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#ControleRemoto: Crítica - Filme "Fullmetal Alchemist"


A coluna Controle Remoto está de volta, após um não tão pequeno recesso, mas já vamos começar com a análise de um filme muito esperado pelos fãs de animes, Fullmetal Alchemist é o mais novo live action que recebe o selo Original Netflix. 

Querendo ou não, a adaptação do anime Fullmetal Alchemist criou um pouco de expectativa entre os seus fãs, digo isso porque assim como eu, muitos ficaram desapontados com o filme Death Note, uma adaptação que desconfigurou toda a essência do anime, com isso todos nós ficamos com um pé atrás quando o assunto é adaptação de anime em live action. Ainda bem que com Fullmetal foi diferente, já era visível as semelhanças entre o filme e o anime em seus trailers, isso fez acender uma luz no fim do túnel.  



Adaptação, uma das tarefas mais difíceis para os produtores de cinema, principalmente quando falamos de produtos que alcançaram extremo sucesso e possuem uma verdadeira legião de fãs, já traz consigo o desafio de agradar esse público que em sua grande maioria espera por uma produção bem fiel a sua obra original. Como já era esperado, FullMetal sofreu mudanças, muitos personagens, núcleos, além de outros detalhes da anime foram deixados de lado e vários outros elementos e diálogos foram criados e incorporados. Adaptar este anime deve ter sido um verdadeiro desafio, uma obra extensa, com um enredo elaborado, repleto de personagens, pequenos núcleos paralelos e uma narrativa muito bem construída em cada um de seus detalhes, deve ter tirado o sono do responsável por recontar essa história no filme.


Primeira abertura do anime

Seus produtores produziram um longa para agradar o fãs e o transformaram em uma espécie de propaganda do anime para chamar a atenção daqueles que não conhecem a animação que foi lançada em 2003. 

O filme possui alguns detalhes que me incomodaram,  entre eles o ritmo acelerado, para quem não conhece o anime fica um pouco complicado acompanhar o desenvolvimento do seu enredo, principalmente em alguns pontos da história que poderiam ser melhor esclarecidos, creio que usar aquela tradicional narração do protagonista explicando detalhes sobre esse universo da alquimia poderia ajudar ainda mais ao telespectador a compreender esse mundo.


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Alphonse Elric
A caracterização dos personagens ficou muito boa, o que mais se destacou foi o Alphonse, a armadura ficou perfeita. Um ponto que considero muito positivo foram as cenas de ação, que ao meu ver foram poucas, porém muito bem produzidas, aquela batalha com o reverendo Cornello foi muito bem feita! Os efeitos especiais e a computação gráfica ficou do jeito que eu esperava e com certeza um dos pontos mais fortes do filme.   
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Imagem - reprodução 

A essência dos personagens foi preservada, apesar que as atuações deixaram um pouco a desejar. Mesmo com todas as modificações, muitas perguntas acabaram ficando sem repostas, entre elas como os homúnculos foram criados? Quem seria o chefe deles? Como o Edward Elric se tornou um Alquimista Federal? São pontos importantes que deveriam ser esclarecidos tanto para quem não conhece como para os que já tem conhecimento sobre a obra, pois as modificações deram um tom diferente a história. Tais modificações podem desagradar os fãs mais apaixonados, mas creio que todas as alteações foram bem pensadas, elas não desconfiguraram o anime e a direção soube compensar com cenas bem elaboradas. 

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Considero Fullmetal Alchemist como um bom filme, nada muito espetacular, mas que vai agradar a muitos. Afirmo isso porque diferentemente de Death Note, a história dos irmãos Elric é muito mais complexa para se adaptar por seu conteúdo ser muito vasto e os produtores japoneses não tentaram reinventar a "roda" como os de Death Note, que na tentativa de americanizar o anime, acabaram o desconfigurando por completo.   


Espero que tenham gostado! Até a próxima

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