Créditos - DC Comics/Reprodução |
Saudações! A série "Titans" só fica melhor a cada episódio com uma qualidade cinemática surpreendente que supera o visual modesto/televisivo dos dramas do "Arrowverso" ou de "Krypton", mesmo dividindo as opiniões dos fãs dos jovens heróis da DC Comics com adaptações mais soturnas dos personagens.
Além do quarteto Robin, Estelar, Ravena e Mutano, "Titans" marca a estreia em live-action de outra equipe icônica da publicante: a Patrulha do Destino. O grupo debutou no quarto episódio da série e seu spin-off próprio ("The Doom Patrol") está marcado para estrear em dezembro de 2019.Paciência.
A Patrulha foi criada pelos roteiristas Arnold Drake e Bob Haney e pelo artista Bruno Premiari e estreou no título "My Strangest Adventure" #80 em Junho de 1963.
A DC surgia com uma proposta diferente para a linha - os novos heróis não eram os deuses da Liga da Justiça. A equipe protegia um mundo que os temia e os odiava liderada por um cientista paraplégico, sendo apelidada de "Os Mais Estranhos Super-Heróis"... Santa familiaridade, Batman!
Mas é bem isso - antes do Professor Xavier e seus cinco X-pupilos pintarem nas páginas de "The X-Men #1" em setembro do mesmo ano, a Patrulha já enfrentava vilões como a Irmandade do Mal e o ostracismo que sofriam por serem diferentes ou "bizarros".
Marvel e DC possuem lá suas diversas cópias/homenagens/paródias, mas no caso Patrulha vs. X-Men o veredicto é uma coincidência mórbida - Arnold Drake suspeitou publicamente por anos que a Marvel havia plagiado sua família de heróis, mas em 2007 declarou que ele e Stan Lee poderiam ter tido a mesma inspiração nos movimentos civis das minorias na década de 1960.
Ao longo de anos de cancelamentos e recriações e apesar das similaridades grotescas, a Patrulha do Destino fez mais juz ao título de "mais estranhos" - e menos sucesso, de fato - que os mutantes da Marvel. Os heróis não tinham o mesmo apelo juvenil de X-Men - o Chefe e sua turma lidavam com dramas como o horror corporal, a incapacidade física e estresse pós-traumático.
Ao invés de habilidades concebidas pela genética, o trio que compunha a Patrulha original ganhou seus respectivos poderes em graves acidentes que mudariam suas vidas para sempre.
Rita Farr é uma atriz de Hollywood que foi exposta a gases vulcânicos durante uma filmagem na África. Recuperada, descobre que a química a tornou uma Mulher-Elástica capaz de mudar de tamanho, podendo atingir proporções titânicas ou microscópicas.
Incapaz de controlar os poderes e considerada uma "aberração", Rita viu sua carreira desmoronar até conhecer o Chefe e se tornar uma Patrulheira.
Curiosidade: a Pixar foi autorizada pela DC Comics a chamar de Mulher Elástica a heroína dos Incríveis, enquanto o merchandising do filme deveria se referir à personagem apenas como Sra. Incrível. Em "Titans", Rita é vivida por April Bowlby ("Two and a Half Men").
Cliff Steele é um ex-esportista temerário e corredor profissional que sofreu um grave acidente na Indianápolis 500. É salvo pelo Chefe, que implanta o que sobrou de Cliff em um corpo robótico construído pelo dr. Will Magnus (criador dos Homens Metálicos) - transformando-o no Homem-Robô. Cliff se tornou um criminoso procurado após um de seus circuitos cerebrais ser danificado. É a Patrulha quem o conserta e o acolhe.
O sumido Brendan Fraser dará voz ao Homem-Robô na série "The Doom Patrol".
Como o colega de Patrulha Homem-Robô, o Homem Negativo também é um ex-piloto - só que do ar.
Durante um teste em um voo espacial da Força Aérea Americana, Lawrence Trainor voou alto demais e acabou exposto a uma radiação cósmica que o tornou transparente e radioativo e lhe criou uma energia extracorpórea ciente que se manifesta no limite de um minuto, um Homem Negativo propriamente dito. Tratado pelo Chefe, Lawrence foi coberto por bandagens especiais que bloqueiam a radiação.
