Elenco em foto promocional da série - Créditos: StarzPlay |
A série acompanha os encontros e desencontros de Marianne e Connell, dos jovens de origem diferentes que acabam se apaixonando um pelo o outro durante diferente fases da vida, como o ensino médio em uma pequena cidade da Irlanda e a universidade em Dublin.
É no silêncio que o personagem vai se modulando perante ao público, sendo elaborado desde de tudo aquilo que não é expressado, de todos os gestos não emitidos, de todas as ações inclusas. Essa construção além de ser incrivelmente escrita no roteiro, também é transmitida de forma magistral por seu intérprete, Paul Mescal.
Se Connell é um personagem que se modula pelo
silêncio e por sua timidez, Marianne é o contrário disso. Vinda de uma família
rica e repleta de problemas, ela é uma jovem que não demonstra medo de colocar tudo
que pensa na mesa e sempre possui uma ironia ácida na ponta da língua para
qualquer um, o que faz com que sua relação com seus colegas de turma seja muito
distante.
No decorrer dos episódios, vemos uma pessoa muito só e desestabilizada
pelas situações de abusos que vivenciou. Marianne é revestida de singularidade,
Daisy Edgar-Jones sabia disso e tomou a personagem para si de uma maneira fenomenal, apresentando para todos o que foi um dos trabalhos mais lindos dos últimos anos dentro da televisão. Marianne completa a tela do telespectador com sua graça, doçura e, sobretudo, garra e superação.
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Esses personagens bem construídos, muito se deve ao ótimo roteiro que é capaz de desenvolver personagens complexos, sem torná-los mocinhos ou vilões, apenas seres humanos com falhas e qualidades. A forma como o roteiro pinta o desejo e o sexo entre eles é outro acerto da produção, que não tem medo de transparecer a fria nudez das pessoas normais ou o embaraço das frivolidades de um ato sexual.
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Esses personagens bem construídos, muito se deve ao ótimo roteiro que é capaz de desenvolver personagens complexos, sem torná-los mocinhos ou vilões, apenas seres humanos com falhas e qualidades. A forma como o roteiro pinta o desejo e o sexo entre eles é outro acerto da produção, que não tem medo de transparecer a fria nudez das pessoas normais ou o embaraço das frivolidades de um ato sexual.
Elaborado por Sally Rooney, Mark O'Rowe e Alice Birch, ele é formado por falas verdadeiras, sensíveis e autênticas, temas como depressão, classes sociais diferentes e suicídio são introduzidos para a tela de uma forma muito verdadeira, com os pensamentos e colocações dos protagonistas transformando-se com o passar do tempo, mas mantendo a essência desses pensamentos.
Além disso, a direção de cena a cargo de Hattie Macdonald e Lenny Abrahamson traz um naturalismo que engrandece a tela e encanta o telespectador.
O frio irlandês, alinhado a cores suaves e delicadas transmitem a essência do momento, colaborando em todos os momentos para uma das séries mais intimistas já vistas. Os dois diretores conduzem o enredo de forma que modulam dois personagens verídicos, que falham e acertam ao longo dos 12 episódios.
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Além disso, a direção de cena a cargo de Hattie Macdonald e Lenny Abrahamson traz um naturalismo que engrandece a tela e encanta o telespectador.
Elenco em foto promocional da série - Créditos: StarzPlay |
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Ao tratar dos contratempos
do amor, alguns deles produzidos por nós mesmos, a série se lonjura dos
romances clichês adolescentes e entra no campo das sagas de amor autênticas e lúcidas.
Sagas de amor encantadoras, rígidas e habituais. E consequentemente únicas e
inesquecíveis.
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