Desperdício de comida é um dos grandes males da sociedade - Créditos foto: Reprodução Internet |
A conversa era com amigos do trabalho, durante o horário de almoço. Estávamos com fome no feriado e o pedido do prato feito já completara 40 minutos. Atraso intenso. O estômago reclamava com ansiedade.
A comida mais estranha que experimentei, e que o sabor não agradou, foi o tal do ouriço do mar. Gosto forte, uma cor esquisita, textura áspera. Sinceramente, não dá nem para explicar. Horrível, de embrulhar o estômago. O restaurante era japonês, chique, em Balneário Camboriú. Pagamos caro pelo jantar. Em contrapartida, pela primeira e única vez, comi uma iguaria somente vista em programas de televisão. Parece moda nos realities de culinária. Da família dos moluscos, a vieira é considerada algo refinado. Nesse dia, senti-me no luxo a cada pequena mordida nas três vieiras servidas. Lembrança boa de um réveillon chuvoso.
Quando a cabeça já estava em outra dimensão, pensando na sobremesa, no sorvete, no Guarapan, chegou nosso almoço. Bife bem passado, salada de couve-flor, brócolis, tomate, cebola roxa, batata frita. Outra lembrança provocada pela confusão de idiomas. Na Alemanha, pommes é batata frita. Na França, pommes é maça. Pois é, já pedi um pensando no outro. Como a saliva já era um rio na minha boca, degustei o que veio. A fome precisava ser morta. Partimos para o almoço quente que nos esperava. Está servido?
Juliano Azevedo
Jornalista, Professor, Escritor, Terapeuta Transpessoal
Mestre em Estudos Culturais Contemporâneos
E-mail: julianoazevedo@gmail.com
Instagram: @julianoazevedo
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Artigo publicado originalmente no site: "Blog do Juliano"
Jornalista, Professor, Escritor, Terapeuta Transpessoal
Mestre em Estudos Culturais Contemporâneos
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