Matt Bomer ("American Horror Story") será Lawrence Trainor em flashbacks e dará voz ao Homem Negativo em "The Doom Patrol", enquanto Matthew Zuk o interpretará fisicamente.
Já o Chefe será vivido pelo ex-007 Timothy Dalton na série. O que se reflete na essência do personagem, o gênio Niles Caulder cresceu fã do "Frankenstein" de Mary Shelley e ainda jovem se revelou um prodígio da ciência.
Tal genialidade chamou a atenção do vilão General Immortus, que queria que Caulder recriasse a fórmula que concebia a imortalidade. Caulder recusou e teve um dispositivo explosivo implantado em seu torso superior por Immortus. Ao removê-lo, Caulder ficou paraplégico.
Inspirado pelo evento que mudou sua vida, Caulder criou a Patrulha para que lutassem contra o crime e protegessem inocentes, além de que o trio que acidentados considerados "aberrações" pudesse ser reconhecido como heróis.
Além do quarteto Robin, Estelar, Ravena e Mutano, "Titans" marca a estreia em live-action de outra equipe icônica da publicante: a Patrulha do Destino. O grupo debutou no quarto episódio da série e seu spin-off próprio ("The Doom Patrol") está marcado para estrear em dezembro de 2019.
FREAKS: O Homem-Robô e o Homem Negativo em "Titans" (2018). Créditos - DC Universe/Warner Bros./DC Comics/Reprodução |
A Patrulha foi criada pelos roteiristas Arnold Drake e Bob Haney e pelo artista Bruno Premiari e estreou no título "My Strangest Adventure" #80 em Junho de 1963.
A DC surgia com uma proposta diferente para a linha - os novos heróis não eram os deuses da Liga da Justiça. A equipe protegia um mundo que os temia e os odiava liderada por um cientista paraplégico, sendo apelidada de "Os Mais Estranhos Super-Heróis"... Santa familiaridade, Batman!
O X DA QUESTÃO: coincidência mórbida seria a explicação para as semelhanças entre os X-Men e a Patrulha do Destino. Créditos - DC Comics/Reprodução |
Mas é bem isso - antes do Professor Xavier e seus cinco X-pupilos pintarem nas páginas de "The X-Men #1" em setembro do mesmo ano, a Patrulha já enfrentava vilões como a Irmandade do Mal e o ostracismo que sofriam por serem diferentes ou "bizarros".
Marvel e DC possuem lá suas diversas cópias/homenagens/paródias, mas no caso Patrulha vs. X-Men o veredicto é uma coincidência mórbida - Arnold Drake suspeitou publicamente por anos que a Marvel havia plagiado sua família de heróis, mas em 2007 declarou que ele e Stan Lee poderiam ter tido a mesma inspiração nos movimentos civis das minorias na década de 1960.
Ao longo de anos de cancelamentos e recriações e apesar das similaridades grotescas, a Patrulha do Destino fez mais juz ao título de "mais estranhos" - e menos sucesso, de fato - que os mutantes da Marvel. Os heróis não tinham o mesmo apelo juvenil de X-Men - o Chefe e sua turma lidavam com dramas como o horror corporal, a incapacidade física e estresse pós-traumático.
Ao invés de habilidades concebidas pela genética, o trio que compunha a Patrulha original ganhou seus respectivos poderes em graves acidentes que mudariam suas vidas para sempre.
Rita Farr é uma atriz de Hollywood que foi exposta a gases vulcânicos durante uma filmagem na África. Recuperada, descobre que a química a tornou uma Mulher-Elástica capaz de mudar de tamanho, podendo atingir proporções titânicas ou microscópicas.
Incapaz de controlar os poderes e considerada uma "aberração", Rita viu sua carreira desmoronar até conhecer o Chefe e se tornar uma Patrulheira.
Créditos - DC Comics/Reprodução |
Curiosidade: a Pixar foi autorizada pela DC Comics a chamar de Mulher Elástica a heroína dos Incríveis, enquanto o merchandising do filme deveria se referir à personagem apenas como Sra. Incrível. Em "Titans", Rita é vivida por April Bowlby ("Two and a Half Men").
Cliff Steele é um ex-esportista temerário e corredor profissional que sofreu um grave acidente na Indianápolis 500. É salvo pelo Chefe, que implanta o que sobrou de Cliff em um corpo robótico construído pelo dr. Will Magnus (criador dos Homens Metálicos) - transformando-o no Homem-Robô. Cliff se tornou um criminoso procurado após um de seus circuitos cerebrais ser danificado. É a Patrulha quem o conserta e o acolhe.
