Imagem meramente ilustrativa - Reprodução Internet |
Brinquedos de parque me assustam, principalmente aqueles que caem, que rodam, que balançam. Ou seja, a maioria. Tenho trauma de roda gigante e não me aventuro em montanha-russa. Já em clubes, quando vejo alguém descendo em toboágua, meu coração treme de medo.
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Para conseguir esse carinho era preciso esperar horas comendo algodão doce e pipoca, segurando a ansiedade, o xixi, o cansaço dos pais, o calor na moleira. Contudo, estar de mãos dadas com o ídolo da televisão era a materialização dos sonhos mais puros.
Acho a cama elástica um perigo constante. A meninada subindo e descendo, cada uma querendo ocupar o maior espaço, empurrões daqui, pernas em chutes acolá, trombadas nas quedas. Os menores admirando os pulos altos dos mais crescidos. Os monitores de olho nas mensagens de celulares, os pais bebendo e comendo nos fundos da festa, e as crianças nem um pouco preocupadas com a existência de boletos. Conferir a resistência das molas? A validade das cordas? O material da cerca de proteção? Ninguém repara nisso... Sinto que deixar o filho gastando a energia num cercadinho é um alívio para os adultos que também querem um momento de lazer, e de paz. No entanto, acidentes não foram previstos, não é mesmo? Só que eles acontecem o tempo todo.
Isso não é chatice de um tio que parece ser ranzinza porque não gosta de brinquedos que beiram o limite da aventura. É preocupação mesmo. É prudência observar mais o que as crianças fazem enquanto estão crescendo. Elas são curiosas, travessas e anseiam por experiências. Só aprenderão que tomada dá choque quando forem alertadas do perigo. Vão dar valor à respiração, depois de “tomar um caldo” no mar. Lerão livros se tiverem estímulo.
Serão prósperas se souberem o valor do dinheiro. Comerão comidas diferentes se um dia a batata frita não for o prato principal. Comigo foi assim: só aprendi que osso quebra quando tomei um tombo caindo de uma rede instalada a 20 centímetros do chão. Gesso por um mês, fisioterapia por dois, e anos de histórias para contar.
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Artigo publicado originalmente no site Blog do Juliano
Juliano Azevedo
Jornalista, Professor, Terapeuta Transpessoal
Mestre em Estudos Culturais Contemporâneos
E-mail: julianoazevedo@gmail.com
Instagram: @julianoazevedo
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Jornalista, Professor, Terapeuta Transpessoal
Mestre em Estudos Culturais Contemporâneos
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