Aparato do Entretenimento: Sete novelas mexicanas que não deveriam ser exibidas nas Novelas da Tarde
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Sete novelas mexicanas que não deveriam ser exibidas nas Novelas da Tarde

Willian Levy e Ximena Navarrete em foto promocional de "La Tempestad" - Créditos: Televisa S.A


Hoje decidi escrever sobre um tema polêmico, que pode me render inúmeros haters inclusive e logo na minha estreia aqui no Aparato do Entretenimento, mas ainda assim acho interessante listar aqui novelas que não devem chegar nem perto das tardes do SBT. Fiz a lista com base no que já foi sucesso e fracasso desde a retomada das mexicanas no SBT em 2010.



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Antes Muerta Que Lichita (2015)

Pôster promocional de "Antes Muerta que Lichita" - Créditos: Televisa S.A

Antes que me atirem pedras, quero deixar bem claro que sou um grande fã da Maite, mas para escrever a matéria tive que deixar minha admiração por atriz X ou Y de lado. Mesmo estando recheada de astros mexicanos, essa novela produzida por Rosy Ocampo, teve uma audiência bem razoável no México em 2015. Apesar de ter sido vendida como uma obra original, a novela lembrava “A Feia Mais Bela” em muitos aspectos. Os cenários extremamente coloridos, juntamente com a roupagem deixaram a trama com mais cara de série do que de novela e acredito que por esses motivos o público torceu o nariz pra ela. Tendo em vista os fracassos de “Por Ela Sou Eva” e de “Que Pobres Tão Ricos” que possuíam características semelhantes, é bem provável que o mesmo se repetisse com Lichita aqui no SBT.

  
Dos Hogares (2011)

Anahí, te amo, mas... - Créditos: Televisa S.A

Em 2011, Anahí voltava às novelas sobre a produção de Emilio Larrosa, que prometia entregar uma trama inovadora no horário nobre mexicano. No entanto o tiro saiu pela culatra e em nenhum momento a trama conquistou o grande público. Na história Angélica é uma mulher apaixonada que se casa com Santiago (Carlos Ponce) que morre inesperadamente após o casamento dos dois. Após essa tragédia Angélica inicia uma relação de amizade com Ricardo (Sergio Goyri), que começa a se apaixonar por ela, e com o tempo eles se casam. Entretanto, Angélica descobre algo que mudará sua vida: Santiago está vivo, vagando pelas ruas por causa de uma perda total de memória. Agora nossa eterna rebelde se vê “dividida” entre seus dois amores. A trama diferentona, juntamente com os galãs que não possuíam química alguma com Anahí e o excesso de personagens sem função fez com que o público rejeitasse a novela, o que provavelmente também aconteceria aqui no Brasil caso fosse exibida no SBT. Vale dizer que as tretas entre Anahí e Sergio Goyri chamaram mais a atenção do público do que a novela em si.

Que Te Perdoni Dios (2015)

Pôster promocional de Que Te Perdione Dios... Yo No - Créditos: Televisa S.A

Esse remake de “Abraça-me Muito Forte” tinha tudo para ir bem, mas caiu nas mãos de uma produção e roteiristas errados. O elenco foi muito mal escalado, a direção do folhetim deixou muuuuuito a desejar, e o principal a trama praticamente não trouxe novidades em relação à versão anterior da novela, fazendo com que esse remake apenas ficasse marcado como um fracasso na bem sucedida carreira de Zuria Vega. De relevante apenas a química da atriz com seu galã vivido pelo ator Mark Tacher. Levando em conta a imparcialidade que Zuria Vega ainda tem aqui no Brasil (que na minha humilde opinião, acontece por causa da dubladora dela, que não a favorece em nada), a falta de novidades na história e junto com o flop que foi a reprise de “Abraça-me Muito Forte” em 2014, será que essa novela iria bem por aqui mesmo estando aprovada pela direção do SBT para exibição? Eu aposto minhas fichas que não.


Pasión Y Poder (2015)

Pôster promocional de Pasión y Poder - Créditos: Televisa S.A


A pior produção da Televisa em 2015, mas que ainda assim ganhou o prêmio TvYNovelas de melhor telenovela. Essa trama teve um dos piores roteiros dos últimos tempos. Acredito que os roteiristas adaptaram a história com a seguinte temática em mente: “Como no elenco tem o Fernando Colunga e o Jorge Salinas, a gente pode escrever qualquer coisa que o público não vai se importar e os dois astros vão segurar a audiência”. Se a intenção era essa, o buraco foi bem mais embaixo... A trama não tinha nenhum carisma junto ao público mexicano, era repleta de cenas de sexo desnecessárias para tentar reverter à baixa audiência e tanto Salinas quanto Colunga tiveram aqui os piores papéis de suas carreiras. A escolha de Susana González como protagonista também não foi feliz e se sua personagem Júlia antes sofria abusos e humilhações por parte do seu marido, personagem de Colunga que era o vilão da trama, ela o perdoava de um capítulo para outro diante de sua redenção que acontecia de uma forma milagrosa. Além de ser bem ruim, a novela foi um desserviço total ao tratar de assuntos sérios de forma bem leve, além de passar a mensagem errada de que uma mulher que sofre abusos pelo marido deve ficar esperando sua redenção. Que nunca chegue as tardes do SBT.


