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Os contos da Disney de um jeito nunca contado





Chegou o dia de mais um Felipédia. Hoje vou abordar um tema que todos amam, os contos infantis, mas de um jeito totalmente peculiar. Antes de tudo, veja a minha coluna da semana passada (acompanhe por aqui). Agora sim, vamos a coluna de hoje.





Solte o play e relaxe enquanto lê.



Assassinatos, estupros, tortura todos sabem que as origens dos contos de fadas estão longe de ser fofas. Conheça os contos de fadas originais. A verdade é que a maioria dos contos de fadas que nós conhecemos hoje, em sua origem, tinham finais muito mais extremos, e envolviam temas mais pesados, como canibalismo, homicídio e tortura.

               

Com o tempo (e geralmente, com a Disney) eles foram abrandados para versões mais politicamente corretas, adequadas para as crianças de hoje.

Vamos conhecer alguns...


A GATA BORRALHEIRA, OU CINDERELA 


Na história que conhecemos, a nobre e bondosa Cinderela é obrigada a realizar os serviços domésticos dia e noite por sua madrasta má. Graças à fada madrinha, ela vai ao baile real, conhece o príncipe, mas precisa ir embora antes da meia-noite. Quando foge às pressas, derruba um sapatinho de cristal, que o príncipe usa para encontrá-la. E todos vivem felizes para sempre. O interessante é que Cinderela é uma das histórias com mais versões mundo afora, incluindo uma Cinderela chinesa de 850 d.C. (que tem um enorme peixe dourado como fada-madrinha), chamada Yeh-Hsien. Aliás, a versão mais antiga é a história de Rhodopis, praticamente idêntica à Cinderela moderna, escrita no século I a. C., por Stabo. A versão mais próxima da que conhecemos é de Charles Perrault, que incluiu a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal. Nas versões mais antigas da história, Cinderela não é tão boazinha assim. Na realidade, ela assassinava a sua primeira madrasta para que seu pai pudesse se casar com a empregada que depois, viria a se tornar a “madrasta má”. Além disso, a história é mais violenta. Quando o príncipe chegava na casa de Cinderela para calçar o sapatinho nas moças, as irmãs malvadas mutilavam os próprios pés, cortando os dedos e os calcanhares, para tentar enganá-lo. Diante da falsidade delas, passarinhos entravam pela janela e bicavam seus olhos, até elas ficarem cegas. Credo!

CACHINHOS DOURADOS


Esse é um conto de fadas mais “novinho” a sua versão original é datada de 1837. Nela, existem duas variações para o final. Em uma, os ursos destroçam e devoram Cachinhos Dourados. Na outra, Cachinhos que, na realidade, seria uma velhinha salta da janela e quebra o pescoço. Posteriormente, surgiu uma terceira versão em que ela vai presa, por invasão de domicílio. Justo.



BRANCA DE NEVE


O primeiro fato interessante sobre esse conto é de que ele possivelmente foi inspirado em fatos reais. No século XVI, viveu uma princesa chamada Margarete von Waldeck, conhecida por sua beleza. Ela cresceu na região de Waldeck, onde as crianças pequenas, que trabalhavam nas minas, eram conhecidas como “anões”. Outro ponto semelhante era o ódio por parte de sua madrasta. Felipe II, da Espanha, decidiu casar-se com a bela jovem, mas antes que isso fosse possível ela morreu envenenada. Muito provavelmente a história da linda jovem que perdeu a vida cedo demais ganhou força no imaginário popular, sendo depois adaptado pelos irmãos Grimm. Bom, todos devem lembrar que no filme da Disney, a rainha má pede ao caçador que mate Branca de Neve, e traga como prova do feito o coração da moça. Ok. No original, o coração e em muitas variações os pulmões, rins, e outros órgãos internos deviam ser trazidos para que a rainha os comesse. Um dos momentos mais românticos da história que conhecemos é quando o príncipe acorda Branca de Neve com um beijo de amor verdadeiro. Mas, originalmente, ele coloca a moça desfalecida em seu cavalo para levá-la ao castelo e ela acorda com o trotar do animal. O que o príncipe gostaria de fazer com o cadáver de uma bela moça dispensa comentários. E um último detalhe que não podemos ignorar é o destino da vilã. Na versão original, ela é submetida a um tratamento digno de um dos filmes de Jogos Mortais: fazem ela dançar até a morte, calçando sapatos de ferro em brasa.

CHAPEUZINHO VERMELHO 



Na versão (já “censurada”) de Charles Perrault, Chapeuzinho Vermelho uma moça bem criada pede instruções para o Lobo Mau para chegar à casa da Vovó. Ele ensina o caminho errado, segue a moça e a devora. Moral da história? Não fale com estranhos. Mas, em versões ainda mais antigas, o Lobo Mau chega antes na casa da Vovó, a mata e prepara a sua carne, para depois convidar a Chapeuzinho para um delicioso jantar (eca, eca, eca...). E, claro, depois dessa nutritiva refeição ele também devora a moça. Há ainda versões mais calientes da história, nas quais Chapeuzinho faz um strip-tease para o Lobo, e foge enquanto ele está digamos “distraído”.


A BELA ADORMECIDA 


Essa história é provavelmente a que tem a versão original mais bizarra. Na história que conhecemos a Bela Adormecida é vítima de uma maldição e após furar o dedo em uma roca de fiar, adormece. Quando recebe o beijo de amor verdadeiro de seu príncipe encantado, acorda, e os dois vivem felizes para sempre. Na versão original, contudo a moça não é vítima de uma maldição, mas sim de uma profecia. Aos quinze anos, ela prende um espinho venenoso sob a unha do dedo, e adormece. Eis que surge um rei, que vê a jovem desfalecida e resolve aproveitar-se dela. Isso mesmo que você está imaginando. Tanto que nove meses depois, a ainda adormecida princesa dá a luz a gêmeos. As crianças, buscando o leite materno chupam um de seus dedos, retirando o espinho e Bela Adormecida acorda (violada e mãe de duas crianças, que ela sequer sabe de onde surgiram). Como se não bastasse tudo isso, o rei manda buscar a moça e as crianças, convenientemente esquecendo de avisar que ele é casado. Resultado: a esposa do rei tenta matar Bela Adormecida e as crianças, mas é impedida e assassinada pelo próprio rei. Assim, a bela princesa fica livre para casar com o seu estuprador, e todos vivem felizes para sempre.


Espero que não tenha deixado vocês com tanto medo. 
Até a próxima galera!


Felipédia

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