ALERTA: O TEXTO CONTÉM ALGUNS SPOILERS DA SEGUNDA TEMPORADA DA SÉRIE
Além disso, os diálogos são pobres e os vilões não conseguem ingerir uma dose de humanidade sequer, parece que estamos diante de personagens dignos de vilanias dos anos 80, junto a isso não existe uma linha cômica ou um momento que transpareça algo singelo.
Outro ponto que a série derrapa bastante é nos inúmeros (e chatos) flashbacks, a cada episódio é no mínimo dois takes do passado, que não levam a lugar nenhum também e muitos deles acabam se contradizendo com alguns fatos mostrados na primeira parte e até mesmo com o que foi apresentado na segunda parte.
A revelação de que Marifer era a assassina, além de não ter emoção, não convenceu em nenhum momento que ela era de fato a pessoa responsável pela morte de Sara e já ficava claro que viria a surgir um novo candidato para o posto. Todo o núcleo envolvendo ela e Clara, parece não conseguir se conectar em nenhum momento com o fio central de Aléx e o fato delas serem irmãs de Sara, a impressão que fica era que nem as atrizes estavam conseguindo se encontrar com a história. (P.S. Amo as duas, foi apenas culpa do roteiro e da direção mesmo).
Fátima Molina e Eugenio Siller em cena da série - Créditos: Netflix |
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A relação de Aléx com Elisa não saiu do lugar e só serviu pra 'encher línguiça'. Vamos ser sinceros caro leitor(a), em algum momento você se importou com a relação dos dois? Aléx só reclama e está com a mesma cara a cada take da trama e Elisa parece nunca se encontrar no meio de tudo aquilo. Ninguém liga para o rumo de ambos.
A relação de Chema e Lorenzo foi um dos pontos altos de toda a primeira parte, mas que infelizmente desandou na nova leva de episódios. Além de toda a trama junto com Clara, era notório que o roteiro queria a qualquer custo sabotar a relação de ambos, mas sério produção, mudar Lorenzo de um advogado sensato para um advogado que oculta um cadáver não teve muita lógica, ainda mais levando em conta que todo o assassinato envolvendo ele, Chema e Clara foi em legítima defesa. Essa cena foi totalmente sem pé e cabeça, algo lamentável de ser ver.
Achando pouco, os roteiristas ainda mataram Lorenzo em uma cena pra lá de superficial, algo totalmente sem emoção, no final do episódio ele morre e depois não temos nem uma cena de velório ou momento significativo. Um dos melhores personagens da série, merecia um final mais digno.
No final de tudo isso, a pergunta que reflete o título a série, parece ter ficado esquecida no meio de toda essa salada de frutas e chegou num determinado ponto que o público não se importava mais com quem tinha matado e sim com quem tinha feito esse favor, porque a personagem é tão irritante que sua morte não causa comoção e sim alegria no telespectador.
Seja Mariana, Elroy, Marifer, Nicandro ou qualquer outro personagem que tenha matado Sara. Fica aqui o nosso agradecimento por esse feito, você livrou o público de ter que ficar acompanhado ainda mais aquela personagem insuportável e caso tenha uma terceira temporada, já temos que ficar alerta, porque é capaz do roteiro englobar até a mãe dela como a possível anfitriã do evento e a pergunta central ficar rolando por mais e mais temporadas.
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Luis Roberto Guzmán e Eugenio Siller em cena da série - Créditos: Netflix |
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Elenco em foto promocional da série - Créditos: Netflix |
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