Corazón Salvaje (2009)

Foto promocional de Corazón Salvaje - Créditos: Televisa S.A

Na tentativa de mostrar pro público e para Carla Estrada que também sabia fazer novelas de época, a única coisa que Salvador Mejía conseguiu foi passar ao ridículo e apresentar o pior folhetim de sua trajetória como produtor. Ele até que escalou um grande elenco composto por Eduardo Yáñez, Helena Rojo, Laura Flores, trouxe de volta a estrela Aracely Arámbula às novelas num papel duplo, mas por fim tomou uma péssima decisão: juntar a história de Coração Selvagem com a de “Eu Compro Essa Mulher”, sendo essa sem sombra de dúvida o maior erro da produção.

As duas histórias eram de épocas, mas isso não queria dizer que obrigatoriamente combinariam. Mejía ainda vendeu a novela pro público como uma produção luxuosa, mas os péssimos cenários, os efeitos visuais amadores e o figurino ridículo diziam outra coisa. A novela deu a estrela Angelique Boyer sua primeira grande oportunidade como atriz, após Rebelde, mas nem ela seria um atrativo suficiente para que o público do SBT conferisse essa novela de gosto bem duvidoso.

La Tempestad (2013)

Pôster promocional de La Tempestad para o mercado latino - Créditos: Televisa S.A


Mais um fracasso na carreira de Salvador Mejía! Essa foi uma das produções mais esquisitas já feitas pela Televisa. Vamos começar pelo roteiro de Liliana Abud que fez uma péssima adaptação de um folhetim colombiano de 2005, ao tentar fazer um remake e uma história original ao mesmo tempo, a única coisa que ela conseguiu foi apresentar uma trama totalmente sem nexo. 


Colocar Ximena Navarrete como protagonista foi uma ideia “brilhante” de Mejía já que a moça não era nem atriz e muito menos talentosa, mas o produtor achando pouco ainda deu uma irmã gêmea pra moça a fim de fechar o circo. William Levy teve aqui se pior papel na Televisa e junto com seu visual nada criativo, não convenceu em nenhum momento com seu galã Damián. A única coisa relevante que a novela apresentou foram os vilões Esthercita e Ernesto vividos pela sempre ótima atriz Laura Carmine e pelo sempre competente Manuel Ojeda. A trama tem no elenco rostos muitos conhecidos do público brasileiro, como Daniela Romo, Nora Salinas, César Évora, Mariana Seoane, Maria Sorté e muitos outros, mas nem eles e nem o rostinho bonito de Levy podem garantir o público do SBT a conferir esse de circo de péssimo gosto.


El Vuelo De La Victoria (2017)

Foto promocional de El vuelo de la victoria - Créditos: Televisa S.A

A produtora Nathalie Lartilleux vinha de três grandes sucessos seguidos (Coração Indomável, A Gata e Um Caminho Para O Destino), e tentava novamente emplacar mais uma trama nos mesmos moldes, só que esse folhetim não deu a mesma sorte que as tramas citadas anteriormente. 

A novela era um remake da venezuelana “Como Tú, Ninguna” que tinha uma ótima história e a adaptação mexicana tinha potencial para ir bem, só que os roteiristas não souberam adaptar bem a trama, que apresentava uma história lenta e cheia de acontecimentos sem sentido algum, a cereja do bolo veio no último capítulo, com um desfecho que mostrou a falta de noção total dos roteiristas e que desagradou até mesmo quem era fã cativo do folhetim. 

Outro ponto que a produtora errou foi na escolha do elenco que era bem fraco e cansativo. A briga nos bastidores entre Paulina Goto e Elizabeth Álvarez foi o ponto alto da trama, que por sinal vai ser bem mais lembrada do que a novela em si daqui a alguns anos. Nathalie emplacou grandes sucessos no SBT é verdade, só que essa trama tem tudo para ser seu primeiro fracasso na emissora, caso seja exibida por aqui.


BÔNUS

Libre para Amarte (2013)

Gloria Trevi e Eduardo Santamarina em cena da novela 'Libre para Amarte' - Créditos: Televisa S.A

Gloria Trevi é uma cantora excepcional, mas como atriz, não dá. E a prova viva disso é "Libre para Amarte". Produção de Emilio Larrosa que tentou seguir os moldes de "El premio mayor" e revelar outra cantora. Não deu certo.

Libre para Amarte não agradou a audiência mexicana, assim como o espectador. A novela é tão esquecível, que nunca foi reprisada.

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Concordam comigo? Se não, deixem nos comentários as novelas que vocês acham que não deveriam ser exibidas nas novelas da tarde.

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