Aparato do Entretenimento: Relembrando Sucessos: Primeiro Amor... A Mil Por Hora, Anahí vira debutante no remake do clássico 'Quinceañera'
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Relembrando Sucessos: Primeiro Amor... A Mil Por Hora, Anahí vira debutante no remake do clássico 'Quinceañera'


Kuno Becker e Anahí em foto promocional da novela - Crédidos: Televisa S.A

O ano era 2000 e o produtor e diretor Pedro Damián teve a missão de fazer uma nova versão de 'Quinceañera' um clássico inesquecível de Carla Estrada produzido em 1988.


Pedro que havia sido diretor de cena em 'Quinceañera' apostou todas as suas fichas nesse projeto e com um elenco acima da média, produziu uma das melhores novelas daquele ano e que mais tarde também se tornaria um folhetim inesquecível: 'Primeiro Amor... A Mil Por Hora'.

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Ana Layevska e Valentino Lanús em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A


Esta é a história de jovens que lutam para alcançar seus sonhos. Assuntos como drogas, sexo, gravidez, bulimia, anorexia, abuso sexual, traição, paixão e amores são constantes nesta trama. Giovana é apaixonada pelo mecânico Leon Baldomero que são atormentados pela paixão obsessiva de Daniel e a inveja de Priscila, irmã de Giovana. Marina, a melhor amiga de Giovana, sofre muito por sua inocência e imaturidade, que quase a leva a morte e a se afastar de seu grande amor, Rafael. 

Diante da problemática relação entre seus pais, Marina inicia um quadro de bulimia e anorexia, sendo este, cada vez mais agravado pelos grandes problemas que a rodeiam, como as brigas entre seus pais, falta de atenção destes, os seus sentimentos por Rafael, sua insegurança, medo e as preocupações com os problemas de Giovana. Inicialmente Leon e Giovana têm uma grande dificuldade de demonstrar a grande afeição que os une, mas logo ela é vencida. Já Rafael e Marina sofrem muito, pois sempre encontram obstáculos ao seu amor. 


Diante dos problemas estes jovens terão que aprender a superar as conseqüências de viver e amar "a mil por hora".


Elenco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A


Pedro Damián sempre produziu histórias simples, mas bem agradáveis de assistir. Em 'Primeiro Amor' todo seu bom gosto novamente se repetiu ao produzir a nova versão de um clássico que ele dirigiu em 1988. 

Algo que Pedro sempre acerta em suas novelas (com exceção de Like) é na escalação do elenco, na produção ele parece ter escolhido a dedo cada ator, já que os destaques foram muitos.

Vinda dos sucessos 'O Diário de Daniela' e 'Mujeres Engañadas' de 1998 e 1999, Anahí teve a difícil missão de defender o papel que tinha sido da incrível Adela Noriega na versão original. Com tudo, Ananí não se intimidou construindo Giovana Luna de uma maneira muito decente, já que além de muito carismática, sabia dar tudo de si nas inúmeras cenas dramáticas que a personagem tinha dentro do folhetim.

Kuno Becker deu vida ao galã da trama, Leon, um jovem trabalhador que era muito apaixonado por Giovana, ainda que estivesse um pouco verde em algumas cena, Kuno teve um desempenho satisfatório. O papel de Leon foi inicialmente oferecido para Mauricio Ochmann ator da TV Azteca que recusou a proposta.


Ana Layeska e Valentino Lanús em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Ana Layevska esteve muito bem como Marina, a melhor amiga de Giovana, jovem repleta de problemas e que sofria por não se sentir amada pelos pais. Para completar, Marina sofria de anorexia.

Valentino Lanús assim como Kuno Becker ainda estava um pouco verde em cena, mas como era bem carismático conseguiu ter um desempenho 'Ok' como Rafael o par romântico de Marina.

A química em cena entre Layeska e Lanús era ótima, tanto que chamaram mais atenção do que o casal central vivido por Anahí e Kuno Becker. Vale dizer que o público torceu bastante para que eles protagonizassem uma novela solo posteriormente e no ano seguinte ambos foram escalados para o elenco de 'A Vida é um Jogo', mas o público sofreu uma decepção ao saber que o papel de protagonista havia sido dado para a insossa Sara Maldonado ao invés de Ana. Lamentável.



