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Relembrando Sucessos: O Privilégio de Amar, uma novela emocionante que conquistou o público


Adela Noriega e René Strickler em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

O ano era 1998 e a produtora Carla Estrada vinha do grande sucesso 'Maria Isabel' e agora tentava mais uma vez emplacar outro sucesso no horário nobre mexicano. Para isso ela decidiu fazer um remake de uma novela venezuelana chamada 'Cristal' de 1985 que apresentava uma história bem clássica de uma jovem que foi abandonada quando criança e que sonhava em ser modelo, mas que teria que enfrentar muitos obstáculos nesse caminho.

A produção do remake começou rodeada de expectativa, já que Estrada desde o princípio decidiu apostar em uma produção luxuosa ao escalar um grande elenco que tinha nomes como Adela Noriega e Helena Rojo, convidou a melhor diretora de cena da Televisa para dirigir a novela ao mesmo tempo em que o restante de sua produção era super caprichada. Foi nesse contexto que surgiu a novela que marcaria para sempre a carreira de Carla e a história da Televisa, que detêm até hoje a média de maior audiência de uma novela da história da emissora e que ficaria marcada na mente do público para sempre: 'O Privilégio de Amar'.


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Helena Rojo, Mauricio Herrera e Adela Noriega em foto promocional da novela - Créditos Televisa S.A

O folhetim segue a saga de Luciana, uma jovem que trabalha como empregada na casa dos pais do jovem seminarista João. Os dois se apaixonam e na noite que antecede a ida do rapaz para o seminário, eles se entregam ao amor que sentem.

No dia seguinte, sentindo-se culpado e confuso, João vai para o seminário e deixa para trás seu grande amor. Pouco depois, Luciana descobre que está grávida. Ana Joaquina, mãe de João, expulsa a jovem de sua casa sem permitir que ela revele sua gravidez ao amado. Sozinha e desprotegida, Luciana vai embora da cidade.

Desesperada por estar sem dinheiro, casa e emprego, Luciana deixa a filha recém-nascida na porta de uma mansão, com a esperança de que os donos adotem o bebê. Porém, as coisas não acontecem como Luciana imaginava e a família leva a criança para um orfanato.

Vinte anos depois, Luciana está muito diferente. Agora ela é uma mulher bem sucedida, dona de uma prestigiada casa de moda e casada com André, um famoso ator. André é pai de Victor Manuel, filho de seu primeiro casamento e os dois são pais de Elizabeth, uma jovem bem rebelde.

Cristina, a filha abandonada por Luciana, é uma linda jovem de bons sentimentos. Seu sonho é ser modelo, mas enquanto não vê seu sonho se realizar, trabalha duro para poder se sustentar. Cristina divide o apartamento com duas outras jovens chamadas Lourença e Magnólia.

Cristina começa a trabalhar na loja de Luciana e depois de muito sacrifício se transforma numa modelo. É nesse momento que ela conhece Vítor Manuel, o enteado de Luciana, e se apaixona por ele.

Já João é um sacerdote que dedica sua vida a ajudar pessoas necessitadas. Ele nunca soube da existência de sua filha. Um dia é procurado por Luciana que, cheia de remorsos, conta a ele toda a verdade. Chocado com a notícia, João começa uma busca para encontrar sua filha.


René Strickler, Andrés García, Helena Rojo e Adriana Nieto em foto promocional da novela - Créditos: Televisa S.A

'O Privilégio de Amar' teve uma produção repleta de acertos, foi praticamente perfeita. Carla Estrada mais uma vez arrasou na escalação do elenco, nos cenários, no figurino, acertou em cheio na escalação de Liliana Abud para adaptação da obra e também na escolha de Mónica Miguel e Miguel Córcega para a direção de cena. O elenco do folhetim foi um dos mais grandiosos daquele período e certamente houveram muitos destaques.

Helena Rojo deu um show na pele da sofrida Luciana Duval, uma mulher rodeada de luxos, mas que não era completamente feliz pelo fato de ter tido que abandonar a filha recém-nascida quando jovem.  Luciana era no início da trama uma vilã que judiava de Cristina sem saber que era sua verdadeira filha e no decorrer da trama foi se transformando em uma grande heroína. A atriz esbanjou talento, carisma e elegância nessa que é uma de suas melhores performances.

Adela Noriega esteve perfeita como sempre na pele da abalada Cristina, uma jovem que sonhava em ser uma grande modelo e que sofria horrores nas mãos de Luciana após se envolver com Victor Manuel, enteado de Luciana.

Cynthia Klitbo na pele da psicótica Tamara foi um dos grandes destaques da obra, impossível esquecer a cena dos capítulos finais na qual ela raspa sua cabeça. Enrique Rocha na pele do invejoso Nicolas também esteve super bem, seu personagem era realmente detestável. E o que falar de Marga López na pele da megera Ana Joaquina, a atriz brilhou com essa personagem que fazia suas maldades com base em sua fé.