O sumido Brendan Fraser dará voz ao Homem-Robô na série "The Doom Patrol".
MALDITO: O Homem-Robô vê o corpo que deixou para trás retornar como um Lanterna Negra durante a Crise Infinita. Créditos - DC Comics/Reprodução |
Como o colega de Patrulha Homem-Robô, o Homem Negativo também é um ex-piloto - só que do ar.
Durante um teste em um voo espacial da Força Aérea Americana, Lawrence Trainor voou alto demais e acabou exposto a uma radiação cósmica que o tornou transparente e radioativo e lhe criou uma energia extracorpórea ciente que se manifesta no limite de um minuto, um Homem Negativo propriamente dito. Tratado pelo Chefe, Lawrence foi coberto por bandagens especiais que bloqueiam a radiação.
Créditos - DC Comics/Reprodução |
Matt Bomer ("American Horror Story") será Lawrence Trainor em flashbacks e dará voz ao Homem Negativo em "The Doom Patrol", enquanto Matthew Zuk o interpretará fisicamente.
Já o Chefe será vivido pelo ex-007 Timothy Dalton na série. O que se reflete na essência do personagem, o gênio Niles Caulder cresceu fã do "Frankenstein" de Mary Shelley e ainda jovem se revelou um prodígio da ciência.
Tal genialidade chamou a atenção do vilão General Immortus, que queria que Caulder recriasse a fórmula que concebia a imortalidade. Caulder recusou e teve um dispositivo explosivo implantado em seu torso superior por Immortus. Ao removê-lo, Caulder ficou paraplégico.
Créditos - DC Comics/Reprodução |
Inspirado pelo evento que mudou sua vida, Caulder criou a Patrulha para que lutassem contra o crime e protegessem inocentes, além de que o trio que acidentados considerados "aberrações" pudesse ser reconhecido como heróis.
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Após cinco anos de publicação, as vendas do título original da Patrulha caíram e a HQ acabou cancelada em 1968 de uma maneira curiosa - ameaçada pelo General Zahl da Irmandade, a equipe se sacrifica para salvar a vila Codsville (renomeada "Quatro Heróis" em sua honra) e a edição fecha com um ultimato dos editores: que os leitores *comprassem* a edição, e os heróis voltariam à vida.
Entretanto, o apelo não fluiu e a Patrulha permaneceu morta por quase uma década. Novas tentativas de reemplacar os heróis surgiram em diferentes formações, todas canceladas pela baixa repercussão.
Quando parecia que o destino dos heróis era mesmo o cancelamento, o mestre Grant Morrison assumiu o título em 1987 e o tingiu de onírico - a nova Patrulha incorporou surrealismo e Dadaísmo em uma narrativa experimental e bizarra em sua melhor, mais marcante e mais sombria fase em cinco décadas de publicação.
Entre os novos membros estavam uma versão "hermafrodita" do Homem Negativo, a psíquica Dorothy Spinner (capaz de tornar seus amigos imaginários reais), Crazy Jane e suas 64 personalidades (cada uma com um poder distinto) e Danny, uma rua viva e ciente (sim, é isso mesmo) capaz de se transportar sobre qualquer lugar.
Morrison introduziu um dos primeiros super-heróis transgênero das HQs: a ex-profissional do sexo Coagula, capaz de solidificar ou dissolver matéria através do toque.
Os vilões agora eram a Irmandade de Dada (exemplo de referência ao Dadaísmo) e os Tesouras, capazes de cortar as pessoas da realidade, literalmente.
Nessa fase, é revelado que os "acidentes" envolvendo cada membro da Patrulha foram orquestrados pelo próprio Niles Caulder - para ele, a verdadeira grandeza só é alcançada quando se supera um evento trágico.
A fase cultuada de Grant Morrison tornou o próprio Arnold Drake um fã e poderia ter sido mais longa - Morrison roteirizou 45 edições até deixar o título e as vendas caírem outra vez.
