As telenovelas tem a função de gerar entretenimento e sobretudo de informar, observando o que está a sua volta e transmitindo algo mais próximo da realidade possível. O gênero novela é antigo, mas tem ganhado novas camadas a cada dia, absorvendo o factual como deve ser.
Seguindo nessa linha, a temática lgbtqiap+ enquadra-se neste âmbito e a abertura para uma janela de exibição mostre/a o amor plural é realmente válido e importante. Na América Latina, alguns países têm caminhado para trilhar de maneira harmônica, representativa e orgânica o amor em suas novelas, séries e teleseries.
No México, por exemplo, "Vencer la Culpa" apresenta em seu cerne folhetinesco a transexualidade através do drama de Dulce; enquanto na Argentina "Buenos Chicos" da El Trece narra a rejeição da família ao entorno também da transição de gênero e a busca para combater o preconceito. No Brasil, a atual telenovela do horário nobre da Rede Globo leva ao ar dois casais homossexuais, onde um deles concentra praticamente o apoio total dos telespectadores.
Créditos: Chilevisión/Paramount+ |
Contudo é no Chile que questões relacionadas a sexualidade são discutidas abertamente com o público em suas obras televisivas. "Generación 98" criação de Pablo Illanes, por exemplo, inclui o romance entre Paula e Catalina, de forma muito responsável, enquanto "Como la vida misma" também do canal Mega aposta no amor de Thiago e Joselo - com muita tranquilidade. Porém é com "Dime con quién andas" do Chilevisión que a temática é ainda mais incisiva, ao ambientar na obra original dois casais lésbicos.
Créditos: Chilevisión/Paramount+ |
Lorena Bosch e Elvira Cristi, dão vida Aurora e Monica, um dos casais sáficos da teleserie citada por último. O romance das personagens além de conquistar o apelo do público é enfático ao narrar um amor singular entre duas mulheres que surge de forma natural e independente, mostrando as nuances que a descoberta traz para a vida de mulheres já bem estruturadas e maduras. Elvira, atriz e radialista, em suas redes sociais, tem celebrado a abertura para viver uma personagem tão necessária. Agora é esperar que o desenvolvimento do casal, apelidado de "Monora" ganhe tempo de tela e mais script, pois é nítido que é possível criar algo realmente interessante.
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