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A MARCA DA PANTERA: com seu filme, Pantera Negra dá uma lição a uma indústria racista |
Antes de 2017, acreditava-se que cinema não era coisa de super-mulher. Eis que "Mulher-Maravilha", sucesso de bilheteria e crítica, provou que sim, as heroínas tem vez no cinema. Até o mesmo ano, também se pensava que filmes embasados na cultura negra também não poderiam compor blockbusters criticamente aclamados.
"Pantera Negra" desfigura essa pré-concepção de Hollywood com unhas de dentes, como também o conservadorismo e o racismo cancerígenos da indústria.
A ocasião não poderia ser melhor - 2018 marca os 10 anos do Universo Cinemático Marvel (MCU), o qual o filme renova, levando o tópico "representação" a outro nível em uma história afrocêntrica política, intensa e gritante: um verdadeiro presente do diretor Ryan Coogler ("Creed") para a Marvel, para os fãs e para o cinema em si.
O aspecto gritante se encontra no antagonista, um personagem trágico. Para o "vilão" Killmonger de Michael B. Jordan ("Creed"), as motivações pessoais também são sociais - a falta de atitude de Wakanda diante da opressão sofrida pelos negros do mundo o revolta e quase faz o espectador torcer por ele.
"Pantera Negra" não é uma tradicional luta do bem contra o mal, o que o torna o capítulo mais sério e relevante da saga da Marvel no cinema.
Chadwick Boseman ("Marshall") contribui com essa seriedade como um Pantera Negra de carne e osso, estando para o herói como Christopher Reeve estará sempre para o Superman. Contudo, o melhor é ver as cenas de Boseman roubadas o tempo inteiro - na prática, o filme possui vários protagonistas.
Michael B. Jordan faz o público esquecer "Quarteto Fantástico" (2015) como um ladrão de cenas, ao lado das poderosas Letitia Wright ("Black Mirror") e Danai Gurira ("The Walking Dead").
Gurira, uma atriz criminalmente esnobada da série dos mortos-vivos, ganha a visibilidade que sempre mereceu como Okoye. A jovem Wright dá vida a Shuri, irmã do herói-título que o auxilia com a criação de apetrechos tecnológicos, até se revelar ser bem mais que isso - com a desenvoltura nas batalhas, Wright/Shuri poderia muito bem assumir o posto de Pantera Negra em um futuro filme, como nos quadrinhos.
A vilã Nakia dos quadrinhos se torna uma doce heroína, espiã de Wakanda infiltrada em outros países, vivida por Lupita Nyong'o ("Star Wars - Os Últimos Jedi"). Ao lado das guerreiras Dora Milaje, as heroínas compõem cenas de luta artísticas, muito além de uma pancadaria barata arrasa-quarteirão.
Enquanto uns roubam todas as cenas em que aparecem, o talento do indicado ao Oscar Daniel Kaluuya ("Corra"), como W'Kabi, bem que poderia ser melhor aproveitado, como também o do veterano Forest Whitaker (Zuri), que, antes da estreia, foi descrito como o "Obi-Wan Kenobi" do filme. A falta de destaque de ambos, contudo, não chega a ferir o longa.
Além da arte de captar talentos, Ryan Coogler mescla tecnologia futurista e raízes tribais formando um verdadeiro espetáculo visual, dando vida às páginas dos quadrinhos.
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Após 10 anos, o diretor presenteia a Marvel e os fãs com o primeiro filme genuinamente bom da franquia, mostrando o que um filme de super-herói pode ser.
"Pantera Negra" faz bem mais que renovar o MCU: é ar fresco em meio ao atual excesso de filmes de super-herói com uma trama relevante e uma lição audaciosa à indústria, marcando a sua reinvenção.
No ano em que o MCU completa uma década, ele não poderia receber um presente melhor.
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"Pantera Negra" não é uma tradicional luta do bem contra o mal, o que o torna o capítulo mais sério e relevante da saga da Marvel no cinema.
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Ryan Coogler dirige Winston Duge (M'Baku) nas filmagens de "Pantera Negra". |
Chadwick Boseman ("Marshall") contribui com essa seriedade como um Pantera Negra de carne e osso, estando para o herói como Christopher Reeve estará sempre para o Superman. Contudo, o melhor é ver as cenas de Boseman roubadas o tempo inteiro - na prática, o filme possui vários protagonistas.
Michael B. Jordan faz o público esquecer "Quarteto Fantástico" (2015) como um ladrão de cenas, ao lado das poderosas Letitia Wright ("Black Mirror") e Danai Gurira ("The Walking Dead").
Gurira, uma atriz criminalmente esnobada da série dos mortos-vivos, ganha a visibilidade que sempre mereceu como Okoye. A jovem Wright dá vida a Shuri, irmã do herói-título que o auxilia com a criação de apetrechos tecnológicos, até se revelar ser bem mais que isso - com a desenvoltura nas batalhas, Wright/Shuri poderia muito bem assumir o posto de Pantera Negra em um futuro filme, como nos quadrinhos.
A vilã Nakia dos quadrinhos se torna uma doce heroína, espiã de Wakanda infiltrada em outros países, vivida por Lupita Nyong'o ("Star Wars - Os Últimos Jedi"). Ao lado das guerreiras Dora Milaje, as heroínas compõem cenas de luta artísticas, muito além de uma pancadaria barata arrasa-quarteirão.
Enquanto uns roubam todas as cenas em que aparecem, o talento do indicado ao Oscar Daniel Kaluuya ("Corra"), como W'Kabi, bem que poderia ser melhor aproveitado, como também o do veterano Forest Whitaker (Zuri), que, antes da estreia, foi descrito como o "Obi-Wan Kenobi" do filme. A falta de destaque de ambos, contudo, não chega a ferir o longa.
Além da arte de captar talentos, Ryan Coogler mescla tecnologia futurista e raízes tribais formando um verdadeiro espetáculo visual, dando vida às páginas dos quadrinhos.
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Após 10 anos, o diretor presenteia a Marvel e os fãs com o primeiro filme genuinamente bom da franquia, mostrando o que um filme de super-herói pode ser.
"Pantera Negra" faz bem mais que renovar o MCU: é ar fresco em meio ao atual excesso de filmes de super-herói com uma trama relevante e uma lição audaciosa à indústria, marcando a sua reinvenção.
No ano em que o MCU completa uma década, ele não poderia receber um presente melhor.
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