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Adamari López, Ludwika Paleta, Angélica Vale e Michelle Vieth em foto promocional de 'Amigas y Rivales' - Créditos: Televisa S.A
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@aparato_entretenimento
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Elenco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A |
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O elenco da novela foi repleto de altos e baixos - Créditos: Televisa S.A
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Mas ninguém se destacou tanto como eu e ai de quem discordar - Créditos: Televisa S.A |
Agora o grande destaque positivo no elenco ficou por conta de Joana Benedek que deu um show no papel da vilã Rosana (Roxana, no original). A vilã começou apenas como uma mulher sedutora e interesseira que estava disposta a tudo para ficar com o enteado Beto. Porém com o passar dos capítulos, Rosana virou a grande protagonista da novela. Era ela quem decidia o rumo que a novela tomava a cada semana, todas as situações importantes do enredo a envolviam e a mesma decidia como aquilo iria terminar. A megera cometeu muitos assassinatos e crimes perversos e teve um desfecho bem excêntrico, foi uma vilã pra ninguém botar defeito e que com certeza marcou a todos nós. Confiram a seguir o mais clássico assassinato cometido por ela.
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Angélica Vale como Nayeli em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A |
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Elenco em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A
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Um dos percursores do estilo juvenil nas novelas mexicanas, Emilio Larrosa acumula êxitos, fracassos e algumas que nem merecem ser lembradas. "Amigas y Rivales" é uma de suas obras mais memoráveis. Apostando no mote das quatro garotas de personalidades e posições sociais diferentes, como em outras produções suas, aqui ele consegue conversar com o jovem, ao usar principalmente, uma linguagem mais aberta para falar sobre sexo, drogas e AIDS, este último na vida de uma das protagonista, assuntos que na época eram um tabu gigantesco e que hoje ainda causam espanto. Em varios ângulos, a novela retratava a hipocrisia da sociedade através das personagens. O moralismo e as relações familiares são postas em xeque no núcleo dos De La O quando o patriarca Roberto inicia-se apaixonado por Roxana, que está apenas interessado em dar um golpe nele. No meio disso, Beto, depois de perder a noiva numa fatalidade, começa a se sentir atraído sexualmente pela madrasta Roxana, esta que se aproveita disso. Roberto, por sua vez, se apaixona e inicia um romance, a contra gosto de muitos, com sua funcionária, Laura, uma das protagonistas que é muito mais jovem que ele. O que acaba sendo uma polêmica dentro da história. A vilã sociopata de Joana Benedek, a aloucada Roxana, roubou a cena para si a partir do momento em que sua trama começou a ganhar mais importância, e assim, aparecer mais vezes em cena. Um retrato de uma mulher hipócrita e falsa moralista, Roxana não media esforços para passar por cima de quem fosse e chegar onde queria. É aí que entra o que considero mais negativo na novela: o excesso e o exagero de violência. Mesmo que a audiência do público adulto fosse bem participativa e que o núcleo de Roxana fosse fundamental dentro disso, era incômodo tamanha cenas de violência (às vezes até aleatória) para chamar atenção da audiência e, talvez, justificar a loucura da vilã. Até mesmo a cena em que Nayeli sofre uma tentativa de estupro, logo no início da novela, é pesada. Uma das coisas que mais me agradaram no remake brasileiro, produzido e exibido pelo SBT em 2007, por exemplo, foi justamente a suavidade da violência, sem perder a essência da novela. Um plot twist bem circense, uma vilã insandecida tocando o terror e adolescentes problemáticas retratando assuntos sérios, "Amigas y Rivales" foi importante para uma geração e fez história pela sua força e por uma profunda realidade da juventude inconsequente e cheia de dúvidas em relação ao futuro.