Angelica Vale e Diego Olivera em foto promocional da novela - Créditos; Televisa S.A |
Na semana passada, conversamos sobre 'Sin Tu Mirada' a última versão de 'Topázio' telenovela clássica da TV venezuelana. Contudo, neste domingo o tema continua sendo novela, mas dessa vez o assunto é "Y Mañana Será Otro Día... Mejor" folhetim da Televisa exibido em 2018.
Diego Olivera e Alejandra Barros em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A |
Com uma média de 7,5 de 10 na escala de aceitação do IMDb, Y Mañana Será Otro Día... Mejor, tem no elenco Angelica Vale, conhecida pelo êxito 'La fea más bella', que retornou a Televisa a convite de Carlos Moreno após cinco anos longe da emissora mexicana. A trama, remake da novela chilena 'Cuenta conmigo' produzida em 2009, apresenta Alejandra Barros, co-protagonista e um dos elos entre o casal vivido por Angelica Vale e Diego Olivera.
Com uma interpretação longe dos exageros de 'La fea más bella' - Angelica Vale - conduziu com coesão sua personagem Mónica Rojas, secretaria dedicada e com crise existencial. Preocupada com o avanço da idade e a falta de amores, alguém para chamar de seu. Outra secretaria? Outra mulher submissa? Mónica é diferente, sua dedicação é distante de Leticia Padilla Solís e Valentina Pérez, de 'La Fan' da Telemundo.
Filhos do casal Camilo e Diana, vividos por Diego Oliveira e Alejandra Barros - Créditos: Televisa S.A |
As atrizes Ana Layevska, Nuria Bages e Estefanía Villarreal também juntam-se ao elenco da produção, que colorida e aberta a assuntos familiares, apresenta uma sinopse tanto quanto peculiar.
Mónica Rojas, gosta da sua vida de solteira, do seu trabalho na Media Link, empresa fundada e liderada por Camilo Sarmiento, mas essa desenvoltura exemplar vai muito além disso, Mónica é apaixonada pelo chefe. Em outra perspectiva, Diana (Alejandra Barros), cuida da família, do marido Camilo e da casa. Até que o resultado de um exame muda tudo, em um giro de 360 graus, Diana, descobre que está com câncer em estado avançado. Com medo do que acontecerá com sua família após sua morte, Diana só vê uma opção: achar uma mulher para assumir o seu papel de esposa e mãe. Mónica acaba sendo a escolhida.
Diana e sua filha em cena da novela - Créditos: Televisa S.A |
Martha Carrillo e Cristina García, adaptadoras dos sucessos Mujeres de Negro, Amor Bravío e Cuando me Enamoro retornam a equipe de Carlos Moreno em 'Y Mañana Será Otro Día' e conduzem com simplicidade e atitude o texto da versão mexicana. A duração do projeto, acabou contribuindo para o andamento fluído do roteiro, que cedeu espaço para discussão de temas importantes ao espectador, sem deixar de lado o romance. Edwin Valencia (Cita a ciegas, Enamorándome de Ramón, De que te quiero, te quiero), co-adaptador, completa o time de roteiro, que com sua vasta experiência contribui para o eixo cômico da trama original de José Ignacio Valenzuela (Dama y Obrero, Santa Diabla, Cuenta Conmigo).
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Destaque para Francisco Uribe Preciado que forneceu ótimos ambientes, externas e cenários na sua boa ambientação ao lado de Maria de los Ángeles Márquez. A extensa cartela de cores é o elemento de reconhecimento da trama. Ernesto Arreola, Karina Duprez, Manuel Ángel Barajas, Fernando Nesme e Lily Garza, assinam a direção da novela, cada um em sua área, trazendo um tom peculiar e único a produção de Carlos Moreno.
Hilda Santaella Hernández, produtora associada e companheira de trabalho de Carlos Moreno, também retorna na produção que acabou marcando o fim do contrato do produtor na Televisa.
Ao longo dos pouco mais de 70 capítulos, Y Mañana Será Otro Día... Mejor, sofreu com os baixos índices de audiência no Las Estrellas, que viu as reprises de novelas da faixa vespertina ganharem mais repercussão. Fato, que acabou indo de encontro com a temática da própria novela, o público acabou afeiçoando-se a Diana, personagem de Alejandra Barros e renegando a doce Mónica de Angelique Vale. Não teve volta.
Laercio foi na contramão da audiência mexicana e caiu nas graças da produção. Confira o relato.
Assim que começaram a sair as promos de "Y Mañana Será Otro Dia Mejor" notei que a história não seria mais do mesmo, ela traria algo a mais. E assim foi. Logo no primeiro capítulo, fui surpreendido com um ritmo. Uma agilidade e um texto bem amarrado na hora de apresentar os laços que uniram toda a trama.
A secretária apaixonada pelo chefe, a esposa do chefe com câncer, a filha que engravida muito jovem, a adoção, o alcoolismo e até um filho de outro casamento que surge na vida da família de Camilo. Além, claro, de algumas histórias paralelas que, ao longo da novela, foram desenrolando.
Voltando ao que realmente foi o gancho de tudo: o câncer da personagem Diana. Foi a partir daí que tudo desenrolou. Foi a minha primeira novela mexicana que vi na exibição original. Gostei. Angelica Vale, atriz que me ganhou quando protagonizou 'A Feia Maia Bela', dando vida a Letícia, voltou a Televisa, nessa novela, ainda mais incrível no papel de Mónica.
A química com Camillo, marido de Diana, foi algo que vale ressaltar. Eles tinham entrosamento. O texto ajudou bastante. Por falar no texto, como já havia mencionado aqui, ele era muito ágil. As coisas iam acontecendo de forma natural, nada forçado. A discussão do câncer, da gravidez, da paixão, do abrir mão do próprio marido para deixar a família feliz... Y Mañana Será Otro Día... Mejor deixou um gostinho de quero mais. Mas valeu pelos 70 e poucos capítulos que propôs. Não houve barriga, tudo aconteceu no tempo certo.
Uma boa pedida para, quem sabe, ganhar uma exibição nas novelas da tarde do SBT? Torcida tem. A minha e, com certeza, de muitos fãs de Angelica Vale.
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Y Mañana Será Otro Día é uma novela redonda e com andamento, que apesar da baixa audiência, não merece o status de fracasso. Em uma eventual exibição no Brasil, nem sofreria com os cortes, vez que a novela não apresenta grandes elementos de vilania.
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Colaboração: Laercio Botega
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