Aparato do Entretenimento: Festival Folclórico de Parintins: Os encantos da Amazônia mais perto do que você imagina
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Festival Folclórico de Parintins: Os encantos da Amazônia mais perto do que você imagina


Garantido e Caprichoso: esses dois nomes são familiares pra você?

Crédito: Divulgação.


Pois nesta sexta-feira, dia 28 de junho, será dada a largada para mais uma edição do Festival Folclórico de Parintins, importante festejo que ocorre nesta pequena cidade do interior do estado do Amazonas, movimentando milhares de turistas todos os anos. E o que isso tem a ver com os dois nomes citados acima? Simplesmente tudo junto e misturado numa das mais bonitas manifestações culturais do nosso Brasil.


Vista aérea da cidade de Parintins, localizada no Estado do Amazonas.
Crédito: Pedro Coelho.


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O festival folclórico de Parintins ocorre todos os anos ao longo do último final de semana de junho e ele chega a sua 54ª edição mais “pop” do que nunca. Durante as noites de sexta, sábado e domingo (atravessando um pouco a madrugada) acontece na cidade, encravada numa ilha no meio do Rio Amazonas, a apresentação de duas associações culturais, uma delas representada pelo boi de cor branca e vermelha, o Garantido, e pelo boi preto e azulado, o Caprichoso.


Alegoria do Boi Caprichoso.
Crédito: Site oficial do Boi Caprichoso.

Por meio dessas duas representatividades, desenrolam-se no Bumbódromo (local que comporta 35 mil pessoas e tendo uma estrutura parecida com a dos sambódromos de carnaval e dos estádios de futebol) as apresentações das duas associações, sempre buscando contar para o público histórias relacionadas ao folclore da Amazônia, passando desde a herança indígena até a exaltação da rica natureza da região. E os bois mostram todas essas mensagens usando as músicas, as danças e as alegorias que enchem o Bumbódromo de cor e de vibração.


Bumbódromo de Parintins: nas cadeiras azuis fica o público #Caprichoso e nas vermelhos o público #Garantido
Crédito: Euzivaldo Queiroz.

Lógico que tudo isso não ocorre de modo aleatório: tal qual o carnaval do Rio do Janeiro, os dois bois tem regras de apresentação. Nesse ponto, há jurados que avaliarão itens, 21 ao total, divididos em três blocos: "Comum/Musical", "Cênico/Coreográfico" e "Artístico". Neles, há elementos parecidos com o carnaval, em que se avaliam a evolução das performances, os adereços dos brincantes, as alegorias feitas pelos artesões locais e o tempo de cada apresentação (os bois entram nas três noites, alternando quem abre e quem encerra de acordo com o dia), mas há outros itens também com nomes mais “da terra”, como o das toadas, uma série de músicas compostas para cada ano e que serão cantadas pelo levantador de toadas. Outro item de nome regional é o da batucada do garantido e o da marujada do caprichoso, que nada mais são que os responsáveis pelos instrumentos de percussão de cada boi.


Uma das alegorias do boi garantido.
Crédito: Júlio Miyazaki.

Aliás, muitas toadas atravessaram o tempo e hoje, pelo menos no amazonas, já se tornaram hits atemporais. Se alguém tocar em qualquer festa “no ritmo quente...” e “Vermelho...”, não haverá um cristão parado.


“no ritmo quente você vai dançar, preste atenção que eu vou lhe ensinar, veja o passinho, dois pra lá e pra cá, é boi-bumbá”.


“Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão”.

Uma questão bem legal é a importância da “galera”: eles são o público que lotam os setores gratuitos do bumbódromo e que também são avaliados pelos jurados. Cada boi tem sua “galera” e durante a vez de cada um, são eles que fazem a festa nas arquibancadas, agitando e levantando poeira no decorrer da apresentação. O auge de cada noite é a chegada dos bois Garantido (com seu coração vermelho na testa) e o Caprichoso (que na testa carrega a estrela azulada). Nessa hora não há coração, e estrela, que aguente de emoção. Como a área da galera é gratuita, muitos torcedores ficam horas e até dias na entrada do bumbódromo para garantirem os seus lugares e representarem o carinho pelo seu boi.