César Évora, Marga López e Adela Noriega em cena da novela - Créditos: Televisa S.A

Dentre os coadjuvantes muitos se destacaram, a começar por César Évora na pele do padre João da Cruz o verdadeiro pai de Cristina, sua atuação chegou a ser elogiada inclusive pelo próprio vaticano. Sabine Moussier na pele da atrevida Lourença se destacou bastante, principalmente na fase em que sofria de câncer de mama, algo bem abordado na novela. Maty Huitrón se saiu muito bem na pele da alcoólatra Bárbara, a verdadeira mãe de Victor Manuel.

Adriana Nieto esteve ótima na pele da rebelde Elizabeth filha de Luciana e André que ficava paraplégica após sofrer um acidente. Curiosamente por pouco ela não ficou com o papel, já que inicialmente Michelle Vieth viveria a personagem, felizmente isso não aconteceu.

Toño Mauri na pele do bondoso e abalado Alonso um jovem que sofria de leucemia se saiu bem, assim como María Sorté que como sempre esteve ótima na pele de Vivián a mãe de Alonso. O papel estava abaixo de sua capacidade como atriz, mas ela aceitou e arrasou.

De negativo em relação as atuações podemos citar a de Andrés García na pele de André Duval, onde o ator praticamente viveu ele mesmo, sempre foi um canastrão, mas em compensação tem carisma de sobra para "esconder" sua atuação ruim aos olhos do público.


Helena Rojo e Andrés García em foto promocional do folhetim - Créditos: Televisa S.A

Algo inesquecível da novela foi seu belíssimo tema de abertura interpretado por Manuel Mijares e Lucero, aliás a abertura em si foi marcante, como esquecer aquele plano sequência realizado na mansão de Luciana?

O roteiro foi bastante satisfatório, mas pecou só em um ponto específico, a famosa semana das lembranças. Carla Estrada devido as festas de fim de ano não queria que a história andasse para que o público não perdesse nada, a solução encontrada foi que Luciana sofresse um acidente e que ficasse em coma, desta maneira, durante o coma recordasse cenas da novela. Entendo que a produtora quis achar uma solução que beneficiasse a todos, mas acredito que isso deu a ligeira impressão de que a novela tinha criado a famosa 'barriga', essa foi uma semana por sinal bem sofrível de acompanhar.

Nos prêmios TVyNovelas de 1999 recebeu 13 indicações vencendo em 12 categorias incluindo a de Melhor Novela, o folhetim foi a obra mais premiada da história do prêmio por vinte anos, somente em 2019 'Amar a Muerte' folhetim estrelado por Angelique Boyer superou esse recorde ao vencer em 14 categorias. Uma curiosidade é que essa foi a maior novela já produzida por Carla, com 155 capítulos.

Em 2020 deve ganhar uma nova versão na Televisa, agora em formato de série dentro do projeto 'Fábrica de Sueños', essa nova versão será produzida novamente por Carla Estrada, a produtora inclusive disse que nessa nova roupagem vai sofrer algumas alterações, mas que a essência original da história irá ser mantida. O projeto inclusive pode contar com Lucero no papel que foi de Helena Rojo. Ansiosos?


René Strickler e Adela Noriega em cena do folhetim - Créditos: Televisa S.A


No Brasil foi exibida pelo SBT entre 9 de novembro de 1999 a 9 de maio de 2000, substituindo 'A Usurpadora' e sendo substituída por 'A Mentira' ás 20:30h, em 157 capítulos. Foi reprisada pela primeira vez pelo SBT entre 4 de fevereiro e 3 de maio de 2002 em 65 capítulos substituindo 'Preciosa' e sendo substituída pelo programa 'Falando Francamente'. Foi reprisada pela segunda vez pelo SBT entre 3 de março e 30 de junho de 2008 em 86 capítulos substituindo 'Maria do Bairro' e sendo substituída pelo seriado 'Chaves'.Por fim foi reprisada pela terceira vez pelo SBT entre 19 de agosto de 2013 a 14 de fevereiro de 2014 em 127 capítulos substituindo o programa 'Casos de Família' e sendo substituída pela reprise de 'Por Teu Amor'.

Durante suas três primeiras exibições o tema de abertura exibido pela emissora foi 'O amor sabe o que faz' de Marcelo Augusto, apenas na quarta exibição foi exibida com o tema original interpretado por Mijares e Lucero.

Adela Noriega em foto promocional do folhetim - Créditos: Televisa S.A

No geral, 'O Privilégio de Amar' foi uma das novelas mais emocionantes já produzidas na Televisa, cativou a todos nós, fez história graças a sua super produção, ostenta até hoje alta audiência e que com certeza ficará para sempre marcada na mente do público, seja por sua maravilhosa história, por seu elenco luxuoso ou por sua bela produção. Enfim, uma novela que dispensa apresentações.




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