelo de um horripilante ogro - para se casar com a princesa Sophia, a mulher que ama.


A obra, originalmente narrada por Conceição à criança Maria Cecília, tem inspiração em diversos contos de fadas mundialmente famosos, como Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida e João e Maria, mas é diferente de todos eles. Construída de modo único, a trama surpreende a todos que acreditam irão encontrar nela as antigas histórias já lidas e ouvidas. "Joãozinho e a maça" é uma narrativa original, produto de uma mente engenhosa, que paga tributo às fábulas tradicionais apenas por seu final feliz e por conter uma moral, cujo intuito é estimular as crianças a serem verdadeiras, nobres e corajosas.


Não que o universo fantástico construído pela avó de Maria Cecília não contenha elementos já presentes nos contos de fadas clássicos: o rei, a princesa, o herói improvável, a fada que realiza desejos, o ogro. Mas tramas paralelas originais que recheiam a história principal e personagens com novas funções e roupagens fazem de "Joãozinho e a maça" uma narrativa com características próprias; uma fábula singular.

Na história, um rei ganancioso recebe de uma cigana a notícia de que sua filha, princesa Sophia, doente desde pequena, na realidade padece de um feitiço e que a única maneira de se curar é comendo uma maça muito vermelha ofertada por um jovem de bom coração. Para que a salvação seja efetiva, a princesa necessita casar-se com seu herói. Inicialmente, príncipes de todo reino levam o fruto para a jovem adoecida, mas nenhum deles obtém êxito. Desesperado pelo restabelecimento da filha, o rei permite a participação de jovens humildes. Inicia-se aí a epopeia de Joãozinho, o herói do livro.


Antônio e José, irmãos mais velhos de Joãozinho, tentam, um de cada vez, cumprir a tarefa de salvar a princesa, mas encontram no caminho um velho andarilho, chamado Feioso, que transforma suas maças em linguiças vermelhas e pernas de rãs, respectivamente. Ainda jovem e inexperiente, Joãozinho contraria o pai e segue ao castelo para levar a maça bem vermelha à filha do rei. Durante o trajeto encontra Feioso, que lhe pergunta o que leva consigo. Ao contrário dos irmãos, o jovem responde com a verdade e é bem-sucedido em sua empreitada. A princesa come de sua maça e adquire novamente saúde.

O rei ganancioso, apesar de feliz, não tem a intenção de ver sua filha casada com um jovem sem estirpe. Exige, assim, que Joãozinho prove seu amor à princesa. Para isso, impõe ao herói três tarefas muito difíceis. A primeira: cuidar de 100 coelhos e mantê-los todos junto ao fim do dia. A segunda: construir uma embarcação anfíbia. A terceira, quase impossível: retirar os três únicos fios de cabelo (de ouro) da cabeça de um malvado Ogro, que conhece o presente, o passado e o futuro e que vive em uma caverna localizada na Floresta Escura e que conhece o presente, o passado e o futuro.

Com alguns apuros, Joãozinho cumpre as duas primeiras tarefas. Para isso, conta com o auxílio de uma flauta mágica, de um velho inventor e da princesa Sophia, que na história de Maria Cecília adquire uma posição ativa, algo raro nos contos de fadas tradicionais. A terceira tarefa se mostra bem mais complicada e outros personagens e tramas precisam ser colocados em jogo para que ela consiga ser levada a cabo.

No caminho à Floresta Escura, Joãozinho é ajudado por três personagens pitorescos. Um homem que lhe dá comida e descanso e solicita a Joãozinho que pergunte ao monstro, que tudo sabe, por que a árvore mais bonita de seu pomar é a única que está morta. Uma senhora, que lhe oferece guarida, e surpreende a todos os leitores. No momento em que acreditamos estar frente a frente com uma bruxa fazendo mal a uma criança, percebemos que se trata de uma mãe ajudando um filho muito doente. Ela também tem uma questão para o Ogro: por que seu filho dorme profundamente de dia e tem surtos à noite? E, por fim, um barqueiro, que vive preso ao seu barco, cujo remo não pode ser solto, mesmo que assim ele implore.

Para conseguir adentrar à caverna e cumprir sua derradeira missão, Joãozinho conta com um auxílio derradeiro: do servo do Ogro, um homenzinho chamado Milin. Temeroso, mas cansado da humilhação, ele engana o Ogro e acaba descobrindo que o monstro, que tem poderes mágicos, é responsável pela árvore morta, pelo filho adoecido, pelo barqueiro preso à sua embarcação e pelo tio do rei ganancioso transformado em um velho andarilho. Ao arrancar os três fios de cabelo de ouro, Joãozinho enfraquece o Ogro e quebra o ciclo de suas maldições. O dono do pomar encontra um tesouro embaixo da mangueira morta. A mãe vê seu filho acordado e bem depois de muito tempo. E o barqueiro finalmente solta o remo e se liberta.

O velho andarilho se torna novamente rei e retira o pai de Sophia do trono. O caminho para os dois apaixonados finalmente fica livre. E o final dessa história repete o de muitos para a alegria dos leitores de hoje e de outrora: Joãozinho e a princesa se casam e vivem felizes para sempre.

Sobre a autora

Maria Cecília de Lima é formada em hotelaria, e pós-graduada em Gestão Estratégica da Educação e Gestão Pública. Por muitos anos trabalhou como funcionária pública em uma faculdade estadual de São Paulo.

Desde criança tem o sonho de ser escritora, inspirada pela avó Conceição que era uma grande contadora de histórias. Decidiu abandonar o emprego público para perseguir esse sonho e agora lança "Joãozinho e a Maça", o primeiro livro da série "Histórias que minha avó contava".


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