Crédito: Site oficial do Boi Caprichoso.

Pra fechar, outro momento importante é a encenação do “auto do boi”: é aqui que entram outras figuras-chave do festival e da cultura advinda do “bumba-meu-boi”: o pai Francisco, a mãe Catirina, o amo do boi, a sinhazinha da fazenda, o pajé e o próprio boi-bumbá. Ao final dos três dias de festa, um deles será consagrado como campeão do festival.


Item: pajé (Boi Garantido).
Crédito: Júlio Miyazaki.

A festa movimenta muito a economia da cidade localizada na ilha Tupinambarana, projeta-se que neste ano haja o número aproximado de 65 mil pessoas indo para lá (dados divulgados pela imprensa da festa), praticamente mais da metade dos 113 mil moradores de Parintins. Para quem vive em Manaus, como eu, não é de se estranhar que nesses dias antes do evento, ocorra uma “fuga” do povo da cidade para o interior. É gente pedindo férias ou licença do trabalho, fazendo postagens nas redes sociais no estilo #PartiuParintins... Seja de avião ou de barco, com muito ou pouco dinheiro, bastante gente da capital do Amazonas (e por que não do Brasil e do mundo!?) querem se divertir nem que seja em um dos dias do festival.

Parintins vira outro local durante os festejos e é bonito de se ver como os moradores abraçam o festival e os bois com tanto carinho. A cidade se divide literalmente, tendo um lado dela dedicado ao boi garantido, ao passo que do outro o carinho é para o caprichoso. E a cor que representa cada boi muda até mesmo costumes comerciais. Durante a transmissão, a TV A Crítica, que tem seu logotipo e marca d’água na cor azul, muda-o para o tom vermelho durante a vez do garantido na TV. Além disso, a Coca-cola tradicionalmente na época do Festival produz uma latinha em cor azul (!), para alegria dos torcedores do caprichoso... Olha só o poder.


Latinhas da coca-cola no ano de 2007: vermelho e azul pra agradar os dois lado.
Crédito: Coca-Cola.

Mas como poder acompanhar a festa sem estar lá? Ela é televisionada?

Esse ano, o festival terá ampla cobertura não só para os moradores do Amazonas, mas sim pra todo o Brasil.

No Amazonas, o festival será transmitido pela TV A Crítica, que recentemente deixou de ser afiliada da RecordTV no estado, tornando-se uma emissora independente. Logo, o evento será o seu cartão postal para a nova fase do canal e, como sempre, a emissora exibirá os três dias de festejo ao vivo. O evento também será transmitido pela Inova TV (afiliada da RedeTV! Em Manaus) e pela TV Cultura do Amazonas.

No contexto nacional, a TV Cultura exibirá novamente para todo o país os três dias do festival, por meio de uma parceria com a TV A Crítica. 

Já na internet, o App “A critica play”, disponível na Apple Store e no Google Play, fará novamente a transmissão para meios digitais.

Se você não tiver nada o que fazer nesse final de semana, o convite para acompanhar o Festival Folclórico de Parintins está feito. Não custa nada dar uma espiadinha e valorizar a cultura da nossa Amazônia, não é?


Quais os horários do evento na tv?

28/6 (sexta): 21h30 (horário de Brasília)


29/6 (sábado): 20h30 (horário de Brasília)


30/6 (domingo): 20h30 (Horário de Brasília)


Onde ver?
Para o Amazonas: TV A Crítica, InovaTV, Tv Cultura AM,

Para todo o Brasil: TV Cultura.

Na internet: APP “A Crítica Play”, disponível na Apple Store e Google Play. 




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