Elenco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

Mauricio Islas teve na obra uma grande oportunidade no papel de Daniel, o vilão da história, onde precisou dosar muito bem o tom divertido e dramático que o personagem precisava. Ainda ganhou destaque sua caracterização que apesar de ser um pouquinho trash, chamou a atenção do público. Entretanto aquele cabelo tingido não colou mesmo, muito cafona.

Arleth Terán teve o papel de sua vida como Priscila, a irmã de Giovana uma jovem muito amargurada, sendo uma daquelas personagens que passou por várias fases e em todas Arleth pode explorar as nuances da personagem de uma maneira formidável.

A sempre competente Leticia Perdigón esteve ótima no papel de Catarina, a mãe de Giovana que desejava muito realizar sua festa de quinze anos e que era contra seu relacionamento com León. Já Daniela Luján esteve uma graça na pele de Sabrina, a outra irmã de Giovana.

Fabián Robles, por sua vez, esteve exagerado como Santiago, mais conhecido como Iguana. A direção de cena até que tentou, mas o ator não conseguia encontrar o tom certo do personagem, que parecia sempre estar um pouco perdido em cena.

Ainda se destacaram Kika Edgar como Olívia, uma jovem adolescente que se descobria grávida, José Maria Torre como Bruno, um jovem que se apaixonava por seu professor Adriano e Laisha Wilkins como a convencida Tamara que queria a todo custo fisgar Rafael.


Elenco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

O roteiro da novela foi um dos poucos pontos que a novela errou, os roteiristas souberam adaptar bem a novela a colocando na realidade dos anos 2000, já que alguns pontos abordados em 'Quinceañera' já não eram tão relevantes no início do novo milênio.

O desenvolvimento dos personagens foi feito de maneira ótima, já que em todos os momentos os escritores acertaram ao trabalhar com emoções realistas, apesar de usar truques folhetinescos clássicos, 'Primeiro Amor' acertava ao abordar um mundo que estava ao nosso redor e que muitos não queriam enxergar, temas como estupro, AIDS, gravidez na adolescência e homossexualidade eram trabalhados de uma boa maneira na novela, apesar de serem considerados tabus.

Entretanto houveram alguns capítulos em que a novela não andou, 'Primeiro Amor' foi uma novela curta, teve apenas 100 capítulos, mas acredito que se tivesse tido cerca de 80 capítulos teria sido ainda melhor, porque as idas e vindas entre o quarteto principal perdeu o fôlego.

Os bastidores ainda tiveram algumas tretas, Anahí era namorada de Kuno Becker quando a novela começou, porém no meio da trama eles terminaram e o clima entre os dois não já não era mais dos melhores. Anahí ainda teve uma briga nos bastidores com Leticia Perdigón, embora não se saiba exatamente o motivo dessa discussão até hoje e por fim dizem as más línguas que ela não era uma grande fã de Arleth Terán. Como assim Anahí?


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Anahí e Kuno Becker em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A


No Brasil foi exibida pelo SBT entre 24 de fevereiro até 25 de julho de 2003 em 110 capítulos, substituindo 'Amigas e Rivais' e antecedendo 'No Limite da Paixão'.

Curiosamente o folhetim nunca foi reprisaoa, mesmo sendo protagonizada por Anahí que ficou muito conhecida aqui em virtude de 'Rebelde' e que todo mundo sabe a febre que foi.


A novela ganhou um especial chamado 'Primer Amor... Trés Años Después' que teve pouco mais de uma hora e meia de duração. Tal especial chegou a ser dublado pelo SBT, mas nunca foi exibido pela emissora da família brasileira.



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Nos Premios TVyNovelas de 2001 o melodrama recebeu nove indicações vencendo em quatro categorias, incluindo atriz coadjuvante para Arleth Terán e revelações feminina e masculina para Ana Layevska e Valentino Lanús. Anahí que foi indicada para a categoria Melhor Atriz se tornou a artista mais jovem nomeada nessa categoria com apenas 17 anos.


Elenco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

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No geral, 'Primeiro Amor... A Mil Por Hora' foi uma ótima novela, uma trama que teve uma excelente produção e um ótimo elenco, a novela deu uma leve escorregada no seu roteiro, mas nada que apague seu brilho. Uma trama que em nenhum momento teve medo de apostar em temas sérios, o que acabou trazendo relevância para a obra.  Além de trazer personagens com emoções realistas rodeados com os principais ingredientes de uma boa novela juvenil: grandes histórias de amor entrelaçadas por conflitos relevantes. Um folhetim que sempre será lembrado com muito carinho.





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