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CRÍTICA: Sintonia, uma realidade brasileira que o mundo agora conhece

Bruna Mascarenhas, M.C. Jottapê, Christian Malheiros em cena da série "Sintonia" - Créditos: Christian Gaul/Netflix

A minissérie "SINTONIA" é a nova produção brasileira da Netflix e tem alcançado um retorno considerável no mercado nacional e até internacional. Com uma roupagem bem visceral, apresenta seus acontecimentos de forma nua e crua, sem maquiagens ou situações que divergem do atual cenário das favelas no Brasil. 


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Usando a música como escaleta, SINTONIA, é uma boa opção para aquele consumidor de conteúdo com entretenimento e causa social embutida. Dessa forma, retornamos em mais uma crítica do "Em Equipe" e dessa vez, com a missão de destrinchar os motivos para você leitor(a) assistir "Sintonia" na Netflix.

  
Os atores Christian Malheiros, Bruna Mascarenhas e Jottapê em cena da série "Sintonia" - Créditos: Rafael Morse/Netflix

Sinopse

Contada pelas perspectivas de três personagens, a história de Sintonia explora o universo da música, crime e religião na capital paulista. Doni, Nando e Rita cresceram juntos na mesma favela, onde foram influenciados pelo sorteio do tráfico de drogas e da igreja evangélica. 

Apesar de seguirem caminhos muito diferentes, os três amigos de infância acabam percebendo que, para alcançar seus sonhos, precisarão confiar e apoiar um ao outro durante essa jornada. 

Tema factual

Uma produção de Losbragas, Kondzilla e Netflix - Sintonia -  estreou no dia 09 de agosto no catálogo da plataforma de streaming.

Com produção executiva do quarteto Felipe Braga, Jason George, Rita Moraes e Alice Braga, a minissérie é o fiel retrato das favelas das grandes capitais brasileiras com o viés da comunidade que ali habitam: seus medos, esperanças e sonhos.  


Jottapê e Christian Malheiros em cena da série brasileira da Netflix "Sintonia" - Créditos: Rafael Morse/Netflix

Amizade verdadeira

Três universos diferentes que convergem em um único pilar sólido: A amizade, estabelecendo assim o que o nome da série diz, a sintonia entres três jovens da periferia que mesmo vivenciado as mazelas e alegrias da adolescência, são unidos pelo amor, medo, amizade e respeito.

Mc Doni é o único que possui estabilidade entre os três amigos, estuda, tem boa casa, ajuda o pai no comércio, mas seu sonho é ser funkeiro, algo que causa certo conflito na família.

Nando já é pai, tem sua esposa, porém se envolve no tráfico para dar uma vida melhor para a família, e para se tornar um homem de confiança do chefe do tráfico, faz coisas espúrias que o leva a ter crises de consciência, quanto a Rita, como ela gosta de dizer, vive de seus trampos, mas é na religião que encontra conforto e a paz que tanto procura, nesses três universos opostos, se convergem o amor e o respeito por esses que são mais do que amigos, são irmãos de mães diferentes.
 
Jottapê e Leilah Moreno em cena do seriado da Netflix "Sintonia" - Créditos: Rafael Morse/Netflix

Sucesso na internet

Sintonia é a primeira produção de série do maior canal de funk do mundo, Kondzila, o roteiro trás uma linguagem coloquial, que por vezes precisamos ir na "Wikipédia" pesquisar o significado dos neologismos, até então desconhecidos para as outras parte do Brasil. Uma série que mostra a realidade da periferia brasileira, onde a música e a religião se tornam alternativas contra o crime, Sintonia se revela promissora e já anseia para uma nova temporada.

O sucesso já é tão grande que o clipe com a música do personagem MC Doni até o momento já ultrapassou a marca de 10 milhões de acessos. É ou não é um sucesso mano!


Danielle Olímpia e Bruna Mascarenhas em cena da série "Sintonia" - Créditos: Rafael Morse/Netflix

Sem enrolações

O departamento de cinematografia da minissérie conduzido por Felipe Hermini (Status Solteira) e Lito Mendes da Rocha (Felizes para Sempre?) forma a junção perfeita entre a ponte fotografia e direção; a linguagem é próxima do dialeto usado nas favelas e conversa bem com o telespectador. E o fato de ser uma produção brasileira abrilhanta ainda mais o produto, que passa a ganhar ares de séries americanas, tamanha a qualidade nos takes e sequências. 

Por tratar-se de uma série diminuta não há a existência de furos de roteiro, muito menos erros de continuidade. É fluído e preciso, sem cansar ou tratar o público como idiota. 



Trio maravilha

Christian Malheiros (Nando), Jottapê Carvalho (Jottapê) e Bruna Mascarenhas (Rita) sem dúvida alguma são os grandes acertos da minissérie. O entrosamento do trio é uma jóia preciosa, e tudo na comunhão de um bom roteiro, trilha sonora e atuação, tornam o produto SINTONIA, uma aventura intensamente estimulante. 


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As mazelas da sociedade mostradas na tela da sua TV, smartphone, computador ou quaisquer outras formas de acesso pela Netflix. Sintonia é a realidade brasileira, vezes escondida, mundo afora e que agora tem forças para gritar: "Estou aqui". 

Crítica escrita por Hiago e Eduardo para o selo #EmEquipe.


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