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#EncontroNoSupermercado
O telefonema daquele dia me ajudou a repensar certos valores a respeito de Lizandra, não que ela tivesse melhorado no quesito bebedeira, mas que a esponja de pinga, merecia sim, ser feliz.
Contatei Fábio no mercadinho, ele estava comprando um tomate e uma cebola pro almoço, enquanto a gostosa que argumenta por aqui estava abastecendo o carrinho com doces e salgadinhos pra semana. Nada mais justo. Coloquei um Trident na boca (para disfarçar o bafo da salada de repolho com fritada de alho) e me aproximei do moço casto.
- Perdão, acho que não te conheço, você é novo por aqui?
- Sim, me mudei faz pouco tempo. Que insolência a minha, prazer, meu nome é Fábio.
Esticou as mãos na minha direção e retribui quase que instantaneamente. Não esperava, mas Fábio apertou tão forte o meu conjunto de dedos, que a resposta foi um rosto avermelhado e uma onda de calor. Gaguejei ao responder:
- A-a-a-cha, sem problemas. Eeee-u não costumo sair muito mesmo, sou mais reservada.
- Notei isso, sou seu vizinho.
- Não creio! Que novidade.
Com a abertura, deixei a santa e me vesti de malévola.
- Desculpe-me a ousadia, mas você é casado?
- Quem me dera, sou puro, se é que me entende.
- Entendo. Queria te perguntar uma coisa, mas acho muito invasivo.
- Pode perguntar, não tenho medo de responder. Somos apenas duas pessoas conversando.
- Pois bem, minha dúvida é... "Você já transou alguma vez?".
- Não! Estou a espera da pessoa certa.
Dei um grito, seguido de risadas altas. Me recuperei após notar um certo desconforto no rosto de Fábio.
- Qual é a graça? Tenho nariz de palhaço no rosto?
- Desculpa, desculpa, desculpa, foi espontâneo, juro por Deus.
- Sempre a mesma coisa, pareço um "bocó" por sempre atender. Com licença preciso preparar meu almoço.
Que vergonha, se tivesse um buraco próximo a mim naquele momento, sem dúvida pularia. Só queria me esconder, mas engoli o sentimento e corri em sua direção, o alcancei na porta, segurei seu braço esquerdo e clamei por atenção.
- Fábio, espere, preciso falar com você!
- Sou atencioso, humilde, mas não besta. Se quer alguém para zoar, procure um picadeiro.
Comecei a bater o pé no chão, dar leves pulinhos e choramingar feito criança, ritmo que o barrigão de oito meses acompanhava a muito custo. Fábio parou, olhou, ficou meio sem graça e veio novamente em minha direção.
- Não precisa fazer estrelismo ou algo do tipo. Você errou, eu te perdoo.
- Sério? Sério mesmo? Porque juro, juro por meu filho que ainda não nasceu, que foi sem querer.
- Sem problemas, vamos fazer o seguinte: "Prazer, meu nome é Fábio".
- Que amor... esqueceu tudo. Já quero você no meu vínculo social.
Ficou tudo resolvido em uma série de abraços e beijos no rosto.
- Fábio já que nos acertamos, gostaria de te convidar para jantar na minha casa hoje a noite.
- Claro, uma excelente ideia. Posso levar uma carne seca com abóbora.
- Leva sim. Será uma feliz oportunidade para nos conhecermos melhor, e também poderei abrir uns dos meus vinhos guardados das cestas de natal, já que terei companhia.
- Mas e o bebê?
- Vou tomar só o necessário, já você...
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- Perdão, acho que não te conheço, você é novo por aqui?
- Sim, me mudei faz pouco tempo. Que insolência a minha, prazer, meu nome é Fábio.
Esticou as mãos na minha direção e retribui quase que instantaneamente. Não esperava, mas Fábio apertou tão forte o meu conjunto de dedos, que a resposta foi um rosto avermelhado e uma onda de calor. Gaguejei ao responder:
- A-a-a-cha, sem problemas. Eeee-u não costumo sair muito mesmo, sou mais reservada.
- Notei isso, sou seu vizinho.
- Não creio! Que novidade.
Com a abertura, deixei a santa e me vesti de malévola.
- Desculpe-me a ousadia, mas você é casado?
- Quem me dera, sou puro, se é que me entende.
- Entendo. Queria te perguntar uma coisa, mas acho muito invasivo.
- Pode perguntar, não tenho medo de responder. Somos apenas duas pessoas conversando.
- Pois bem, minha dúvida é... "Você já transou alguma vez?".
- Não! Estou a espera da pessoa certa.
Dei um grito, seguido de risadas altas. Me recuperei após notar um certo desconforto no rosto de Fábio.
- Qual é a graça? Tenho nariz de palhaço no rosto?
- Desculpa, desculpa, desculpa, foi espontâneo, juro por Deus.
- Sempre a mesma coisa, pareço um "bocó" por sempre atender. Com licença preciso preparar meu almoço.
Que vergonha, se tivesse um buraco próximo a mim naquele momento, sem dúvida pularia. Só queria me esconder, mas engoli o sentimento e corri em sua direção, o alcancei na porta, segurei seu braço esquerdo e clamei por atenção.
- Fábio, espere, preciso falar com você!
- Sou atencioso, humilde, mas não besta. Se quer alguém para zoar, procure um picadeiro.
Comecei a bater o pé no chão, dar leves pulinhos e choramingar feito criança, ritmo que o barrigão de oito meses acompanhava a muito custo. Fábio parou, olhou, ficou meio sem graça e veio novamente em minha direção.
- Não precisa fazer estrelismo ou algo do tipo. Você errou, eu te perdoo.
- Sério? Sério mesmo? Porque juro, juro por meu filho que ainda não nasceu, que foi sem querer.
- Sem problemas, vamos fazer o seguinte: "Prazer, meu nome é Fábio".
- Que amor... esqueceu tudo. Já quero você no meu vínculo social.
Ficou tudo resolvido em uma série de abraços e beijos no rosto.
- Fábio já que nos acertamos, gostaria de te convidar para jantar na minha casa hoje a noite.
- Claro, uma excelente ideia. Posso levar uma carne seca com abóbora.
- Leva sim. Será uma feliz oportunidade para nos conhecermos melhor, e também poderei abrir uns dos meus vinhos guardados das cestas de natal, já que terei companhia.
- Mas e o bebê?
- Vou tomar só o necessário, já você...
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