
Israel vai continuar participando do Eurovision
(Foto: EBU)
Foi realizado hoje (04) na Suíça a Assembleia Geral da EBU para decidir a aprovação de novas regras para o Eurovision 2026 e sobre a continuidade de Israel. Após horas de reunião, foi aprovada as regras propostas, assim como a permanência de Israel, gerando repúdio de emissoras que são membros da organização.
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Com a permanência de Israel no Eurovision, a RTVE da Espanha, RTE da Irlanda, AVOTROS dos Países Baixos e RTVSLO da Eslovênia anunciaram que não vão participar da competição no ano que vem. A emissora RÚV da Islândia e a RTBF da Bélgica irão decidir nos próximos dias se vão participar da competição.
As novas regras aprovadas foram:
- Proibição de promoções de terceiros;
- Volta do júri nas semifinais e aumento do júri de 7 para 10 membros;
- Menos votos por aparelho, reduzindo de 20 para 10.
Com representantes de diversos países, a votação foi dividida em 738 votos a favor das novas regras, 264 contra e 120 abstenções.
Após a realização da Assembleia Geral, a EBU divulgou uma nota falando sobre a permanência de Israel e aprovação de novas regras:
Os participantes que representam os membros da EBU foram convidados a votar de forma secreta sobre se estavam suficientemente satisfeitos com as novas medidas e resguardas anunciadas no mês passado, sem que houvesse uma votação sobre a participação no evento do próximo ano.
A grande maioria dos membros concordou que não havia necessidade de uma nova votação sobre a participação e que o Eurovision 2026 deveria prosseguir conforme planejado, com os resguardos adicionais em vigor.
Antes da votação, houve um amplo debate no qual os membros expressaram uma variedade de opiniões sobre a participação no Eurovision. Muitos membros também aproveitaram a oportunidade para enfatizar a importância de proteger a independência dos meios de comunicação de serviço público e a liberdade de imprensa para noticiar, sobretudo em zonas de conflito como Gaza.
Após o debate, a presidente da EBU, Delphine Ernotte Cunci, declarou: “O resultado desta votação demonstra o compromisso compartilhado de nossos membros em proteger a transparência e a confiança no Eurovision, o maior evento de música ao vivo do mundo.”
“Gostaria de agradecer a todos os membros por suas contribuições ponderadas, respeitosas e construtivas durante a sessão de hoje e ao longo do extenso processo de consulta realizado este ano.”
“Essas discussões levaram a mudanças significativas nas regras do Eurovision, garantindo que ele continue sendo um espaço de união e intercâmbio cultural.”
Após a votação, as emissoras serão solicitadas a confirmar sua participação no Festival de 2026. A lista completa dos participantes da 70ª edição do Eurovision será anunciada antes do Natal.
O OUTRO LADO
Uma das primeiras emissoras a falar abertamente contra a permanência de Israel foi a RTVE, quando enviou uma carta para a EBU em maio, solicitando um debate sobre a participação de Israel, subindo o tom em setembro quando solicitou diretamente a retirada.
A televisão espanhola confirmou que além de não participar do Eurovision, também não irá transmitir as semifinais e a final da competição que acontecerá nos dias 12, 14 e 16 de maio, em Viena, Áustria. A RTVE, junto com outros sete países, também solicitaram por escrito que fosse votada especificamente e de forma secreta a permanência de Israel, mas foi negada pela EBU, pois as novas regras foram aprovadas e, consequentemente, evitava a realização de uma votação direta.
Através do X, o presidente da RTVE, José Pablo López disse que "o que aconteceu na Assembleia Geral da EBU confirma que o Eurovision não é um concurso de músicas, mas sim um festival dominado por interesses geopolíticos e fragmentado.".
Em comunicado oficial, a RTVE disse que também solicitou uma votação sobre uma possível suspensão temporária de no mínimo 1 ano para a emissora israelense KAN, com a opção de uma revisão ao término do período de 1 ano de suspensão. Também contam que a direção da EBU e do Eurovision "está causando uma das maiores tensões internas na história da organização"
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O Secretário Geral da RTVE, Alfonso Morales também se posicionou, afirmando que mantém a posição de retirar a Espanha da competição, "com respeito e a profunda preocupação pela situação complicada na qual nos encontramos, com a esperança de sermos capazes de continuar adiante e permanecer unidos na EBU.".
Por mais que tenham desistido de participar, a RTVE anunciou que o Benidorm Fest 2026 será realizado.
A RTÉ, emissora da Irlanda, também comunicou que não irá participar do Eurovision.
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Após os desdobramentos na Assembleia Geral da EBU em Geneva, na qual a participação de Israel no Eurovision Song Contest 2026 foi confirmada, a posição da RTÉ continua a mesma: a RTÉ não participará e nem irá transmitir do Eurovision.
A RTÉ sente que a participação da Irlanda continua sendo inconcebível, considerando a terrível perda de vidas em Gaza e a crise humanitária na qual continua a colocar em risco a vida de tantos civis. RTÉ continua preocupada com a morte de jornalistas em Gaza durante o conflito e que a contínua negação de acesso internacional de jornalistas ao território.
AVOTROS, emissora dos Países Baixos divulgou também uma nota afirmando que não estará no Eurovision 2026, informando que "após pesar todas as perspectivas, foi concluído que sob as atuais circunstâncias, a participação não pode ser reconciliado com valores públicos que são fundamentais para a nossa organização.
Além da Espanha, Irlanda e Países Baixos, a Eslovênia, através da emissora RTVSLO também não irá participar do Eurovision, informando que "devemos seguir os padrões europeus de paz e entendimento. Desde o início, o Eurovision Song Contest foi um espaço de alegria e felicidade onde artistas e público sempre se uniram pela música e assim deve ser.".
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