Créditos: Reprodução Internet |
Acordou cedo, fora do horário normal, pois um compromisso o esperava logo em seu dia de folga. Cinco da manhã, a cama o expulsou após o grito estridente do despertador do celular. Enrolou uns 15 minutos, sentado na cadeira ao lado, que era usada como suporte para roupas e travesseiros, auxiliar para calçar os sapatos.
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Quis trocar os sapatos por chinelos, a calça por uma sunga, a camisa manga longa por um peito nu. Pensou em pés descalços balançando no ritmo do ir e vir das ondas saudosas. Diante do dilema, agradeceu por não ter que usar gravatas.
O Uber já sinalizava proximidade e ele ainda nem havia escovado os dentes. Escolheu uns óculos da cor da camisa, apenas por coincidência da lista cromática da vida. Aro azul. Quis levar guarda-chuva, um casaquinho. Saiu só com a mochila preparada na noite anterior com os objetos necessários para a reunião de negócios. Lembrou-se de uma canção: “meu escritório é na praia, estou sempre na área, mas eu não sou daquela laia não. Deixe viver...” Pin. Apitou sinalizando a chegada do motorista já na portaria..
Antes de sair de casa, abriu o oráculo de cartas de mensagens para serem lidas diariamente. Cada dia uma lição, um pensamento, uma provocação. Naquela manhã de quinta, todos os acontecimentos estavam sincrônicos: “Por que você permanece na prisão quando a porta está completamente aberta? Rumi”. Antes de decidir o que responder, seguiu para sua viagem rumo ao trabalho. No entanto, os devaneios não saíam da cabeça. Paz e Luz.
Artigo publicado originalmente no site Blog do Juliano
Juliano Azevedo
Jornalista, Professor, Escritor, Terapeuta Transpessoal
E-mail: julianoazevedo@gmail.com
Instagram: @julianoazevedo
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