Após cinco anos de publicação, as vendas do título original da Patrulha caíram e a HQ acabou cancelada em 1968 de uma maneira curiosa - ameaçada pelo General Zahl da Irmandade, a equipe se sacrifica para salvar a vila Codsville (renomeada "Quatro Heróis" em sua honra) e a edição fecha com um ultimato dos editores: que os leitores *comprassem* a edição, e os heróis voltariam à vida.
Entretanto, o apelo não fluiu e a Patrulha permaneceu morta por quase uma década. Novas tentativas de reemplacar os heróis surgiram em diferentes formações, todas canceladas pela baixa repercussão.
Quando parecia que o destino dos heróis era mesmo o cancelamento, o mestre Grant Morrison assumiu o título em 1987 e o tingiu de onírico - a nova Patrulha incorporou surrealismo e Dadaísmo em uma narrativa experimental e bizarra em sua melhor, mais marcante e mais sombria fase em cinco décadas de publicação.
Entre os novos membros estavam uma versão "hermafrodita" do Homem Negativo, a psíquica Dorothy Spinner (capaz de tornar seus amigos imaginários reais), Crazy Jane e suas 64 personalidades (cada uma com um poder distinto) e Danny, uma rua viva e ciente (sim, é isso mesmo) capaz de se transportar sobre qualquer lugar.
Morrison introduziu um dos primeiros super-heróis transgênero das HQs: a ex-profissional do sexo Coagula, capaz de solidificar ou dissolver matéria através do toque.
RÉQUIEM DE UM SONHO: A Patrulha durante a fase Grant Morrison na arte de Simon Baisley. Créditos - DC Comics/Reprodução |
Os vilões agora eram a Irmandade de Dada (exemplo de referência ao Dadaísmo) e os Tesouras, capazes de cortar as pessoas da realidade, literalmente.
Nessa fase, é revelado que os "acidentes" envolvendo cada membro da Patrulha foram orquestrados pelo próprio Niles Caulder - para ele, a verdadeira grandeza só é alcançada quando se supera um evento trágico.
A fase cultuada de Grant Morrison tornou o próprio Arnold Drake um fã e poderia ter sido mais longa - Morrison roteirizou 45 edições até deixar o título e as vendas caírem outra vez.
PRÓDIGO: Mutano reencontra a família patrulheira em "Jovens Titãs". Créditos - Warner Bros./Reprodução |
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Com os heróis, "Titans" explora um aspecto importante das origens de Garfield Logan/Mutano, que se tornou mais conhecido como um membro dos Jovens Titãs - o transmorfo estreou nas páginas de "The Doom Patrol #99" em novembro de 1965. Rico, órfão e alvo da ganância de seu tutor, Garfield foi salvo pela Patrulha, adotado por Rita e seu marido Steve Dayton/Mento e se tornou um Patrulheiro.
Com os heróis, "Titans" explora um aspecto importante das origens de Garfield Logan/Mutano, que se tornou mais conhecido como um membro dos Jovens Titãs - o transmorfo estreou nas páginas de "The Doom Patrol #99" em novembro de 1965. Rico, órfão e alvo da ganância de seu tutor, Garfield foi salvo pela Patrulha, adotado por Rita e seu marido Steve Dayton/Mento e se tornou um Patrulheiro.
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A Patrulha pintou em "Jovens Titãs" (que revelou as origens de Mutano) e em "Batman - Os Bravos e Destemidos". No calor dos sucessos de bilheteria "Batman Begins" e "Superman - O Retorno", a Warner anunciou um filme em 2006 com roteiro de Adam Turner. O projeto não vingou, aparentemente.
Embora os fãs estranhem a atmosfera relativamente sombria de "Titans", a chegada da Patrulha do Destino ao live-action não poderia acontecer em cenário mais perfeito - cenário e ano: a Patrulha do Destino celebra seus 55 anos de criação em 2018.
Em particular a fase "freak show" de Grant Morrison, a longa trajetória da equipe nos quadrinhos é material de sobra para se fazer "The Doom Patrol" a "American Horror Story" das séries de super-herói... E que o cancelamento não seja o seu destino!
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O Homem-Robô, a Mulher Elástica e o Homem Negativo em "Titans". Créditos - Warner Bros./DC Universe/Reprodução |
Em particular a fase "freak show" de Grant Morrison, a longa trajetória da equipe nos quadrinhos é material de sobra para se fazer "The Doom Patrol" a "American Horror Story" das séries de super-herói... E que o cancelamento não seja o seu destino!
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